Vinte
sindicatos de empregados da ECT, inclusive de Minas Gerais, fecharam nesta
quarta-feira (24), no Tribunal Superior do Trabalho, acordo coletivo de
trabalho correspondente a 2014/2015
Vinte
sindicatos de empregados da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT)
fecharam nesta quarta-feira (24), no Tribunal Superior do Trabalho, acordo
coletivo de trabalho correspondente a 2014/2015. "O acordo evitou uma
greve nacional da categoria", afirmou o ministro Ives Gandra Martins
Filho, vice-presidente do TST, que conduziu a mediação que resultou no acordo.
Em Minas
Gerais, os trabalhadores decidiram retomar o trabalho normal após assembleia na
tarde desta quarta (24). Roraima e Sergipe voltaram às atividades durante a
manhã e Mato Grosso deixou o movimento grevista na noite de terça-feira (23).
Os funcionários da empresa em seis Estados -Amazonas, Paraná, Paraíba,
Pernambuco, Piauí e Santa Catarina- decidiram na noite de terça-feira (23) não
aderir à paralisação.
O reajuste
salarial ficou em 6,5%, a ser pago em forma de gratificação, com reflexos em
verbas trabalhistas como férias, décimo terceiro e FGTS. O reajuste não será
menor do que R$ 200, mesmo quando o percentual corresponder a quantia inferior.
Para Ives Gandra Filho, esse é um grande avanço, pois é uma forma "de
reduzir as diferenças salariais históricas existentes na ECT".
Dos 36
sindicatos da categoria, 20 fecharam o acordo no TST, o que corresponde a cerca
de 60% do total de trabalhadores. A Federação Interestadual dos Sindicatos dos
Trabalhadores e das Trabalhadoras dos Correios (Findect) e seus seis sindicatos
filiados aderiram ao acordo. A Federação Nacional dos Trabalhadores de Empresas
de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect) não assinou o acordo porque, dos
30 sindicatos filiados, 14 aceitaram a proposta. Um dos sindicatos filiados, o
da Bahia, não se pronunciou porque se encontra sob intervenção judicial.
O
vice-presidente do TST destacou também que o acordo é histórico porque
"ocorreu antes do ajuizamento do dissídio coletivo e de uma situação de
greve". Ives Gandra Filho conseguiu, além da aceitação pela empresa de
várias cláusulas de interesse dos trabalhadores, que não houvesse o corte de
ponto dos atuais grevistas, devido, inclusive, à pequena adesão ao movimento.
Antes da
audiência da mediação, a Vice-Presidência realizou 11 reuniões com as partes
visando à conciliação. Por causa dessa negociação, a categoria, em sua maioria,
não entrou em greve, e a empresa não acionou a Justiça do Trabalho. A ECT se
comprometeu, agora, a ajuizar dissídio coletivo solicitando a extensão do
acordo aos filiados dos outros sindicatos que não aderiram a ele. O pedido,
assinalou Ives Gandra Filho, será analisado pelos integrantes da Seção
Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do TST, quando do julgamento do
dissídio.
Com
informações do TST
Fonte: http://www.otempo.com.br/capa/brasil/acordo-no-tst-evita-greve-nacional-dos-empregados-dos-correios-1.921122
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