Greve na
UEPG, em Ponta Grossa, começou nesta terça-feira (10).
Sete
universidades estaduais têm juntas mais de 75 mil alunos.
Professores
de universidades estaduais do Paraná entraram em greve por tempo indeterminado
nesta terça-feira (10). A greve se deve
ao chamado “pacotaço” encaminhado pelo governador Beto Richa (PSDB) à
Assembleia Legislativa. As medidas, de acordo com o governo estadual, tem o
intuito de gerar economia e aumentar a arrecadação. Para isso, por exemplo,
alguns benefícios do funcionalismo
público seriam cortados. Os professores universitários dizem ainda que no
"pacotaço" há medidas que afetam a autonomia universitária.
Ao todo, as sete universidades estaduais do Paraná
têm juntas 7 mil docentes, 8,6 mil agentes universitários e mais de 75 mil
alunos.
UEPG
Professores
da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) votaram a greve na quinta-feira
(5) em assembleia no campus central da instituição em Ponta Grossa, na região
dos Campos Gerais do Paraná.
Segundo o
presidente da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta
Grossa (Sinduepg), Marcelo Engel Bronosky, cerca de 200 pessoas participaram da
assembleia. A UEPG tem perto de mil professores.
As aulas
começaram na segunda-feira (9). Conforme Bronosky, os professores explicaram
aos estudantes os motivos da paralisação.
A estudante
do 4º ano de jornalismo da UEPG, Mariele Morski, afirma que apoia a greve e os
professores. "O governo precisa tomar uma providência para que a
paralisação não continue. Nós, que estamos terminando a faculdade, somos
bastante prejudicados. Com a greve, por exemplo, temos menos tempo para nos
dedicarmos ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o que pode prejudicar nossa
formatura", diz.
Ao todo, a
greve na UEPG prejudica 7,2 mil estudantes.
Unicentro
Cerca de 400
professores da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) aprovaram
greve durante assembleia na tarde de segunda-feira em Guarapuava, na região
central do Paraná.
As aulas
começam só dia 19 de fevereiro, entretanto, segundo o secretário-geral do
Sindicato dos Professores (Adunicentro), Denny William da Silva, os docentes
iniciaram a paralisação logo após a assembleia. A Unicentro tem cerca de 850
docentes e, conforme o sindicato, a adesão será em todos os campi da
instituição.
Com a greve,
8,7 mil alunos são afetados.
Unioeste
Já os
professores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) fazem
assembleia para discutir o movimento de greve na quarta-feira (11), às 14h.
A pauta de
reivindicações dos docentes pede a suspensão imediata do "pacotaço",
enviado pelo governo do estado à Assembleia Legislativa, o pagamento do
quinquênio e do terço de férias dos servidores, a manutenção do orçamento das
universidades estaduais e a participação dos professores na discussão do
projeto de lei que prevê autonomia nas instituições de ensino.
UEL
Servidores
técnico-administrativos da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no norte do
Paraná, também deram início à greve e paralisaram as atividades nesta
terça-feira. A paralisação foi decidida durante uma assembleia realizada na
sexta-feira (6). Além do campus da UEL,
a greve atinge também o Hospital das Clínicas (HC), o Hospital Universitário
(HU), Clínica Odontológica, a Bebê Clínica, o Museu Histórico de Londrina e a
Casa de Cultura.
Segundo o
Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da UEL (Assuel
Sindicato), os serviços de urgência e emergência serão mantidos no HU e na
Clínica Odontológica. O restante dos setores paralisarão totalmente as
atividades.
De acordo
com o presidente da Assuel Sindicato, Marcelo Alves Seabra, a greve é motivada
pela falta de pagamento do terço de férias dos servidores e pelo pacote enviado
pelo governo a Assembleia, que retira os direitos dos servidores.
"A
gente não viu outra alternativa que não entrar em greve. Além do atraso no
pagamento das férias, o governo decidiu por esse pacote que afeta diretamente o serviço público. Se o
governo retirar de pauta esse pacote na Assembleia, podemos até suspender a
greve. Enquanto isso não ocorrer, a greve será mantida", diz Seabra.
Nesta
terça-feira estão previstos atos na UEL e também no HU. Servidores se
concentrarão nos dois locais, conforme o sindicato.
As aulas da
universidade ainda não tiveram início em 2015, com começo previsto para o dia
19 de fevereiro. Em assembleia realizada na segunda-feira, os professores da
UEL decidiram também entrar em greve a partir de quinta-feira (12). Conforme
Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e
Região (Sindiprol/Aduel), a decisão também é uma reação contra o pacote de
medidas do governo que corta direitos dos servidores públicos do Paraná, além
de atingir a autonomia das universidades.
Com a greve,
quase 17 mil alunos são prejudicados.
UEM
Na
Universidade Estadual de Maringá (UEM), as atividades continuam normalmente
nesta terça-feira. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em
Estabelecimento de Ensino de Maringá (Sinteemar), os servidores se reunirão na
manhã de quarta-feira (11) para decidir se deflagram greve.
Uenp e Unespar
Na
Universidade Estadual do Norte Pioneiro (Uenp) e na Universidade Estadual do
Paraná (Unespar), as atividades também seguem normalmente nesta terça. Os
servidores da Uenp devem se reunir na quinta-feira (12) para decidir se entram
paralisam ou não as atividades. Já os funcionários da Unespar optaram por greve
a partir de quinta-feira (12).
O que o
governo diz
A Secretaria
Estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior informou que uma reunião será
realizada nesta terça-feira entre o secretário João Carlos Gomes e reitores de
universidades. Além disso, a secretaria disse que está acompanhando as
assembleias e também as decisões que ocorrerão na Assembleia Legislativa, e
aguarda definições para se posicionar.
Fonte:
http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/02/professores-de-universidades-estaduais-do-pr-entram-em-greve.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário