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terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Servidores da saúde fazem greve e protestam na capital

A greve do servidores públicos municipais do Sistema Único de Saúde (SUS) de Curitiba continua nesta terça-feira (03). Segundo a Prefeitura, nesta segunda-feira houve ausência de 4,57% dos servidores nas unidades de saúde da capital. Adriana Claudia Kalckmann, coordenadora de comunicação do Sismuc (Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba), informou que das 106 unidades de saúde, 72 tiveram algum tipo de paralisação, especialmente nas regionais do Boa Vista, Pinheirinho e Cajuru.
Kalckmann afirma que houve unidades com 100% de adesão, mas sem prejuízo no atendimento a emergências e urgências nas UPA’s (Unidades de Pronto Atendimento). O Sindicato acusa a a prefeitura de descaso com a categoria.
Os servidores fizeram uma manifestação em frente da Câmara dos Vereadores da capital na manhã desta segunda. O protesto resultou em uma reunião entre a vice-prefeita Mirian Gonçalves e representantes da categoria.
A proposta da Prefeitura é realizar o pagamento do reajuste em quatro parcelas a partir de março. As 3.300 horas extras devidas, segundo a gestão municipal, seriam pagas em 6 parcelas a partir de abril. “A administração não nega o descumprimento do acordo de reajuste. A dificuldade está no caixa da Prefeitura”, declarou Mirian Gonçalves. “A dívida vem da gestão passada e estamos fazendo um esforço para não atrasar muito as contas da Prefeitura de modo geral”, justificou. Segundo o Sismuc. as dívidas (horas extras e reajuste) ultrapassam  R$ 1,5 milhão.
Uma nova manifestação está prevista para esta terça-feira. A concentração terá início às 9:00, em frente ao prédio da Prefeitura e, segundo os trabalhadores, continua até que Gustavo Fruet receba os servidores com uma solução para o calote.
De acordo com a coordenadora do Sismuc Irene Rodrigues, a principal reivindicação dos trabalhadores diz respeito a um possível calote da administração municipal, provocado por decreto assinado pelo prefeito Gustavo Fruet em dezembro de 2014. “Em negociações ainda em 2013, a prefeitura assinou diversos acordos com a categoria e não cumpriu. Já em 2014 foram aprovadas leis municipais que trariam salários novos para todos e isso também não foi cumprido”, explica Irene Rodrigues, coordenadora do Sismuc.
A prefeitura afirma que “o decreto em questão não revogou reajuste salarial previsto em lei e garante o seu pagamento no mês de março, de forma retroativa a partir de janeiro, inclusive com correção monetária”, diz nota da administração muncipal.
Segundo Irene, os motivos que levam à greve dos trabalhadores são vários, dentre eles: a sobrecarga por falta de novos concursos públicos; ameaça de banco de horas e do não pagamento de horas trabalhadas; possibilidade de arrocho salarial na Estratégia de Saúde da Família; não enquadramento de auxiliares em técnicos de enfermagem; não reajuste dos dentistas; e falta de condições mínimas de trabalho em todas as unidades.

Em nota, a Prefeitura de Curitiba diz que já foram atendidas as reivindicações e não vê motivos para a paralisação. “Horas extras serão pagas no fim deste mês, como pode inclusive ser verificado nos contracheques on-line dos trabalhadores. A Prefeitura lançou edital do processo seletivo para os serviços de urgência e emergência da saúde, cuja prova ocorrerá no próximo dia 31, e há perspectiva da realização de concurso público para reforçar o quadro de servidores da Saúde ainda no primeiro semestre deste ano”, diz a nota.

Fonte: http://pr.ricmais.com.br/dia-a-dia/noticias/servidores-da-saude-prometem-greve-em-curitiba-nesta-segunda-feira/

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