RICARDO RIBEIROCOLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Os sindicatos norte-americanos têm muito o que
aprender com os brasileiros, que conseguem muito mais adesões e resultados.
A afirmação é de Bob King, presidente da UAW (United Auto Workers), que reúne
sindicatos de trabalhadores de fábricas de veículos dos Estados Unidos.
King e dirigentes da entidade estiveram no
Salão do Automóvel de São Paulo, que acontece na capital paulista até o próximo
dia 4. Eles se reuniram com entidades de representação brasileiras, como a CUT.
O UAW é
formado por uma rede de mais 750 sindicatos locais que representam mais de 390
mil membros ativos e mais de 600 mil associados inativos nos Estados Unidos, no
Canadá e no Porto Rico.
Leia trechos de entrevista de King à Folha,
concedida antes de retornar para Detroit, onde participa da campanha do
democrata Barack Obama, que disputa a reeleição.
SINDICALISMO NOS EUA
Nos EUA, as corporações e seus aliados políticos estão trabalhando para minar e
destruir os sindicatos há mais de 30 anos. A taxa de sindicalização era de 35% a 40% na década de 1950.
Hoje, não passa de 11% e
de 7% na área privada.
Por causa de leis
trabalhistas fracas, as campanhas salariais das corporações são de medo e
intimidação para impedir que seus empregados realizem a formação de sindicatos
e de negociação coletiva.
APRENDENDO COM O BRASIL
Admiro o trabalho dos sindicatos no Brasil .
Trabalhando com os movimentos populares e por meio do sistema político, eles
têm ajudado a fazer do Brasil uma das economias que mais crescem no mundo e a
criar uma classe média crescente. Nosso sindicato já aprendeu muito com
centrais sindicais brasileiras.
Já começamos a construção de acordos globais
entre empresas e os sindicatos em todo o mundo, em grande parte graças à
liderança de sindicatos brasileiros.
Autor: Folha Online
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