A reitoria
afirma que o número de servidores sem receber varia entre mil e 1.200 pessoas
O TRT
(Tribunal Regional do Trabalho ) considerou que há irregularidade e
"incoerência de descontos" nos salários dos funcionários grevistas da
USP (Universidade de São Paulo) que tiveram seus pontos cortados no último mês.
Segundo o Sintusp (Sindicato dos Trabalhadores da USP), mais de 1.600
servidores técnico-administrativos tiveram pontos cortados.
A
reitoria, por sua vez, afirma que o número varia entre mil e 1.200 funcionários.
Na quinta-feira, 21, em assembleia, os funcionários decidiram manter a greve,
que já dura três meses.
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Segundo
Vera Montezi, representante do Conselho de Base do Sintusp, "mais de 1.600
funcionários já sofreram corte de pontos no mês passado". O diretor do
Sintusp Magno de Carvalho afirma que o número pode ser maior. "Com
certeza, foi mais de 1.600, mas é difícil precisar. Sabemos que esse número é
maior do que o passado pela reitoria."
Apesar do
pedido de que não haja mais descontos, não houve decisão na Justiça sobre se a
universidade deverá ou não devolver os salários cortados. A reitoria não se
pronunciou sobre uma possível devolução. "Nada além da data e do local da
reunião de negociação foi estabelecido pela Justiça do Trabalho", afirmou,
em nota.
O parecer
do TRT ecoou na universidade. Na manhã de quinta-feira, cerca de 60
funcionários e alunos da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
protestavam contra a possibilidade de corte de pontos de funcionários pelo CTA
(Conselho Técnico Administrativo).
A folha de
pontos da unidade fecharia na quinta-feira e o corte de ponto havia sido
autorizado pelo CTA. "Estamos aqui porque o ponto não pode ser
cortado", afirmou Carlos Roberto de Assunção, do comando de greve da
Veterinária, durante o ato.
Após o
protesto, a vice-diretoria da unidade afirmou aos manifestantes que o corte de
salários havia sido revogado.
Na
audiência pública realizada entre sindicato e reitoria, que aconteceu na última
quarta-feira (20), a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério negou a liminar
da reitoria contra a greve e marcou uma audiência de conciliação para a próxima
quarta-feira (27). A magistrada declarou que 0% não é uma proposta para
negociação na data-base dos funcionários, que é em maio. Ela pediu que a
universidade apresente um possível porcentual de reajuste na nova reunião de
negociação.
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A reitoria
da universidade, em nota, afirmou que "não é possível adiantar o que será
apresentado na quarta-feira".
— O
comprometimento do orçamento com folha de pagamento é de mais de 105%. Por
isso, não é possível dar o reajuste neste momento, afirmou o órgão.
Assembleia
O parecer
do TRT foi comemorado pelos funcionários na manhã da última quinta-feira (21),
durante a assembleia do sindicato, na Cidade Universitária, na zona oeste. Na
reunião, os funcionários votaram pela manutenção da greve.
Segundo
Marcelo Pablito, diretor do Sintusp, o resultado da reunião no TRT "deu um
fôlego" para os grevistas continuarem com suas reivindicações.
— Nós
achamos um absurdo chegar a essa situação (a greve chegar à Justiça), porque
estamos pedindo diariamente a antecipação das reuniões de negociação com a
reitoria e com o Cruesp (Conselho de reitores das Universidades Estaduais de
São Paulo).
Na
assembleia, o sindicato informou que, em apoio à greve, as aulas e atividades
de residência do HU (Hospital Universitário) estão suspensas, mas afirma que os
médicos estão trabalhando e que a "escala mínima está sendo mantida".
Os
grevistas marcaram um novo protesto no Hospital Universitário para a próxima
segunda-feira. De lá, eles prometem caminhar até a Faculdade de Medicina da
USP, em Pinheiros, zona oeste.
As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Veja
abaixo vídeo sobre o confronto entre policiais militares e manifestantes da USP
no último dia 20
Fonte: http://noticias.r7.com/educacao/usp-corta-ponto-de-1600-funcionarios-greve-continua-22082014
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