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sexta-feira, 27 de março de 2020

Estoicismo

FILOSOFIA

Doutrina fundada por Zenão de Cício (335-264 a.C.), e desenvolvida por várias gerações de filósofos, que se caracteriza por uma ética em que a imperturbabilidade, a extirpação das paixões e a aceitação resignada do destino são as marcas fundamentais do homem sábio, o único apto a experimentar a verdadeira felicidade [O estoicismo exerceu profunda influência na ética cristã.].

Ética do homem sábio 
1. Imperturbabilidade
2. Extirpação das paixões
3. Aceitação resignada do destino


Os estoicos ensinaram que as emoções destrutivas resultavam de erros de julgamento, da relação ativa entre determinismo cósmico e liberdade humana e a crença de que é virtuoso manter uma vontade (chamada prohairesis) que está de acordo com a natureza. Devido a isso, os estoicos apresentaram sua filosofia como um modo de vida e pensavam que a melhor indicação da filosofia de um indivíduo não era o que uma pessoa diz, mas como essa pessoa se comporta.
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Mais tarde os estoicos – tais como Sêneca e Epiteto– enfatizaram que, porque "a virtude é suficiente para a felicidade", um sábio era imune ao infortúnio. 
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Desde a sua fundação, a doutrina estoica era popular com seguidores na Grécia romana e por todo o Império Romano, incluindo o imperador romanoMarco Aurélio (r. 121–180), até o fechamento de todas as escolas de filosofia pagã em 529 por ordem do imperador Justiniano (r. 527–565), que os percebeu como em desacordo com a fé cristã.
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A filosofia não visa a assegurar qualquer coisa externa ao homem. Isso seria admitir algo que está além de seu próprio objeto. Pois assim como o material do carpinteiro é a madeira, e o do estatuário é o bronze, a matéria-prima da arte de viver é a própria vida de cada pessoa.

— Epiteto
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O estoicismo ensina o desenvolvimento do autocontrole e da firmeza como um meio de superar emoções destrutivas. Defende que tornar-se um pensador claro e imparcial permite compreender a razão universal (logos). Um aspecto fundamental do estoicismo envolve a melhoria da ética do indivíduo e de seu bem-estar moral: "A virtude consiste em um desejo que está de acordo com a natureza".
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Este princípio também se aplica ao contexto das relações interpessoais; "libertar-se da raiva, da inveja e do ciúme".
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Características do estoicismoEditar
Virtude é o único bem e caminho para a felicidade;Indivíduo deve negar os sentimentos externos;O prazer é um inimigo do homem sábio;Universo governado por uma razão universal natural;Valorização da apatheia (indiferença);
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Filosofia socialEditar

Uma característica distintiva do estoicismo é o seu cosmopolitismo: todas as pessoas seriam manifestações do espírito universal único e deveriam, de acordo com os filósofos estoicos, em amor fraternal, ajudarem-se uns ao outros de maneira eficaz. Nos Discursos, Epicteto comenta sobre a relação do ser humano com o mundo: "cada ser humano é, primeiro, um cidadão da sua comunidade; mas também é membro da grande cidade dos homens e deuses..."
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Os estoicos da época promoviam a ideia de que as diferenças externas, como status e riqueza, não são importantes nas relações sociais. Em vez disso, advogavam a irmandade da humanidade e a natural igualdade do ser humano.
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Em particular, os estoicos eram notados pela sua defesa à clemência aos escravos. Sêneca exortava: "Lembra-te, com simpatia, de que aquele a quem chamas de escravo veio da mesma origem, os mesmos céus lhe sorriem, e, em iguais termos, contigo respira, vive e morre."

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