Manifestantes
bloquearam diversas ruas do Centro nesta terça-feira (24).
Secretário
interino de Administração diz que movimento é de sindicatos.
Após o protesto de servidores da prefeitura de
Maceió que bloqueou ruas do Centro nesta terça-feira (24), o secretário interino de
Administração, Recursos Humanos e Patrimônio (SEMARHP), Felipe Mamede, diz que
pretende ingressar na Justiça com o pedido de ilegalidade da greve.
Os servidores estão em greve há cinco dias e
reivindicam o pagamento de um reajuste salarial de 14%, relativo a janeiro
deste ano.
De acordo
com o secretário, o reajuste só deve ser
definido a partir de maio e isso já foi acordado com a categoria. "Estamos
no limite da LRF [Lei de Responsabilidade Fiscal], os sindicatos sabem disso. A
gente pretende ingressar com uma ação judicial para conseguir o decreto de
ilegalidade da greve ainda hoje. Eles não nos dão outra alternativa".
Ainda
segundo Mamede, o movimento liderado pelos sindicalistas tem objetivos além do reajuste defendido pelos
servidores efetivos municipais. "Esses sindicatos têm se insurgido não em
relação ao reajuste, mas por conta do relatório da Fundação Getúlio Vargas,
divulgado em janeiro e que anuncia uma série de irregularidades".
O relatório ao qual o secretário se refere
detectou uma série de irregularidades nos vencimentos de cerca de 3 mil
servidores. Segundo o relatório, eles estão
recebendo adicionais em desconformidade com a lei. A prefeitura suspendeu o
pagamento desses abonos e determinou a investigação do caso.
"Eles
[os sindicatos] estão antevendo uma seria de irregularidades que os atingem, e
estão tentando mobilizar os servidores. A gente percebe que esse movimento não
é dos servidores, mas dos sindicatos que, em tese, os representam", avalia
Mamed.
Bloqueio de
ruas
Nesta manhã
centenas de servidores e sindicalistas saíram da Praça Sinimbu em direção a
Secretaria Municipal de Finanças. A manifestação contou com o apoio da Central
Única dos Trabalhadores (CUT).
Os
manifestantes pararam em frente à secretaria, onde bloquearam a Rua Pedro
Monteiro com pedras e fitas de isolamento. Eles tiraram o isolamento de um
buraco aberto na rua para usar na interdição.
Além de cobrar o reajuste, a categoria quer um
acordo salarial feito em 2014, que não estaria sendo cumprido, insalubridade e
a manutenção de um Plano de Cargos e Carreiras (PCC).
De acordo
com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Município de Maceió e
Região Metropolitana do Estado de Alagoas (Sindspref), Sidney Lopes, não houve nenhuma
sinalização por parte da prefeitura para uma negociação. “A proposta é que
nossa pauta de reivindicação seja discutida só em julho e a categoria não
aceita isso”, reclamou.
Fonte: http://g1.globo.com/al/alagoas/noticia/2015/02/apos-protesto-prefeitura-quer-tornar-ilegal-greve-de-servidores-de-maceio.html
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