Por: Blog da Saúde Em: 26/10/2012 às 15:00:37
Compromisso com o Trabalho Decente
O Ministério da Saúde vai descentralizar o
acesso à vacina contra a influenza para pessoas portadoras de doenças crônicas
não transmissíveis e outras condições que possam favorecer o surgimento de
casos graves. Uma lista apontando em quais casos a vacina é recomendada será
amplamente divulgada pelo Ministério da Saúde. O detalhamento permitirá que os
profissionais de saúde possam avaliar, com mais precisão, a adequação da pessoa
com doença crônica à recomendação de uso da vacina.
No grupo, a existência destas doenças ou
condição prévia é um fator de risco quando associada com a infecção pelo vírus
da influenza, situação chamada de comorbidade. Com a lista, o entendimento para
quais casos e condições a vacina é indicada fica mais clara. Por exemplo, as
doenças cárdicas crônicas passam a ter as seguintes descrições: doença cardíaca
congênita, hipertensão arterial sistêmica com comorbidade, doença cardíaca
isquêmica e insuficiência cardíaca. A expectativa é que com esse detalhamento,
um maior número de pessoas desses grupos seja vacinado.
A ação já entra em vigor na próxima campanha
de vacinação contra a influenza, em 2013, e deve atender a cerca de seis
milhões de pessoas em todo o país. Com o estabelecimento e a divulgação da
lista de doenças crônicas e outras condições de maior risco para casos graves e
complicações da influenza, as pessoas portadoras poderão ter acesso à vacina em
qualquer uma das 35 mil salas de vacina do Sistema Único de Saúde (SUS).
A medida conta com o apoio da Sociedade
Brasileira de Clínica Médica, Sociedade Brasileira de Cardiologia, Associação
de Medicina Intensiva Brasileira, Sociedade Brasileira de Imunização, Comitê
Técnico Assessor em Imunização, Federação Brasileira das Associações de
Ginecologia e Obstetrícia, Sociedade Brasileira de Endocrinologia, Sociedade
Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e a Sociedade Brasileira de Pediatria.
Neste ano, a recomendação durante a campanha
foi para que as pessoas com comorbidades se dirigissem aos Centros de
Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIES). “Não havia uma proibição para
que esse grupo fosse vacinado nos postos de saúde, entretanto a medida
possibilita que equipes de qualquer unidade de saúde avaliem corretamente a
adequação da pessoa à recomendação de uso da vacina. Isso facilitará a
descentralização, preservando a indicação técnica adequada”, esclarece Jarbas
Barbosa.
O objetivo da campanha de vacinação contra a
influenza é proteger os grupos mais vulneráveis, reduzindo os casos graves e
óbitos. O Ministério da Saúde segue recomendação da Organização Mundial de
Saúde (OMS) ao eleger, como grupo prioritário, os idosos, crianças menores de dois
anos, gestantes, profissionais de saúde, indígenas, pessoas privadas de
liberdade e portadores de determinadas doenças crônicas.
Em 2012, a meta de vacinação, que era de 80%
para os grupos prioritários, foi superada. A cobertura alcançou 86,24%, o que corresponde
a 25.9 milhões de pessoas vacinadas. “Foi uma das maiores coberturas vacinais
contra a influenza do mundo, obtida graças à parceria entre o Ministério da
Saúde e as secretarias estaduais e municipais de saúde, e também devido à
dedicação das equipes de profissionais de saúde e ao apoio da população
brasileira às ações de vacinação”, observa o secretário.
Composição - A vacina contra a gripe é segura
e protege contra os três tipos de vírus da influenza que mais circularam no
inverno do ano anterior. Todos os anos, a Organização Mundial da Saúde divulga,
em fevereiro e em setembro, a composição da vacina para os hemisférios Norte e
Sul, respectivamente. Na vacina que começou a ser elaborada para utilização na
campanha de 2013 encontra-se o vírus da influenza A (H1N1).
A gripe é diferente do resfriado e de outros
quadros respiratórios mais leves. A característica principal da gripe é o
aparecimento de febre (temperatura maior que 38º C), sintomas respiratórios
(tosse, dor na garganta e outros) e sintomas gerais, como cefaleia, moleza e
dores no corpo. A grande maioria dos casos de gripe é leve e cura-se
espontaneamente. Entretanto, em algumas situações, particularmente nesses
grupos mais vulneráveis, ela pode evoluir para casos graves, necessitando atenção
médica imediata. Uma boa maneira de aumentar a proteção contraa gripe é adotar
as medidas de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia e
proteger a tosse e o espirro com lenço descartável ou na dobra do cotovelo.
Fonte: ISAGS/UNASUL
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