Nesta 2ª
feira poderá ser decidido o destino dos cerca de 700 trabalhadores(as) da
Maternidade Escola e do Hospital das Clínicas ameaçados de demissão pela
UFC/MEC.
Está marcada
para as 8h30m uma nova audiência convocada pelo Juiz da 7ª Vara da Justiça do
Trabalho para Defesa da UFC e tentativa de Conciliação (ver ata da audiência).
Na 1ª
audiência a Reitoria não compareceu. Agora está afirmando que vai e o Juiz, que
abriu a possibilidade de solução amigável na audiência anterior, está na
expectativa de que na de amanhã possa haver uma decisão definitiva sobre tão
delicado problema social.
Os
trabalhadores(as) estão em grande expectativa porque há meses vêm nessa luta tentando
sensibilizar a Reitoria, o MEC e o Governo Federal para uma solução que
respeite sua dignidade e seus direitos. Propõem a renovação do convênio UFC e
SAMEAC pelo menos por mais 05 anos, como aconteceu em situação semelhante no
Paraná com a prorrogação entre Universidade Federal do Paraná e FUNPAR.
A Reitoria,
que até então não havia se manifestado publicamente, nesta semana o fez
reafirmando a intenção da demissão e tentando responsabilizar a permanência dos
trabalhadores pela crise do Complexo Hospitalar. O que, para qualquer pessoa
medianamente informada, soa no mínimo insuficiente e preocupante tratando-se de
um reitor da UFC. Não só porque a falta de recursos tem causas muito mais
amplas, graves e profundas que remontam para a dramática situação do país, em
particular no que se refere à saúde. Mas também porque no pregão publicado pela
EBSERH/UFC estava prevista a contratação de quase 500 trabalhadores
terceirizados e por um custo bem maior para substituir os que vêm prestando
serviço há 20, 30 anos. O Pregão só não aconteceu porque foi suspenso pelo
Juiz.
Os
trabalhadores se organizaram no MDTS – Movimento em Defesa dos Trabalhadores da
Saúde (SAMEAC/UFC), que se articulou, se ampliou, manteve-se firme e buscou o
apoio dos mais amplos setores da sociedade. Participaram de reuniões,
encontros, manifestações, Audiências Públicas nas Casas Legislativas,
audiências com parlamentares e outras autoridades, assembleias, atividades
religiosas e solenidades. Elaboraram notas, documentos, páginas nas redes
sociais. Em greve desde o dia 05/10, vêm desenvolvendo esforços inauditos nessa
luta. Receberam apoio significativo da Arquidiocese de Fortaleza e da CNBB, bem
como de sindicatos, entidades estudantis e da população em geral que se
expressou num abaixo-assinado com aproximadamente 10 mil assinaturas que será
entregue amanhã ao Juiz da 7ª Vara e a outras autoridades.
A audiência
de amanhã revela uma dramática situação que espelha a grave situação do país.
Nesse
sentido a iniciativa do movimento inaugura uma nova abordagem da luta social.
Embora mantendo relações com estruturas tradicionais do movimento se organiza
de forma autônoma e independente constituindo um novo paradigma de organização.
O Juiz
mostrou uma grande sensibilidade com uma postura inovadora que privilegia a
dignidade das pessoas e seus direitos, atitude digna de uma magistratura que se
referencia nesses valores.
Amanhã
Fortaleza está sendo chamada a participar de um acontecimento histórico. Da
audiência virão desdobramentos que podem ter implicações importantes para a
história do país.
Manifeste
sua solidariedade!
Participe do
ato de apoio aos trabalhadores e trabalhadoras!
Proteste
contra a demissão na UFC!
Basta de
massacre! Chega de barbárie!
Demissão
jamais! Vamos à luta!
SEDE DA
JUSTIÇA DO TRABALHO
07 DE
DEZEMBRO – SEGUNDA-FEIRA – 08 HORAS
AV. TRISTÃO
GONÇALVES COM PEDRO I
Mais
informações e Contatos:
Advogados:
Clovis Renato (OAB/Ce 20.500) Cel: (85) 99901.8377; Thiago Pinheiro (OAB/Ce
19.279) Cel: 99627.3752 / 98723.2755.
MDTS – Movimento
em Defesa dos Trabalhadores: Teresa Neumann – 988818172; Rosângela – 988262518;
Odaléia – 999153109
Crítica
Radical: Rosa Fonseca - 988166254
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