De acordo
com universidade, plano inclui
servidores ativos e pensionistas.
Categoria está parada desde maio, após reitores
congelarem os salários.
Para
tentar encerrar a greve de funcionários
que completa 76 dias nesta quarta-feira (6), a Universidade Estadual de
Campinas (Unicamp) encaminou ao sindicato da categoria uma proposta de 21% de
abono aplicado sobre os salários de julho. De acordo com a assessoria da
instituição, o valor abrange servidores ativos e aposentados, e o pagamento é condicionado a sete dias após
normalização das atividades. A decisão sobre a proposta irá ocorrer em
assembleia, nesta quinta-feira (7), mas o sindicato já indicou tendência de
recusa.
Em nota, a
Unicamp também diz que a proposta inclui a retomada do projeto de isonomia
salarial com a USP, por meio da "concessão imediata de uma referência nos
pisos dos três segmentos [básico, médio e superior]". Hoje, a universidade tem 7,8 mil servidores ativos. O abono oferecido
na proposta é o mesmo aceito pelos professores, que suspenderam a paralisação
no dia 31 de julho e voltaram ao trabalho nesta semana para aulas de reposição.
Os
funcionários decidiaram entrar em greve em 23 de maio, após decisão do Cruesp
que congela os salários. A entidade
defende que a discussão da data-base dos profissionais seja prorrogada para
setembro e outubro, por causa do comprometimento do orçamento das universidades
paulistas com as folhas de pagamentos: 104,2% na USP, 96,5% na Unicamp e 94,4%
na Unesp.
A Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade
Estadual Paulista (Unesp) também estão em greve. No caso da USP, a paralisação
dos docentes e funcionários começou em 27 de maio e já é a mais longa dos
últimos dez anos. Na Unesp,
professores e funcionários irão debater na sexta-feira uma proposta semelhante
à da Unicamp oferecida pela reitoria daquela universidade. Em 3 de setembro,
está prevista uma reunião para mais uma rodada de negociações entre as
representantes das universidades e os
sindicatos dos trabalhadores.
Insatisfação
A diretora do Sindicato dos Trabalhadores da
Unicamp, Margarida Barbosa, confirmou que a entidade recebeu a proposta, e
adiantou que há tendência de recusa. Segundo ela, a categoria aguardava por uma solução de reajuste e definições sobre o
projeto de isonomia, que deveria ser concluído em 2015.
"A
proposta será discutida pelo comando de greve e também em assembleia. O
problema é que ainda não sabemos se, em outubro, haverá reajuste. E depois,
voltamos a receber o mesmo salário de maio? A proposta está aquém e o projeto
de isonomia está atrasado", criticou.
De acordo
com Margarida, pelo menos 70% dos servidores aderiram à greve e, por conta
disso, haverá necessidade de adequações no calendário da universidade - como o
processo de matrículas. A assessoria da Unicamp não comentou o percentual até
esta publicação.
Fonte:
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2014/08/unicamp-propoe-abono-de-21-para-tentar-encerrar-greve-de-funcionarios.html
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