Servidores
que ganham até R$ 9 mil vão receber até o 5º dia útil do mês.
Salários
acima de R$ 16 mil serão pagos em 4 parcelas, diz governo.
O governo do
Distrito Federal anunciou nesta quinta-feira (15) a mudança no calendário de
pagamento dos servidores públicos do Executivo local. De acordo com o GDF, a
nova medida abrange todos os empregados, inclusive cargos e funções
comissionadas. A alteração não vale para funcionários das áreas de segurança,
que recebem pelo Fundo Constitucional.
A medida
estabele que, a partir de fevereiro, todos
os servidores com remuneração acima de R$ 16 mil receberão os salários em
quatro parcelas: nos dias 5, 15, 24 e no último dia útil do mês. Atualmente,
os vencimentos são pagos integralmente no 5º dia útil do mês.
Pelo novo
calendário, trabalhadores que ganham até R$ 9 mil - 70% dos servidores públicos
- vão receber no 5º dia útil. Funcionários com salários acima desse valor vão
receber os R$ 9 mil, mas parte do complemento só será depositado no dia 15,
quando as remunerações de até R$ 11 mil serão pagas - abrangendo 87% dos
servidores. Já os que ganham R$ 16 mil ou mais receberão os salários no dia 24,
data em que 94% dos trabalhadores estará com os salários em dia. Valores acima
de R$ 16 mil serão pagos no último dia do mês, quando 100% dos servidores
públicos terão recebido.
De acordo
com secretário de Gestão Administrativa e Desburocratização, Antônio Paulo
Vogel, um servidor que ganha R$ 20 mil reais vai receber R$ 9 mil no 5º dia
útil, R$ 2 mil no dia 15, R$ 5 mil no dia 24 e o restante no último dia do mês,
quando serão descontados os impostos.
De acordo com o GDF, a mudança é uma medida para
conseguir honrar as obrigações do estado e manter os serviços públicos. O chefe da Casa Civil,
Hélio Doyle, afirmou que 70% dos servidores receberão o salário integral no dia
5 de cada mês. Segundo ele, 30% dos
servidores terão um "atraso" no pagamento. "Nós poderíamos pagar
os 70%, mas atrasar o restante. A gente está jogando limpo, informando ao
servidor e dizendo que não é porque a gente quer, mas porque não tem outro
jeito", afirmou Doyle.
O secretário
de Gestão Administrativa e Desburocratização afirmou que essa foi a única forma
encontrada para pagar em dia os servidores, com base no que ficou acordado.
"Essa é a possibilidade da gente manter o
salário do servidor em dia e cumprir os compromissos", afirmou. "Não é que
a gente queira que seja assim, o GDF não tem dinheiro em caixa para fazer todos
os pagamentos. A cada hora somos surpreendidos com um tiro de
levantamento."
Segundo
Vogel, a decisão será mantida até que o governo consiga ajustar as contas. Não
há previsão para que a medida seja revertida.
"O servidor que achar que deve contestar na
Justiça essa forma de pagamento, é um direito, mas nós estamos fazendo um jogo
limpo", afirmou
Doyle. "Nós estamos mantendo o Ministério Público informado de todas as
decisões que estamos tomando ou vamos tomar. Essa é a única maneira que temos
para pagar e esperamos que haja compreensão de que estamos fazendo o que é
possivel fazer para dar uma previsibilidade."
Adequação
O secretário
de Fazenda, Leonardo Tombini, afirmou que as datas foram planejadas de acordo
com o cronograma de recebimento do governo. "Com a arrecadação é possível
pagar as parcelas do pagamento", afirmou. "Há uma grande arrecadação
nos dias 13 e 14 de substituição tributária."
O chefe da
Casa Civil, Hélio Doyle, disse que a decisão não será discutida com os
sindicatos porque não há como efetuar os pagamentos de outra forma. "É uma
decisão porque não tem outro jeito, estamos dando pleno acesso a todas as
informações. Não adianta a gente querer negociar em cima do que não dá para
negociar, não há margem para isso. Dentro das atuais circunstâncias essa
decisão é justa."
Doyle
afirmou esperar que tudo volte ao normal
o quanto antes. "A gente espera que o mais cedo possível a gente
retome a normalidade. De repente, a volta à normalidade pode ser gradativa. Nós
não temos a clareza de quando é que podemos voltar a normalidade."
Fornecedores
e terceirizados
Sobre os
fornecedores, Doyle afirmou que o governo primeiro analisa a dívida para depois
decidir o que será feito. "A dívida tem que ser reconhecida e aí vamos
fazer um cronograma de pagamento. Dificilmente haverá condições de pagar 100%
um fornecedor com alto valor. Esse pagamento também terá que ser
graduado."
Quanto aos terceirizados, ele disse que as
negociações estão sendo feitas com o Ministério Público do Trabalho. "Está
sendo feito também o escalonamento desse pagamento, que é maior do que a gente
esperava esse volume de pagamento, e vai ser feito também de uma maneira
escalonada, dentro das prioridade, de acordo com os interesses da
população", afirmou.
"Hoje não está adiantando o
empresário vir aqui e pedir para receber antes, como acontecia antes. Não vai
ter ninguém beneficiado recebendo antes."
Fonte:
http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2015/01/gdf-anuncia-mudanca-no-calendario-de-pagamento-de-servidores-publicos.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário