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domingo, 17 de agosto de 2014

Espiritualidade: Descoberta de mim mesmo (André Luiz)

“Experimentava o júbilo da descoberta de mim mesmo. Dantes, vivia à feição do caramujo, segregado na concha, impermeável aos grandiosos espetáculos da Natureza, rastejando no lodo. Agora, entretanto, convencia-me de que a dor agira em minha construção mental, à maneira do alvião peado, cujos golpes eu não entendia de pronto. O alvião quebrara a concha de antigas viciações do sentimento. Libertara-me. Expusera-me o organismo espiritual ao sol da Bondade Infinita. E comecei a ver mais alto, alcançando longa distância.
Pela primeira vez, cataloguei adversários na categoria de benfeitores.
[...] comecei a ouvir o apelo profundo e divino, da Consciência Universal.
[...]
A Natureza recebia-me com transportes de amor. Suas vozes, agora, eram muito mais altas que as dos meus interesses isolados. Conquistava, pouco a pouco, o júbilo de escutar-lhe os ensinamentos misteriosos no grande silêncio das coisas. Os elementos mais simples adquiriram, a meus olhos, extraordinária significação.
[...]
[...] Mas agora... perdera totalmente a paixão pelos assuntos de ordem menos digna. [...] Buscava irmãos necessitados. Desejava saber em que lhes poderia ser útil.”
(André Luiz ‘Os Mensageiros’. Psicografia: Francisco Cândido Xavier. 20 ed. 1986. p. 11-13)

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