Empregados
da construção civil de Fortaleza, categoria há oito dias em greve, foram
atacados com bombas de gás lacrimogênio durante manifestação que parou uma das
mãos da Avenida Abolição, paralela à Beira-Mar, na Praia de Iracema, centro
turístico da Capital Cearense, nesta segunda-feira.
Pedras
foram atiradas pelos ativistas em resposta, quebrando carros estacionados por
ali e chamando a atenção de quem está hospedado nos hotéis da região. O Brasil
enfrenta a Colômbia em Fortaleza, na próxima sexta-feira, pelas quartas de
final da Copa do Mundo.
Segundo
relato dos protestantes e de pessoas que trabalham na avenida, os policiais,
que estavam em maior número que os manifestantes, atiraram as bombas a esmo
contra o grupo que interrompeu o tráfego dos veículos,
"Eles
só estavam passando e começaram a jogar bomba", contou a funcionária de
uma padaria na qual funcionários e clientes usavam máscaras para se proteger
dos efeitos do gás.
"É
uma repressão brutal. Acabou a ditadura militar há muito tempo, mas há repressão
total. O governo já poderia ter intervido na greve. É um período de Copa, o
governo, que diz se preocupar com trabalhadores, não se preocupa. Está
preocupado com as seleções da Copa, com os turistas que estão aqui. A polícia
está aqui para proteger a Beira-Mar, a Fan Fest da Fifa", declarou ao
ESPN.com.br Nestor Bezerra, coordenador do sindicato da construção civil.
Cercado
por três barreiras de soldados, o ato estacionou na Avenida da Abolição. Em uma
pequena assembléia, líderes do sindicato pediram que os trabalhadores não
provocassem as forças de segurança, aprovaram a continuação da greve e
diminuiram para 10% o pedido de aumento salarial. Eles também reivindicam plano
de saúde para os operários.
Fonte:
http://espn.uol.com.br/noticia/422178_policia-atira-bombas-em-grevistas-no-coracao-turistico-de-fortaleza
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