HISTÓRIA
DOS NEUROTICOS ANONIMOS
ORIGENS
Neuróticos
Anônimos foi criado em 03 de fevereiro de 1964 em Washington, DC por Grover
Boydston (16 de agosto, 1924 - 17 de dezembro, 1996). Grover era um membro de
AA recuperado, psicólogo, alcoólatra e Ed.M( Master of Educacion), já havia
tentado o suicídio cinco vezes antes dos 21 anos e assim como Bill W. era
neurótico.
Grover
acreditava que os membros do programa de doze passos compartilhavam as neuroses
mesmo subjacentes, causada por egocentrismo, uma opinião expressada nos outros
programas de doze passos e foi muito longe ao afirmar: "Todos nós de fato
somos irmãos, e as variações em detalhes não são mais do que se um de nós gosta
de sorvete de chocolate, outro gosta de baunilha".
Enquanto
estava no AA Grover descobriu que
trabalhar os Doze Passos ajudou a remover as neuroses subjacente ao seu
alcoolismo.
Como
uma experiência Grover instruiu uma mulher que sofria de neurose, mas não de
alcoolismo, a trabalhar os Doze Passos. Ele descobriu que eles também ajudaram
a ela na recuperação da neurose. Ele escreveu a
AA World Services solicitando permissão para usar seus Doze Passos com a
substituição da palavra "álcool" na primeira etapa substituído por
"nossas emoções", a permissão
foi concedida e ele colocou um anúncio
em um jornal de Washington DC, a respeito dos
Neuróticos Anônimos, e organizou a primeira reunião com as pessoas
que responderam ao anuncio, o grupo de
N/A cresceu modestamente até que foi
publicado um artigo sobre ele na revista Parade, posteriormente a Associated Press e a United Press
International republicaram a história, e começaram a se formar grupos de N/A
internacionalmente.
Fonte:
http://en.wikipedia.org/wiki/Emotions_Anonymous#History
BREVE
HISTÓRICO DE NEURÓTICOS ANÔNIMOS NO BRASIL
SONIA
MARIA E DONALD
Corria
a década de 60, Donald L. um jovem engenheiro americano radicado no Brasil,
conseguira deter seu alcoolismo e alcançar a sobriedade graças à freqüência aos
grupos de A/A - Alcoólicos Anônimos. Numa das reuniões de que participava na
capital paulista, veio a conhecer Sonia Maria M., que, apesar de não ser
dependente do álcool, sofria de depressão e resolvera participar das reuniões
de A/A, procurando encontrar nos depoimentos dos alcoólatras, recuperação e
alívio para as suas dores e sofrimentos. Foi nessas trocas de experiências que
Sonia e Donald tornaram-se amigos, passaram a namorar, casaram-se, e dessa
união nasceram duas filhas.
Sonia
Maria, que sempre fora extrovertida e atuante, mostrou-se dedicada na prestação
de serviços dentro da Irmandade de Alcoólicos Anônimos.
Em
princípios de 1969, Sonia e Donald acolheram em sua casa, uma alcoólatra de
nacionalidade Russa, seu nome era Edita. Com a finalidade de ajudá-la, Sonia
sugeriu-lhe que procurasse fazer alguma coisa em beneficio de outras pessoas,
seria uma maneira de Edita sentir-se útil, e poderia contribuir para a solução
de seu problema com o álcool. “Porque não ajudar outras pessoas Edita?”
Dizia-lhe Sonia. Edita acabou aceitando a sugestão e foram ambas falar com a
Irmã Maria Assunção, religiosa responsável pelo presídio feminino do Carandiru,
na cidade de São Paulo, a quem solicitara permissão para promover reuniões com
as detentas. O propósito era poder conversar com elas a respeito do problema do
alcoolismo, bem como transmitir-lhes mensagens baseadas em princípios morais.
Tendo a Irmã concordado com a idéia, Sonia e Edita, com a colaboração de
Donald, logo deram inicio às reuniões. Não se tratava, entretanto, de nenhum
novo grupo de A/A. No princípio, as reuniões se realizavam às 6ªs feiras, com
início às 14 horas, passando pouco tempo depois para os sábados à noite. Não se
destinavam apenas às detentas alcoólatras, mas a todas que tivessem interesse
em participar das reuniões. Não havia nenhuma restrição e o comparecimento
chegava a ser de vinte ou mais detentas.
Dois
ou três meses depois, Sonia pensou em restringir as reuniões, tendo em vista
que somente participassem as detentas alcoólatras, embora sem qualquer
intenção, como no começo, de formar um grupo de A/A. A idéia contudo, não foi
bem recebida pelas presidiárias, principalmente pelas não alcoólatras. Houve
muita insistência para que as reuniões continuassem da mesma forma, sem nenhuma
discriminação. E assim foi feito. A vontade das detentas foi respeitada e as
reuniões continuaram abertas para todas.
COMO
AJUDAR AS DETENTAS EM SEUS PROBLEMAS MENTAIS E EMOCIONAIS?
Em
seu contato com as participantes das reuniões, Sonia sentiu ser necessário
encontrar alguma coisa que lhe proporcionasse meios de ajudá-las na solução de
seus problemas mentais e emocionais. Em conversa com Donald, relatou-lhe sua
preocupação. Nessa época Donald trabalhava para a SERPEL - Serviço de
Publicações Especializadas, com sede na Rua Brigadeiro Tobias. Um dia, falando
com sua secretária, ele lhe contou à conversa que tivera com Sonia. A
secretária então se lembrou de que havia no arquivo da firma, um número da
revista MÉDICO MODERNO, editada em espanhol pela SERPEL, na qual havia um
artigo sobre GROVER e NEURÓTICOS ANÔNIMOS nos Estados Unidos, cujo titulo era:
“CURA-TE POR CATÁLAGO”. Donald pediu-lhe que desarquivasse aquele número da
revista. Apesar de estar escrito em termos de certo modo depreciativo, Sonia se
interessou pelo que leu, achando que ali poderia estar o que vinha procurando.
Vendo que Donald não se mostrava muito interessado em escrever a Grover
solicitando informações, como lhe havia pedido, resolveu ela mesma escrever,
embora seu conhecimento da língua inglesa ainda não fosse suficiente para a
tarefa. Em resposta, Grover atenciosamente, enviou-lhe alguns folhetos com
literatura sobre N/A.
NASCE
N/A NO BRASIL.
Bem
impressionado com o que leu nesses folhetos Donald resolveu então traduzi-los
para o português. Com base nesse material traduzido, em abril de 1969, Sonia
decidiu fundar com as detentas que participavam das reuniões no presídio do
Carandiru, o primeiro Grupo de N/A em nosso país, para isso contou com a
colaboração de Donald e Edita. Esse grupo funcionou durante quatro anos mais ou
menos. Uns seis meses após o seu início, e já não contando mais com a participação
de Edita, Sonia e Donald abriram outro grupo na entidade religiosa SEDES
SAPIENTIAE, na Rua Caio Prado, onde receberam apoio e colaboração da Madre
Cristina (Célia Sosre' Doria) da Congregação Cônegas de Santo Agostinho, há
muitos anos dedicada ao estudo de medicina e psicologia. Passados mais seis
meses aproximadamente, esse grupo se transferiu para a Paróquia Nossa Senhora
do Perpétuo Socorro, na Rua Sampaio Vidal, onde até hoje continua realizando
suas reuniões. Nesse novo local, revelou-se valiosa a colaboração prestada pelo
Padre João Clímaco Cabral, que não somente cedeu a sala para as reuniões como
também se interessou pelo Programa de recuperação de N/A, passando a
recomendá-lo às pessoas que o procuravam, com problemas mentais e emocionais.
N/A
COMEÇA A CRESCER EM SÃO PAULO E A SEGUIR EM TODO O BRASIL
Em
todo desenvolvimento de seu trabalho, Sonia nunca deixou de contar com o apoio
irrestrito de Donald, cuja colaboração, como vimos não se limitou à tradução da
literatura enviada por Grover. Tendo logo se tornado um dos membros mais
atuantes da Irmandade que começava a tomar corpo, Donald dividia com Sonia à
responsabilidade pela transmissão da mensagem de N/A em nosso país. Em 1970,
quando participou da Convenção Internacional, do 35º aniversário de Alcoólicos
Anônimos, em Miami Beach, Estados Unidos, ele teve a oportunidade de ficar
conhecendo Grover. Mostrou-lhe então a tradução da literatura que Sonia havia
recebido e contou-lhe o que já vinha sendo realizado no Brasil em termos de
N/A. Grover por sua vez, demonstrando grande interesse pelo que ouvira,
solicitou que Donald assumisse o cargo de Coordenador Geral de Serviços de N/A
para a América Latina.
PRESTAÇÃO
DE SERVIÇOS
A
prestação de Serviços dos dois primeiros Grupos brasileiros, bem como dos
demais que depois foram surgindo, teve no início a casa de Sonia e Donald como
sede. Mais tarde, passou também a ser realizada na casa do companheiro Urbano,
que se encarregava principalmente da guarda e distribuição da literatura. Não
tendo ainda telefone em casa, Sonia se valia do telefone da casa de sua mãe,
Dona Eugênia, para comunicar-se com os companheiros e prestar informações sobre
N/A às pessoas interessadas. Como o volume dos serviços continuasse aumentando,
foi então criado, em 1975, o primeiro escritório de serviços, localizado no
Viaduto Pedroso e denominado CENTRAL DE N/A NO BRASIL. Alguns meses após, com o
nome mudado para SERVIÇO DE INFORMAÇÃO N/A PAULISTA, o escritório passou a
ocupar uma dependência da Igreja Santa Ifigênia, no centro de São Paulo,
transferindo-se, não muito tempo depois, já em 1976, para a Rua Brigadeiro
Tobias, onde assumiu o caráter de escritório nacional, com o nome de ESCRITÓRIO
DE SERVIÇOS GERAIS N/A PARA O BRASIL, e onde até hoje se encontra. Com a
aprovação de seu Estatuto em 1980, passou à denominar-se ENABRA – Escritório
Nacional de Serviços Gerais de NEURÓTICOS ANÔNIMOS no Brasil. Em 1987, o
Estatuto sofreu algumas alterações que a experiência havia demonstrado serem
necessárias. Uma delas foi a mudança do nome do escritório para NEURÓTICOS
ANÔNIMOS – ESCRITÓRIO DE SERVIÇOS GERAIS DO BRASIL – ENABRA, denominação essa
que, segundo tudo parece indicar, não deverá passar por mais nenhuma
modificação.
O
CRESCIMENTO DA IRMANDADE NÃO SE INTERROMPE
O
trabalho tão devotamente iniciado em 1969 felizmente não foi interrompido. N/A
continua crescendo em nosso país, com novos grupos surgindo em vários pontos do
território nacional. Contamos atualmente com mais de 400 grupos em
funcionamento regular em todo o país, todos eles filiados aos nossos
Escritórios de Serviços. Os Estados com maior concentração de Grupos são os de
São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Os demais Grupos estão localizados em
outros Estados da Federação.
Nossa
Estrutura de Serviços também continua se expandindo. Além do ENABRA, que é o
Escritório Nacional, com sede em São Paulo, temos mais seis Escritórios
Regionais servindo os Grupos localizados em diversas regiões do país,
atualmente situados em São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo
Horizonte e Ipatinga – MG.
Amparados
pelo Poder Superior, temos certeza de que nossa prestação de serviços se
ampliará cada vez mais, permitindo assim que N/A continue se expandindo no
território nacional sem se desviar dos nossos princípios tradicionais, com
grupos responsáveis, cientes de sua autonomia, porém inteiramente fiéis ao
espírito de Unidade que deve sempre prevalecer na Irmandade de Neuróticos
Anônimos como um todo.
Fonte:
http://www.neuroticosanonimossp.kit.net/na/historico.htm
Ler
mais: http://m.neuroticosanonimosdf.webnode.com.br/historia-do-n-a/
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