O presidente do SINTEPAV-CE, Raimundo Nonato Gomes parabeniza todas as mulheres trabalhadoras no nosso Estado, na Construção Civil Pesada ou não, pelo dia dedicado inteiramente a essas guerreiras.
Após muitas lutas, quebra de tabus, enfrentamento de preconceitos, a mulher está cada vez mais ocupando espaços em nosso país. Temos hoje, pela primeira vez na história democrática do Brasil, uma mulher eleita presidente.
Dilma Vana Rousseff, nascida em Belo Horizonte dia 14 de dezembro de 1947. É uma economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT), e a atual presidente da República Federativa do Brasil. Durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assumiu a chefia do Ministério de Minas e Energia, e posteriormente, da Casa Civil. Em 2010, foi escolhida pelo PT para se candidatar à Presidência da República na eleição presidencial, sendo que o resultado de segundo turno, em 31 de outubro, tornou Dilma a primeira mulher a ser eleita para o posto de chefe de Estado e de governo, em toda a história do Brasil.
O exemplo de Dilma fez com que muitas mulheres no Ceará se decidissem a correr atrás de sonhos outrora impossíveis. Assumir postos de trabalho ditos apenas para homens é um desses sonhos.
O SINTEPAV-CE está acompanhando e incentivando essa mudança para garantir a inserção feminina na Construção Civil Pesada.
Com essa proposta, o Curso de Soldagem Industrial ministrado nas dependências do sindicato desde março de 2010, têm dado oportunidades para mulheres com a vontade de mudar de vida, se qualificar profissionalmente e garantir a estabilidade financeira.
Maria Amélia de Oliveira Miranda, 31 anos, nunca teve uma profissão definida. Trabalhou como operadora de caixa em Santa Catarina onde recebia cerca de R$ 2.000,00 com as horas extras que tinha que fazer para aumentar a renda familiar. Em dezembro de 2010, de volta ao Ceará, Amélia fez trabalhos como manicure e pedicure, o que não lhe rendia muito. Interessada em investir em si mesmo, Amélia buscou o sindicato para fazer o curso de solda e procurar se inserir no mercado de trabalho. Hoje, carente dessa mão de obra. “Minha intensão é me qualificar, pegar experiência em uma grande empresa, estudar mais ainda e chegar ao Raio X. o que garante uma renda em torno de R$ 12.000,00”, afirma Amélia com os olhos emocionados.
Suzane Moraes de Sousa, 25 anos e junto com a família veio do Pará para o Ceará em busca de mais oportunidades de trabalho. Seguindo os passos do pai que trabalha na construção civil pesada como montador de andaime, a irmã mais nova de Suzane é soldadora em uma Termoelétrica no Pecém-CE.
Razões mais que suficientes para a operadora de caixa que ganhava cerca de R$ 600,00 no Pará correr atrás do curso oferecido no SINTEPAV-CE.
“Eu me identifiquei muito. Achava que era coisa de homem e então decidi quebrar a barreira do preconceito e mostrar que não precisa ser homem para soldagem industrial. Acredito que com essa oportunidade eu vou crescer muito. No Pará eu não consegui nada com os cursos que fiz como Auxiliar de escritório, Secretariado. Aqui vejo um mundo de possibilidades na construção civil pesada”, afirma Suzane cheia de expectativas.
Para o professor do curso, inspetor Wellington de Sousa Santiago, as mulheres tem um potencial muito grande nessa profissão. “São assíduas, dedicadas e responsáveis”, afirma Wellington sobre suas alunas no sindicato.
Outra função que também vem se destacado nas grandes obras é a função de pedreira.
Francisca Falcão Damasceno 33 anos, trabalha como pedreira na obra de reforma do Estádio Castelão. Na função desde fevereiro de 2011, Falcão fica emocionada com o fato de estar trabalhado em uma grande obra. “Eu digo pra todas as mulheres que encontrem dificuldades na sua profissão, que se dediquem e não desistam dos sonhos”. Falcão ingressou na profissão na obra de construção do Hospital da Mulher. O Castelão é seu segundo emprego como pedreira e isso é motivo de orgulho.
Fonte: SINTEPAV/CE
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