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terça-feira, 14 de junho de 2016

Nota de repúdio: Servidores Públicos do Ceará (Sindicato MOVA-SE)

O Sindicato Mova-se, representante dos servidores públicos estaduais, repudia a posição do governador Camilo Santana de não conceder o reajuste salarial anual de forma linear (para todos os servidores) e tentar dividir o movimento sindical com negociação por categoria. Usar a crise como desculpa para não atender o pleito dos servidores representa um retrocesso para um governo eleito pelo Partido dos Trabalhadores (PT/CE).
No seu pronunciamento, no dia 06 de junho, o Governo repetiu o que falou na última reunião com o Mova-se, realizada em 04 de abril, quando deu 10,67% aos servidores que recebem a remuneração mínima do estado, aproximadamente 20 mil dos 155 mil servidores estaduais. Outro discurso vazio foi a liberação da 1ª parcela do 13º, no dia 05 de julho, sendo esta a mesma posição de governos anteriores, não apresentando nada de novo para a categoria. Foi uma reunião sem negociação.
Quanto à proposta de negociar individualmente com cada categoria, o Mova-se entende que essa é uma forma de fragmentar a unidade do movimento de defesa dos direitos dos servidores. Essa negociação não pode ser considerada como reposição salarial, mas sim uma maneira do Estado corrigir distorções e repor direitos retirados dos servidores, como por exemplo, as vantagens conseguidas pelos policiais militares, civis, professores e outras categorias que tiveram descompressão de tabelas, promoções e outras correções. Em suma, o reajuste é 0% e o que o governo quer é dividir e confundir os trabalhadores.
Depreende-se que esse governo se nega a reconhecer a injustiça existente nos baixos salários dos servidores, sobretudo, após um período, cuja inflação ultrapassou os 10% e provocou brutal diminuição no poder de compra do salário dos servidores estaduais.
Para que fique claro, os servidores não reivindicam sequer a reposição de 57% de perdas no poder aquisitivo acumulados no período de 1999 a 2015, mas sim o índice inflacionário de 10,67% referente ao ano 2015 e mais 2% de reposição de perdas.
As perguntas que não querem calar são:
1) se não pode dar reposição linear à toda categoria porque ultrapassa o tal "limite prudencial", por que poderá ser concedido em negociação individual por categoria?
2) se a reposição for separada não ocasionará oneração da folha e será atingido o limite da mesma forma? Ou será que apenas alguns receberão em detrimento dos demais?
3) e os servidores aposentados e pensionistas do estado receberão o quê?
4) há outra alternativa para os servidores públicos estaduais além da GREVE GERAL?
Portanto, o Sindicato Mova-se repudia a postura do governador Camilo Santana. Ao tempo que convoca toda a base a lutar. Um sindicato forte é aquele, cuja base impulsiona a direção para o caminho certo!

Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Estadual do Ceará - Mova-se

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