Proposta de referendo ganhou força entre PPS,
DEM, PSDB e PMDB.
Henrique Alves anunciou grupo de trabalho
para elaborar reforma política
Líderes partidários afirmaram nesta
terça-feira (9) que a maioria da Câmara quer aprovar uma proposta de reforma
política sem realizar plebiscito. A ideia seria submeter o projeto votado no
Congresso a um referendo popular.
Após reunião de líderes, o presidente da
Câmara, Henrique Eduardo Alves, descartou a realização de um plebiscito da
reforma política que valha para as eleições de 2014. Ele anunciou a criação de
um grupo de trabalho para elaborar um projeto de reforma e disse que a proposta
poderá ser submetida posteriormente a um referendo, a ser realizado durante as
próximas eleições.
O líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), afirmou
que o partido prefere que o grupo de trabalho elabore o projeto de reforma, em
vez de haver um plebiscito sobre o assunto. Segundo ele, o partido só aceitaria
essa forma de consulta popular se fosse realizada no segundo turno das eleições
de 2014, para poupar gastos.
“A pior coisa que tem é você criar uma
frustração na população de algo que não vai valer para as eleições do ano que
vem. Além disso, você vai mobilizar um número muito menor do que uma eleição
mobiliza, porque não você não vai ter uma presença em massa para decidir sobre
um tema que não desperta interesse da população. A população não está na rua
pedindo para votar plebiscito de reforma política”, disse.
“[O plebiscito] já foi enterrado. Já teve a
missa de sétimo dia”, brincou ainda o peemdebista. .
A oposição também defende a realização de
referendo em vez de plebiscito. “A maioria quer que o grupo de trabalho
entregue a reforma política e depois a população decida se aprova, por meio de
referendo”, disse o líder do PPS, Rubens Bueno.
Para o líder do DEM, Ronaldo Caiado, o
plebiscito é uma “matéria que está superada”. “A grande maioria reconhece que
não tem como ser viabilizado”, afirmou.
Conforme noticiou o blog da Cristiana Lôbo, o
presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), e o líder do partido no Senado,
Aloysio Nunes (SP), defenderam que a reforma política acabe com a reeleição
para cargos executivos, estabelecendo mandato de cinco anos. O partido também quer que as novas regras
eleitorais e políticas sejam discutidas e aprovadas pelo Congresso e submetidas
depois a referendo.
O líder do PT, José Guimarães (CE), disse que
o partido vai insistir na ideia do plebiscito e tentará colher 171 assinaturas
para elaborar o projeto de decreto legislativo que convoca a consulta
popular. Ele reconhece, contudo, que a
proposta do governo só tem o apoio do PCdoB e do PDT.
“Não houve acordo sobre a realização do
plebiscito. Tem várias opiniões divergentes. Uns querem referendo, uns querem
plebiscito. O PT considera que dá, sim, para realizar o plebiscito em 2013, e
nossa missão agora é colher as 171 assinaturas para conformar a ideia do
decreto legislativo para convocação do plebiscito”, afirmou.
Fonte:
http://g1.globo.com/
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