Paralisação
de duas horas é um protesto, principalmente, pela regulamentação da jornada de
trabalho. Categoria ameaça decretar estado de greve em todo o Ceará.
Os
motoristas e cobradores do transporte rodoviário do Ceará paralisaram as
atividades, na manhã desta quarta-feira, 10, no terminal Engenheiro João Thomé,
na avenida Borges de Melo, em Fortaleza. O ato, que teve início às 8h30min e
foi até às 10h30min, reivindica a regulamentação da jornada de trabalho dos
funcionários, dentre outros benefícios, conforme o Sindicato dos trabalhadores
nas empresas de transporte rodoviário de passageiros intermunicipal e
interestadual do Estado do Ceará (Sinteti).
De acordo
com o presidente do Sinteti, Carlos Jefferson, a paralisação de duas horas
serve para convocar uma assembleia com todos os trabalhadores, incluindo os que
cobrem linhas de outros municípios. "Estamos há três meses negociando com
os patrões e eles não oferecem uma proposta aceitável. Se até a próxima
quarta-feira, 17, não avançar, vamos decretar estado de greve. Já abaixamos o
valor do reajuste salarial, mas eles não aceitam", disse.
O Sinteti
pedia, inicialmente, um reajuste salarial de 18% contra os 8,34 % oferecidos
pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Intermunicipal e
Interestadual do Ceará (Sinter Ônibus). Agora, o sindicato dos trabalhadores
reivindica 13% de reajuste salarial, além do aumento da cesta-básica,
vale-refeição, pagamentos de hora-extra e, principalmente, regulamentação da
jornada de trabalho.
"Os
motorista chegam a trabalhar 14, 15 horas seguidas. Isso tudo sem receber o
pagamento da hora-extra, por isso queremos que a jornada seja regulamentada
para 7 horas e 20 minutos. É uma questão também de segurança para os
usuários", frisou Jefferson. Uma nova reunião entre os sindicatos está
marcada para às 13h30min da próxima quarta-feira, 17, na sede do Ministério do
Trabalho.
O Sinter
Ônibus repudiou a paralisação desta manhã e defendeu que a situação econômica
do País não permite um maior reajuste. "Nós estamos na 4° rodada de
negociação para tentar resolver essa questão. O problema é que com essa
paralisação quem sai prejudicado é a população", disse o presidente do sindicato
patronal, André Luís Eskinavi.
Em relação à
jornada de trabalho, o presidente do Sinter Ônibus informou que carga a horária
dos motoristas é de 44 horas semanais, com um limite máximo diário que pode se
estender até 9h20min.
Apoio
O Sindicato
dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará (Sintro)
participou da paralisação no terminal rodoviário, na manhã desta quarta-feira,
10.
Mesmo
apoiando os trabalhadores do transporte rodoviário, o Sintro informou que não
deve realizar paralisações nos terminais de ônibus de Fortaleza. “Fomos para lá
em apoio à categoria, para fazermos uma campanha unificada”, disse Sérgio
Barbosa vice-presidente do Sintro.
Fonte:
SINTETI
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