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terça-feira, 20 de agosto de 2019

A primeira e última liberdade (Krishnamurti)




"As relações são um processo de auto-revelação e se, desconhecendo a nós mesmos, desconhecendo as tendências da nossa mente e do nosso coração, procuramos apenas estabelecer uma ordem externa, um sistema, uma fórmula engenhosa, ela terá muito pouca significação. O importante é que compreendamos a nós mesmos em relação com outros. As relações se tornam assim, não um processo de isolamento, mas um processo no qual descobrimos nossos, próprios 'motivos', nossos próprios pensamentos, nossos próprios desígnios e esta descoberta é o começo da libertação, o comêço da transformação." (Krishnamurti. A primeira e última liberdade. P.103)
"Evitar um fato é viver na ignorância, que nunca pode produzir relações corretas. Se examinarmos nossas vidas e observarmos nossas relações, veremos que elas são um processo de criação de mútua resistência, uma muralha sôbre a qual nos olhamos e observamos, uns aos outros. Conservamos sempre a muralha e permanecemos atrás dela, quer seja da muralha psicológica, quer seja da material, da muralha econômica, da muralha nacional. Enquanto vivermos no isolamento, atrás da muralha, não há relações entre nós. Vivemos fechados, porque achamos muito mais agradável, muito mais seguro. O mundo está tão fracionado, há tanto sofrimento, tanta dor, guerra, destruição, miséria, que desejamos fugir e viver dentro das muralhas protetolas de nosso ser psicológico. As relações, pois, no caso de quase, todos 
nós, são, de fato, um processo de isolamento, e é bem óbvio que tais relações criam uma sociedade, também causadora de isolamento. 
É isso, exatamente, o que está acontecendo no mundo inteiro: vós permaheceis no vosso isolamento, e, estendeis a mão por cima da muralha, chamando a isso nacionalismo, fraternidade, ou o que quiserdes, mas o fato é que continuam a existir os governos soberanos com seus exércitos. Enquanto apegados às vossas llmitaçoes, pensais poder criar a unidade mundial, a paz mundial coisa de todo impossível. Enquanto tiverdes uma fronteira nacional, econômica, religiosa ou social é bem claro que não pode haver paz no mundo." 
(102 - Krishnamurti. A primeira e última liberdade)

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