Por: Exame
Em: 01/11/2012 às 17:48:42
O Brasil
lidera a pesquisa biofarmacêutica na América Latina, com investimentos nos
últimos anos que permitiram ao país ser sede de importantes testes clínicos e
levaram a um aumento significativo de publicações e patentes.
Os dados
fazem parte de um relatório produzido pela empresa de consultoria Charles River
Associates (CRA) a pedido da International Federation of Pharmaceutical
Manufacturers & Associations (IFPMA), que nesta quarta-feira iniciou em Genebra
sua 26ª assembleia bienal.
O estudo
analisa as políticas, o entorno e a prioridade dada à inovação biofarmacêutica
em oito países de renda média: Brasil, China, Colômbia, Coreia do Sul, Índia,
Malásia, Rússia e África do Sul.
O relatório
destaca como principais fatores de êxito uma legislação adequada e a
coordenação entre o Estado e a indústria, além da adequada proteção da
propriedade intelectual.
Apesar de os
centros de pesquisa e desenvolvimento farmacêuticos seguirem majoritariamente
concentrados nos países em desenvolvimento, estes estão se deslocando
lentamente para nações de renda média.
A China já
acolhe 12 centros deste tipo e é seguida pela Índia, com três. Apesar de o
Brasil ter apenas um, conseguiu liderar junto à China o número de testes clínicos
realizados nos países de renda média (15% do total).
O relatório
indica que a infraestrutura médica, a população e a necessidade de abastecer o
mercado local são alguns dos aspectos que explicam o rápido aumento dos testes
clínicos na China e no Brasil.
De fato,
estes dois países tiveram um crescimento de três dígitos em suas publicações
científicas entre 2000 e 2010.
O estudo
avalia os países com relação a sete aspectos que aumentam sua capacidade de
promover a inovação, e dá ao Brasil uma pontuação média de 3, em uma escala com
máximo de 5.
O Brasil se
destaca pelo número de publicações, que é considerado 'bom', enquanto a pior
nota corresponde à criação de novos remédios, definida como 'pobre'.
Fonte:
ISAGS/UNASUL
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