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sábado, 28 de março de 2020

Estoicismo

FILOSOFIA

Doutrina fundada por Zenão de Cício (335-264 a.C.), e desenvolvida por várias gerações de filósofos, que se caracteriza por uma ética em que a imperturbabilidade, a extirpação das paixões e a aceitação resignada do destino são as marcas fundamentais do homem sábio, o único apto a experimentar a verdadeira felicidade [O estoicismo exerceu profunda influência na ética cristã.].

Ética do homem sábio 
1. Imperturbabilidade
2. Extirpação das paixões
3. Aceitação resignada do destino


Os estoicos ensinaram que as emoções destrutivas resultavam de erros de julgamento, da relação ativa entre determinismo cósmico e liberdade humana e a crença de que é virtuoso manter uma vontade (chamada prohairesis) que está de acordo com a natureza. Devido a isso, os estoicos apresentaram sua filosofia como um modo de vida e pensavam que a melhor indicação da filosofia de um indivíduo não era o que uma pessoa diz, mas como essa pessoa se comporta.
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Mais tarde os estoicos – tais como Sêneca e Epiteto– enfatizaram que, porque "a virtude é suficiente para a felicidade", um sábio era imune ao infortúnio. 
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Desde a sua fundação, a doutrina estoica era popular com seguidores na Grécia romana e por todo o Império Romano, incluindo o imperador romanoMarco Aurélio (r. 121–180), até o fechamento de todas as escolas de filosofia pagã em 529 por ordem do imperador Justiniano (r. 527–565), que os percebeu como em desacordo com a fé cristã.
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A filosofia não visa a assegurar qualquer coisa externa ao homem. Isso seria admitir algo que está além de seu próprio objeto. Pois assim como o material do carpinteiro é a madeira, e o do estatuário é o bronze, a matéria-prima da arte de viver é a própria vida de cada pessoa.

— Epiteto
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O estoicismo ensina o desenvolvimento do autocontrole e da firmeza como um meio de superar emoções destrutivas. Defende que tornar-se um pensador claro e imparcial permite compreender a razão universal (logos). Um aspecto fundamental do estoicismo envolve a melhoria da ética do indivíduo e de seu bem-estar moral: "A virtude consiste em um desejo que está de acordo com a natureza".
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Este princípio também se aplica ao contexto das relações interpessoais; "libertar-se da raiva, da inveja e do ciúme".
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Características do estoicismoEditar
Virtude é o único bem e caminho para a felicidade;Indivíduo deve negar os sentimentos externos;O prazer é um inimigo do homem sábio;Universo governado por uma razão universal natural;Valorização da apatheia (indiferença);
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Filosofia socialEditar

Uma característica distintiva do estoicismo é o seu cosmopolitismo: todas as pessoas seriam manifestações do espírito universal único e deveriam, de acordo com os filósofos estoicos, em amor fraternal, ajudarem-se uns ao outros de maneira eficaz. Nos Discursos, Epicteto comenta sobre a relação do ser humano com o mundo: "cada ser humano é, primeiro, um cidadão da sua comunidade; mas também é membro da grande cidade dos homens e deuses..."
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Os estoicos da época promoviam a ideia de que as diferenças externas, como status e riqueza, não são importantes nas relações sociais. Em vez disso, advogavam a irmandade da humanidade e a natural igualdade do ser humano.
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Em particular, os estoicos eram notados pela sua defesa à clemência aos escravos. Sêneca exortava: "Lembra-te, com simpatia, de que aquele a quem chamas de escravo veio da mesma origem, os mesmos céus lhe sorriem, e, em iguais termos, contigo respira, vive e morre."

A História do Império Otomano

1.299 d.C a 1922
623 anos
Religião Sunita
Auge em 1.623 comandando 
Continente (Ásia, África e Europa) nas regiões (Europa meridional, Oriente Médio e Norte da África)
No entanto, durante um longo período de paz de 1740 a 1768, o sistema militar otomano ficou defasado em relação aos de seus rivais europeus, como os impérios Habsburgo e Russo.
Osman, ou Otman I (1258-1324), foi um chefe turco que transformou essas tribos nômades em uma dinastia imperial. Durante os séculos 15 e 16, o Império Otomanotornou-se um dos estados mais fortes do mundo.
Atualmente se resume a Turquia.

Em comparação 
Roma foi de 723 a.C a 395 d.C Ocidrnte e 1453 Oriente Queda de Constantinopla para os Turcos Otomanos.
730 anos de duração 

Egito 3.100 a.C a 670 a.C quando foram tomados pelos Assírios. 2.430 anos de duração. 

terça-feira, 24 de março de 2020

Lá fora, o caixão, cá dentro, a televisão

Trechos... texto divulgado...

"Como é cínico culpar a propagação do flagelo pela deplorável inadequação dos recursos médicos mobilizados! Durante décadas, o bem público tem sido minado e o sector hospitalar tem sido vítima de uma política que favorece os interesses financeiros em detrimento da saúde dos cidadãos. Há sempre mais dinheiro para os bancos e cada vez menos camas e cuidadores para os hospitais. Que artimanhas esconderão por mais tempo que essa gestão catastrófica do catastrofismo é inerente ao capitalismo financeiro que é dominante globalmente, e hoje globalmente combatido em nome da vida, do planeta e das espécies a serem salvas."
(...)
"Foi preciso o coronavírus para demonstrar aos mais tacanhos que a desnaturação por razões de rentabilidade tem consequências desastrosas para a saúde universal – a saúde que é gerida sem desarmar uma Organização Mundial cujas preciosas estatísticas escondem o desaparecimento de hospitais públicos? Há uma clara correlação entre o coronavírus e o colapso do capitalismo global."
"Lá fora, o caixão, cá dentro, a televisão, a janela aberta sobre um mundo fechado! É um condicionamento capaz de agravar o mal-estar existencial, jogando com as emoções dilaceradas pela angústia, exacerbando a cegueira da raiva impotente." A cretinização estatal e populista atingiu os seus limites. Não pode negar que uma experiência está em curso. A desobediência civil está a espalhar-se e a sonhar com sociedades radicalmente novas, porque radicalmente humanas. A solidariedade liberta da sua pele de carneiro individualista indivíduos de que já não têm medo de pensar por si próprios."
"O coronavírus fez ainda melhor. A cessação das perturbações produtivistas reduziu a poluição global, poupa a milhões de pessoas uma morte programada, a natureza respira, os golfinhos voltam a brincar na Sardenha, os canais de Veneza purificados do turismo de massas voltam a encontrar água limpa, o mercado bolsista entra em colapso. A Espanha resolve nacionalizar hospitais privados, como se estivesse a redescobrir a previdência social, como se o Estado se lembrasse do Estado social que destruiu."
"O nosso presente não é o confinamento que a sobrevivência nos impõe, é a abertura a todas as possibilidades. É sob o efeito do pânico que o estado oligárquico é forçado a adoptar medidas que ainda ontem decretou impossíveis. É ao apelo da vida e da terra a restaurar que queremos responder. A quarentena é um momento de reflexão. O confinamento não suprime a presença da rua, reinventa-a. Deixem-me pensar, cum grano salis, que a insurreição da vida quotidiana tem virtudes terapêuticas que nunca imaginámos."

17 de março de 2020

Raoul Vaneigem


(https://criticaradical.org/basta-de-capitalismo-de-fim-de-mundo-pelo-fim-do-mundo-do-capitalismo-coronavirus-artigo-de-raoul-vaneigem/)

quarta-feira, 18 de março de 2020

Nasrudin e a peste

🌿Nasrudin e a peste
A Peste ia a caminho de Bagdá quando encontrou Nasrudin. Este perguntou-lhe:
- Aonde vais?
A Peste respondeu-lhe:
- Bagdá, matar dez mil pessoas.
Depois de um tempo, a Peste voltou a encontrar-se com Nasrudin.
Muito zangado, o mullah disse-lhe:
- Mentiste-me. Disseste que matarias dez mil pessoas e mataste cem mil.
E a Peste respondeu-lhe:
- Eu não menti, matei dez mil. O resto morreu de medo.
(Conto da tradição sufi)

Algo invisível aconteceu...

Algo invisível chegou e colocou tudo no lugar. De repente os combustíveis baixaram, a poluição baixou, as pessoas passaram a ter tempo, tanto tempo que nem sabem o que fazer com ele, os pais estão com os filhos em família, o trabalho deixou de ser prioritário, as viagens e o laser também. De repente silenciosamente voltamo-nos para dentro de nós próprios entendemos o valor da palavra solidariedade, amor, força, fé.
Num instante damos conta que estamos todos no mesmo barco, ricos e pobres, que as prateleiras do super estão vazias e os hospitais cheios e que o dinheiro e os seguros de saúde que o dinheiro pagava não têm nenhuma importância porque os hospitais privados foram os primeiros a fechar.
Nas garagens ou nos estacionamento
estão parados igualmente os carros topo de gama ou ferro velhos antigos simplesmente porque ninguém pode sair.
Bastaram meia dúzia de dias para que o Universo estabelecesse a igualdade social que se dizia ser impossível de repor.
O MEDO invadiu todos😬
Que ao menos isto sirva para nos darmos conta da vulnerabilidade do ser humano.
Não se esqueçam,
 BASTOU MEIA DÚZIA DE DIAS!!!

Autor desconhecido porque recebi via telepatica!!🙏