O
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção de Belo Horizonte e
Região (Sindicato Marreta) aponta diversas irregularidades na obra do bairro
Cruzeiro, região Centro-Sul da capital, em que trabalhava Ezio de Almeida, de
35 anos. O operário morreu ao cair do 8º
andar de um prédio nessa última quinta-feira (28).
O local não estaria de acordo com as Normas
Regulamentadoras 18 e 35 do Ministério do Trabalho e Emprego. Segundo um dos
diretores do Sindicato, Ronaldo Estêvão, o
andaime junto à fachada do 8º andar estava aberto e sem fechamento das
laterais, sem rodapé e travessão intermediário e superior que aumentam a
segurança durante o trabalho. Faltava ainda a “linha de vida” para fixação de
trava-quedas do cinto de segurança. Ronaldo também informou que o cinto de segurança era inadequado para o
serviço, e que a escada apoiada junto ao andaime era improvisada, feita de
madeirite, e pode ter sido a causa do acidente.
Ezio caiu de uma altura de 20 metros e morreu antes
mesmo de receber socorro. Ainda segundo o Sindicato, o operário trabalhava
para a Integral Engenharia, uma empresa terceirizada pela Construtora Castor.
"A Castor, na verdade, é a responsável pelo acidente, porque foi ela quem
contratou a Integral", disse Ronaldo.
Ezio era casado e morava em Ribeirão das Neves,
na região metropolitana de Belo Horizonte. O corpo foi enviado na madrugada
desta sexta, à custa da Castor, para a cidade de Águas Formosas, no Vale do
Jequitinhonha, a pedido dos pais. A empresa ainda teria fretado um ônibus
para levar familiares ao sepultamento, conforme informações do Sindicato.
Fonte:
Gustavo Lameira/O Tempo - 01/09/2014.
http://www.mundosindical.com.br/sindicalismo/noticias/noticia.asp?id=18029
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