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segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Encontro nacional reúne agentes de trânsito

Foto: Diário do Nordeste (Mesa: Deputado Federal Gonzaga Patriota, Dr. Renan, Deputado Federal Raimundo Gomes de Matos, Clovis Renato)
O pequeno efetivo diante do grande número de veículos nas cidades e o acirramento da população quando multada são os dois maiores problemas enfrentados, nos dias de hoje, pelos agentes de trânsito de todo o Brasil. Esses casos foram tema de debates, ontem, durante o primeiro dia do 3º Encontro Nacional dos Agentes de Trânsito (Enatransito), realizado no Hotel Recanto Wirapuru.
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No Encontro foram debatidas situações que se tornaram comuns para aquela categoria. Como o caso da agente do Departamento Estadual de trânsito (Detran) do Rio de Janeiro, Luciana Tamburini, que ficou conhecida nacionalmente após ser condenada a pagar R$5 mil, no início deste mês, por ter dito a um juiz, durante abordagem em blitz, que "ele não era Deus".
Também foram lembrados os casos da agente da Autarquia Municipal de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC), Denise Costa, que foi espancada por três torcedores enquanto trabalhava, em julho deste ano, e dos agentes do Detran-CE, João Paulo Cardoso Veras, José Eduardo Ferreira Soares e Mauro César Cabral Barbosa, que receberam carta com conteúdo racista e depreciativo enquanto exerciam suas atribuições.
"Infelizmente, esses problemas atingem os agentes de trânsito corriqueiramente. Por isso, é importante trazer para a sociedade essas questões para que não nos vejam apenas como aqueles que multam. Mas, também como os que tem o objetivo de garantir um trânsito seguro", afirmou o agente de trânsito da AMC e coordenador do Enatransito, Eriston Lima Ferreira.
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Para o profissional, um dos principais problemas é que na maioria das vezes os condutores pensam apenas neles mesmos. No entanto, os agentes não podem pensar da mesma forma. "A categoria não olha apenas para o individual, mas para o coletivo".
Ferreira acredita que não acontecerá nenhuma mudança até que sejam criados projetos educativos voltados ao trânsito. "O ideal era que isso começasse nas escolas para criar o conceito de sociedade nas crianças. Principalmente porque a falta de educação não acontece somente no trânsito", ressaltou.
A agente Luciana Tamburini comentou que, após o caso dela, espera que situações semelhantes diminuam em todo o país. Porém, a agente não acredita que isso vá acabar. "Por isso precisamos de novas Leis", disse.
Luciana acredita que se no Rio de Janeiro, segunda maior cidade do Brasil, essa pratica é comum, nos estados do Norte e Nordeste a situação deve ser ainda pior, já que poucas pessoas tomam conhecimento. "Quem fica na rua acaba tendo receio de trabalhar. Se não temos liberdade é melhor nem ficar na rua".
Ela ainda declarou que após a repercussão do caso surgiram várias "dores de cabeça". Mas, desde que voltou a trabalhar normalmente, tudo ficou melhor.
O encontro está dividido em dois momentos. O primeiro, que aconteceu ontem, foi mais informativo e compreendeu a realização de um seminário. O outro é um momento deliberativo, que acontece hoje, quando a categoria sistematizará suas propostas. Um dos posicionamentos que devem ser tomados deve ser a polêmica discussão sobre posse de armas para agentes de trânsito, assunto que divide a opinião da categoria.
Sessão Solene
Dentro da programação do encontro também teve a realização de uma Sessão Solene, promovida pela Câmara Municipal de Fortaleza, em homenagem aos agentes de trânsito do município, na noite de ontem. Hoje, acontece a Primeira Corrida da AMC, com largada marcada às 20h, em frente à Arena Castelão.
O Enatransito é organizado desde 2010 pela própria categoria. Nestes quatro anos foram criados o Dia Nacional do Agente de Trânsito e a promulgação da Emenda Constitucional 82/2014, que reafirma a categoria como Agentes de Segurança.

Thiago Rocha
Repórter
Fotos: http://www.enatransito.org/p/o-encontro.html

Fonte: http://diariodonordeste.verdesmares.com.br/cadernos/cidade/encontro-nacional-reune-agentes-de-transito-1.1162910STJ: A fotografia no foco da jurisprudência

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