O
acampamento Vida Nova, em Jordânia, em Minas Gerais, vem sofrendo ataques nos
últimos meses, e tanto famílias acampadas quanto dirigentes do Sindicato de
Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais (STTR) da região sofrem ameaças de morte por parte das pessoas que se dizem
proprietárias da área onde o acampamento está localizado.
Quem faz a
denúncia é o STTR de Jordânia, apoiado pela Federação de Trabalhadores (as) na
Agricultura do Estado de Minas Gerais (Fetaemg), a Confederação Nacional dos
Trabalhadores na Agricultura (Contag) e
a Comissão Pastoral da Terra de Minas Gerais (CPT-MG).
Segundo
informações do sindicato, os trabalhadores rurais acampados e dirigentes sofrem
ameaças desde a criação do acampamento, porém as ameaças se intensificaram a partir de outubro de 2013, quando um dos
acampados foi expulso do local, acusado de pedofilia. Este homem é suspeito de
se aliar aos proprietários da terra e de estar fazendo as ameaças e executando
os ataques. Já foram registrados dois boletins de ocorrência (BOs) das ameaças
na delegacia local.
Histórico
dos ataques
Em julho,
trabalhadores identificaram um grande desmatamento com extração de madeira na
mata pertencente ao acampamento. A área teve perícia da polícia florestal, que
registrou boletim de ocorrência da denúncia, tendo como suspeito o
ex-acampado. Em agosto, o barraco de
uma acampada e diretora do STR de Jordânia foi arrombado, e as ferramentas
usadas no ato foram deixadas no local. Nada foi levado, mas a trabalhadora
registrou ocorrência do fato em mais um boletim policial.
Outros
dois barracos foram atacados no final de agosto. Dessa vez, atearam fogo às
moradias dos trabalhadores. No primeiro deles, além dos danos ao barraco, o
incêndio matou o cachorro e algumas galinhas. O trabalhador chegou a ver o
executor do crime, e levantou três suspeitos ao registrar o boletim de
ocorrência. Há mais ameaças de incêndios criminosos em outros barracos, também
registrados em BOs.
Providências
legais já foram solicitadas. Mas, até o momento, não houve resposta, e os
moradores do acampamento Vida Nova estão sob constante desproteção e medo. A
CONTAG solicita atenção e providências práticas do governo mineiro ao caso,
antes que alguns dos trabalhadores(as) acampados(as) e dirigentes sofram algum
ataque fatal por conta deste conflito e aumentando ainda mais a violência no
campo.
Fonte: http://www.mundosindical.com.br/sindicalismo/noticias/noticia.asp?id=18155
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