Paralisação
acontece nesta terça-feira (2) e, segundo o Sepe, será de 72h.
Prefeitura
afirma que os dias serão descontados da folha de pagamento.
Em menos
de uma semana, os profissionais da rede municipal de ensino em Petrópolis, na
Região Serrana do Rio, fazem uma nova paralisação nesta terça-feira (2), desta
vez de 72 horas. A categoria, segundo o Sindicato Estadual dos Profissioanais
da Educação (Sepe) no município, mantém
as reivindicações pautadas nos movimentos anteriores, que são o cumprimento da
lei federal que destina 1/3 da carga horária para o planejamento das
atividades; a redução da carga horária do profissional administrativo de 40
para 30 horas semanais; a publicação do edital do concurso; o concurso de
remoção e a auditoria da folha de pagamentos.
Embora a
prefeitura discorde sobre um acordo que previa essas ações no mês de agosto,
alegando, somente, que há uma “rodada de negociações”, a diretora do Sepe, Rose
Oliveira, afirma que a categoria possui um documento assinado pelo prefeito
Rubens Bomtempo, pela secretária de Educação, Mônica Freitas, e pelo secretário
de Administração e Recursos Humanos, Henrique Manzani se comprometendo com o
que a categoria está pleiteando.
“Como há negociação se a outra parte não
cumpre o que foi prometido. Nós fizemos tudo de maneira correta. Na última
sexta-feira oficiamos a solicitação de reunião com o prefeito, que foi
ignorada. Fizemos o aviso antecipado da paralisação. E vamos entrar com mandado
de segurança para impedir que nossos dias sejam descontados na folha de
pagamento, como foi anunciado”, garantiu Rose.
Na parte
da tarde, às 14h, os profissionais farão um “panelaço” que vai se concentrar na
Praça D. Pedro e depois segue para a prefeitura. Outras ações estão previstas
até quinta-feira (4).
“Além do
que estamos pedindo, também queremos a retomada das reuniões, que desde o
primeiro semestre de agosto estão paradas”, observou a diretora, que ainda não
fez o levantamento do percentual de adesão, mas garante que grande parte dos
profissionais participa da paralisação.
Prefeitura vai descontar dias para resguardar
alunos, pais e responsáveis
Em
comunicado à imprensa, a Prefeitura
confirmou que os servidores da Educação que faltarem o trabalho em adesão à
paralisação terão os dias descontados dos vencimentos. A medida, segundo o
governo, tem como principal objetivo resguardar alunos, pais e responsáveis,
que têm na escola endereço seguro para as crianças e estão sendo diretamente
prejudicados pelo movimento. Na nota, a Prefeitura também informou que já
iniciou levantamento de profissionais em estágio probatório, a fim de verificar
se algum deles está participando das paralisações.
A
Secretaria de Educação já oficiou o Ministério Público sobre a paralisação dos profissionais da categoria
organizada pelo Sepe na última semana, que afetou o funcionamento de 17% das
unidades educacionais do município – sendo Centros de Educação Infantil a
grande maioria. De acordo com o governo, a paralisação surpreendeu os pais,
alunos e também representantes da secretaria, que mantinham diálogo permanente
com o grupo. Havia, inclusive, um grupo de trabalho formado por representantes
do governo municipal e do Sepe para discutir melhorias para os profissionais.
Deste grupo saiu, no dia 15 de julho, acordo prevendo várias medidas, entre
elas a realização de estudos, em andamento, prevendo, por exemplo, a
reformulação do documento de porte e concurso de remoção.
As
reuniões periódicas realizadas pelo governo com o Sepe para discutir os pleitos
dos profissionais incluíam, entre outros temas, os pontos reivindicados pela
categoria. A Secretaria de Educação, no entanto, sempre deixou claro que não há
como garantir os benefícios sem um plano de médio a longo prazo.
Fonte: http://g1.globo.com/rj/regiao-serrana/noticia/2014/09/profissionais-da-educacao-voltam-cruzar-os-bracos-em-petropolis-no-rj.html
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