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sexta-feira, 26 de julho de 2019
Confusão entre renúncia e inércia (Lucia Helena Galvão)
"Existe uma confusão muito grande entre renúncia e inércia. Quando alguém diz 'eu sou uma pessoa que renunciou a matéria', mas como renuncia se não tinha? Não se pode renunciar aquilo que não se tem. Existe uma parábola orientral de um rei que é recebido Nirvana e muito bem recebido, mas quando entra um mendigo, este é rejeitado. Mendigo reclama dizendo que só aceitam poderosos. Respondem que O rei renunciou a tudo para entrar, mas o mendigo não tinha, não buscou e não renunciou a nada. Daí, quer entrar por interesse, não por renuncia. Vá conquistar o mundo, depois renuncia a ele, para, em seguida, vir aqui. A impotência não é virtude. A incapacidade não é virtude. Isso é a confusão da espiritualidade com aquele ser fraco, débil, que não tem nada, porque não soube conquistar nada. A renúncia exige saber conquistar as coisas do mundo e entregá-las. Nisso ela é grandiosa." (Lucia Helena Galvão)
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