Clovis Renato Costa Farias |
Advogado
sindical mostrou casos de trabalho em condições degradantes no estado
Na
abertura do terceiro dia da primeira edição do Congresso Estadual da CSB Santa
Catarina, nesta quinta-feira (6), o advogado sindical Clóvis Renato Costa
Farias voltou ao palco, desta vez, para falar sobre as formas degradantes de
trabalho humano.
Durante
a palestra, Farias mostrou aos dirigentes catarinenses, que os sindicatos têm
papel ativo no combate ao trabalho escravo.
“É
muito importante o sindicalista usar o pouco espaço na mídia e mostrar os
problemas que vêm acontecendo. Temos que centralizar o discurso de
fortalecimento a favor das garantias dos direitos trabalhistas. É fundamental,
que as entidades sindicais lutem contra as tentativas de retiradas das
normalizações, que ajudam de maneira mais efetiva na proteção aos
trabalhadores”, disse Farias, que acredita que os sindicalistas também devem
fazer denúncias.
Dirigentes
catarinenses também reafirmaram o papel ativo de seus sindicatos na diminuição
do trabalho escravo.
“O
sindicato tem um papel fundamental, pois quando as entidades fazem a denúncia,
as autoridades sabem que o caso é verdadeiro. Sempre que encontramos casos,
procuramos divulgar e mostrar aos ministérios do Trabalho e Público”, disse o
presidente da Federação dos Trabalhadores na Movimentação de Mercadorias de
Santa Catarina (FETRAMMMASC) e vice-presidente da CSB, Oneide de Paula, que
acredita que a palestra ajudou a abrir a mente de muitos dirigentes.
Além de
denunciar, as entidades devem pressionar políticos contra qualquer projeto que
desproteja os trabalhadores.
“É hora
dos sindicatos se unirem pela causa dos trabalhadores, é hora de contestar os
políticos que irão votar projetos. Pelo que a gente percebe, os políticos estão
deixando muito a desejar”, falou o responsável pelo departamento social do
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias e Cooperativas de Alimentação Exceto
Carnes e Derivados, Trabalhadores em Balanceadas e Alimentação de Chapecó
(SITRICCALA), Adair Bones.
Para o
presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Trombudo Central,
Celso Marcelino, estas palestras também são meios importantes de combate ao
trabalho degradante.
“Todo
trabalho realizado em grupo tem mais força, nós saímos daqui preparados, e com
a certeza de que vamos aplicar os conhecimentos em nossos municípios, para
tentar diminuir os problemas. Cada sindicato deve verificar em sua cidade os
focos de trabalho degradantes que existem. É nosso trabalho averiguar os
problemas e alertar as autoridades competentes”, falou.
Segundo
o palestrante, a degradação do trabalho é um problema internacional e trouxe
aos dirigentes casos ocorridos em Santa Catarina.
“Muitos
acreditam que não existe trabalho escravo, que ele acabou com a Lei Áurea,
devemos mostrar que este problema está próximo de nós e que existem muitas
pessoas neste estado. Devemos vencer esta visão monocular”, explicou Farias,
que mostrou relação de locais que foram listados por trabalho escravo, em Santa
Catarina.
O
palestrante também explicou os conceitos de trabalho degradante, as convenções
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), as normas brasileiras de
combate a pratica de trabalho escravo e os sistemas de proteção.
Ainda
segundo a apresentação de Farias, no Brasil existem mais de 155,6 mil pessoas
em situação de escravidão. O País foi
denunciado pela ONU, em 2017, por vetar a lista de empresas flagradas com mão
de obra analógicas à escravidão.
Veja a
apresentação do advogado Clóvis Farias
Fonte:
http://csb.org.br/blog/2017/04/06/dirigentes-catarinenses-reafirmam-papel-ativo-dos-sindicatos-no-combate-ao-trabalho-escravo/
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