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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Envelhecimento é desafio crescente para sistemas de seguridade social


De acordo com a Associação Internacional de Seguridade Social (AISS), a proporção de pessoas com 65 anos ou mais, como porcentagem da população ativa, duplicará na Europa durante os próximos 40 anos e até triplicará na Ásia, enquanto a natalidade permanece baixa. Isso deve gerar crescente pressão sobre a sustentabilidade dos sistemas de aposentadoria. A AISS ressaltou ontem (10) que, com um número inferior de pessoas que entram no mercado de trabalho, há menos dinheiro para financiar os regimes de aposentadoria.

O acesso a assistência médica e serviços sociais adequados é uma parte essencial dos sistemas de seguridade social. O envelhecimento da população é um desafio mencionado claramente na Recomendação sobre pisos de proteção social da Organização Internacional do Trabalho (OIT), votada na Conferência Internacional do Trabalho deste ano.
“Esta tendência já conduziu à reforma dos sistemas de pensão, incluindo um aumento da idade de aposentadoria em vários países como Polônia, Turquia, Costa do Marfim, Coreia do Sul e Colômbia”, assinalou Simon Brimblecombe, Coordenador de Projeto de Análise de políticas e pesquisa na AISS. Para que as reformas sejam exitosas, devem ser acompanhadas de medidas específicas sobre emprego e assistência médica – como a possibilidade de trabalhar em tempo parcial – dirigidas às pessoas mais velhas.
“Entre outras medidas, será essencial considerar maneiras para melhorar os sistemas de seguridade social a fim de prevenir certas doenças relacionadas com a velhice ou de otimizar seu tratamento, já que isto poderia melhorar o bem estar das pessoas idosas e contribuir com um uso mais racional dos recursos”, afirmou o Secretário Geral da AISS, Hans-Horst Konkolesky.
“Isto deveria incluir uma atenção cada vez maior em direção a medidas ativas e preventivas como a segurança no trabalho, a alimentação sadia e campanhas contra o consumo de tabaco, entre outras”, acrescentou Konkolewsky.
Outro âmbito de preocupação é o risco de perder o controle dos custos de saúde. De acordo com a OCDE, o grupo de pessoas com mais de 65 anos constitui entre 45 e 50% do gasto com assistência médica. É provável que esta porcentagem aumente à medida em que se acelere o envelhecimento da população. Os países da OCDE já gastam quase 10% de seu PIB em saúde.
Fonte: ISAGS

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