AÇÃO CIVIL PÚBLICA
PROMOVIDA PELO MPT:
A nomeação da Junta
Governativa para gerir provisoriamente o MOVA-SE ocorreu após proposição da
Ação Civil Pública nº 077-84.2013.5.07.0017, pelo Ministério Público do
Trabalho (MPT), em curso na 5ª Vara do Trabalho de Fortaleza.
Segundo o MPT, foram
constatadas diversas irregularidades no Sindicato MOVA-SE, inviabilizando o
cumprimento de decisões judiciais anteriores e a efetiva realização das
eleições, as quais se agravaram diante da proximidade do encerramento do
mandato da última diretoria (o3/02/2013), da falta de composição entre os
diretores e membros das chapas para a viabilização das eleições, bem como da
tentativa de levar o MPT a erro em audiência ocorrida no dia 15 de janeiro de
2013, que foi realizada na sede da Procuradoria, com a segurança de agentes da
Polícia Federal.
Outro fator agravante
foi o tempo exíguo para a realização do pleito, ocorrido em face do momento em
que os representantes das chapas interessadas e a diretoria do sindicato
pactuaram em confiar ao MPT a realização integral das eleições (em novembro de
2012, já nos 65 dias mínimos), uma vez que o Estatuto do MOVA-SE prevê prazos
mínimos (120 e 65 dias antes do fim do mandato) para a realização das eleições,
os quais se tornaram preocupantes pelo fato do MPT ter sido procurado nos
últimos momentos. Este quadro se agravou quando a Comissão Eleitoral, mesmo
realizando diversas reuniões para sanear os problemas e concretizar as eleições
em janeiro de 2013 (Edital anterior), teve de emitir parecer técnico no qual
nenhuma das chapas pode ter seu registro deferido (publicado no Site do MPT).
O acompanhamento das
eleições pelo MPT já havia sido determinada em outra ação, a de número
544-36.2012.5.07.0005, pela mesma 5ª Vara do Trabalho de Fortaleza.
NOMEAÇÃO DA JUNTA
GOVERNATIVA, PELO PODER JUDICIÁRIO:
A 5ª Vara do Trabalho de
Fortaleza acolheu as razões do MPT e nomeou a Junta Governativa e Eleitoral,
composta pelos membros Clovis Renato Costa Farias (Advogado/Professor
Universitário), José Rogério de Andrade Silva (Sindicalista) e Thiago Pinheiro
de Azevedo (Advogado), objetivando evitar a utilização dos bens da entidade em
prejuízo da categoria, que favoreceria interesses particulares, e almejando
realizar as eleições para a nova diretoria. Tudo após conhecidas desavenças
envolvendo os próprios diretores da entidade, tornadas públicas e, muitas das
quais, materializadas em diversas ações judiciais em curso desde o início de
2012.
Os nomes foram
escolhidos em razão da experiência dos membros em eleições e atividades
sindicais, tendo Clovis Renato Costa Farias participado da organização, junto
com o MPT, das eleições do SINTRO/CE (2009), do Sindicato dos Policiais
Federais do Ceará - SINPOF/CE (2010) e do SINDVIGILANTES/CE (2011), sendo
acompanhado nas duas últimas pelo sindicalista José Rogério de Andrade Silva,
como membro da Comissão Eleitoral; e o terceiro nome Thiago Pinheiro de Azevedo
por ser advogado sindicalista. Na Ação Civil Pública a magistrada acatou, para
a formação da Junta Governativa, os nomes sugeridos pelo MPT.