Professores
querem 20% de aumento e melhores condições de trabalho.
Prefeitura
apresentou uma contraproposta de apenas 3% de aumento.
Os
professores da rede municipal de ensino de São Luís completaram ontem 40 dias
de greve. Os professores querem 20% de aumento e melhores condições de
trabalho. A Prefeitura de São Luís apresentou uma contraproposta de 3% de
aumento e obras de reparo em 50 escolas.
Nessa
terça-feira (1), os professores se reuniram na sede do Sindicato dos
Profissionais do Magistério do Ensino Público Municipal de São Luís
(SindEducação) para deliberarem sobre a continuação da greve e também fazer
avaliações a respeito do movimento. Para esta quinta-feira (3), está prevista
uma mobilização em frente à sede da Prefeitura de São Luís, a partir das 15h.
"A missão dos professores com a greve é unir forças para pedir o apoio de
toda a sociedade para que continue apoiando o movimento grevista, pois essa
luta é por uma causa justa que diz respeito aos professores, mas ao mesmo tempo
ao conjunto da sociedade", afirmou a professora Elizabeth Castelo Branco,
presidente do SindEducação.
Segundo o
Ministério Público, a prefeitura já encaminhou os dados solicitados que foram
enviados para avaliação pela equipe técnica da Promotoria da Educação. A
previsão é que uma nova reunião seja convocada na próxima terça-feira (8),
quando os dados serão apresentados e uma nova rodada de negociações será
iniciada entre os envolvidos. "Não podemos nos calar e dizer que vamos
aceitar 3%. Seria fechar os olhos não apenas à questão do reajuste, mas para os
problemas da educação do município", declarou a presidente do
SindEducação.
Ilegalidade
Desde 3 de
junho, a greve dos professores municipais foi considerada ilegal, em uma
decisão do desembargador Antonio Guerreiro Júnior. Na ocasião, ele determinou o
fim do movimento, o retorno imediato às salas de aula, sendo que, em caso de
descumprimento, a prefeitura poderia descontar os dias não trabalhados e
proceder as anotações funcionais daqueles que continuarem no movimento. O
município também foi autorizado a realizar a contratação temporária de
professores para suprir a demanda no período que perdurar o movimento grevista.
O descumprimento da decisão acarreta multa diária de R$ 10 mil.
O
desembargador acatou uma ação da prefeitura, alegando que o movimento seria
ilegal porque o serviço público essencial não pode ser interrompido, e também
afirmando que requisitos legais de validade da greve, como ausência de
publicação do edital de convocação da Assembleia em órgão da imprensa; ausência
de aviso da greve à sociedade; fixação de percentual mínimo para atendimento
dos serviços, entre outros, foram desrespeitados.
Fonte:
http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2014/07/greve-de-professores-municipais-completa-40-dias-em-sao-luis.html
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