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segunda-feira, 31 de março de 2014
50 filmes para conhecer a fundo a Ditadura
Repressão, censura, porões. Resistência, greves, guerrilhas,
movimentos culturais. A ascensão e declínio do regime, em obras importantes do
cinema brasileiro. 43 filmes e sete ”traillers”
Em História, Memória e Cinema
Veja no link: http://outras-palavras.net/outrasmidias/?p=17019
Parte do teto do HGF desaba durante chuva
Desabamento ocorreu na sala de estabilização, onde estavam
cinco pacientes. Ninguém ficou ferido, segundo assessoria do hospital
As chuvas em Fortaleza na madrugada desta segunda-feira, 31,
provocaram o desabamento de parte do teto da Sala de Estabilização do Hospital
Geral de Fortaleza (HGF), na rua Ávila Goulart, no bairro Papicu. Não houve
feridos, mas na ala da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), goteiras atingiram
os pacientes.
Segundo a assessoria de imprensa do HGF, no local do
desabamento, estavam cinco pacientes, mas nenhum foi atingido. Eles foram
encaminhados para outra área do HGF e o problema, ainda segundo a assessoria do
hospital, teria sido ocasionado por um cano que estava entupido e não suportou
a chuva.
domingo, 30 de março de 2014
Vamos à Luta com Ética e Transparência venceu as eleições para a Diretoria Colegiada e para o Conselho Fiscal do Sintufce
Membros da Chapa vencedora, Clovis Renato e representantes da CSP-Conlutas |
Nesta
sexta-feira, 28 de março, foi confirmado o fim do processo eleitoral para
definir a Diretoria Colegiada e o Conselho Fiscal do SINTUFCE. Com 771 votos, a
Chapa 10 - Vamos à Luta com Ética e Transparência foi a vencedora para a
Diretoria Colegiada e a Chapa 50, com o mesmo nome e com 719 votos, foi a
ganhadora para o Conselho Fiscal.
Nas
eleições para Diretoria Colegiada, a Chapa 20 - MUR - Movimento Unir para
Ressignificar obteve 373 votos; a Chapa 30 - Tribo e Correspondência Cutista
conseguiu 682 votos; a Chapa 40 - Liberdade Sindical conquistou 157 votos.
Para o
Conselho Fiscal, a Chapa 60 - MUR - Movimento Unir para Ressignificar recebeu
337 votos e a Chapa 70 - Tribo e Correspondência Cutista teve 565 votos.
Prezados
companheiros,
Encerrado
o processo eleitoral para Diretoria Colegiada e Conselho fiscal do SINTUFCE,
vimos informar o resultado das eleições:
Diretoria
Colegiada
Chapa 10 -
Vamos a Luta com Ética e Transparência,
771 votos
Chapa 20 -
MUR – Movimento Unir para Ressignificar,
373 votos;
Chapa 30 -
Tribo e Correspondência Cutista, 682 votos;
Chapa 40 -
Liberdade Sindical, 157 votos
Conselho
Fiscal
Chapa 50 -
Vamos a Luta com Ética e Transparência,
719 votos;
Chapa 60 -
MUR – Movimento Unir para Ressignificar, 337 votos,
Chapa 70 -
Tribo e Correspondência Cutista, 565 votos.
Alunos verificam meio ambiente do trabalho na usina de incineração do lixo urbano de Fortaleza
Alunos - Coordenadora da Especialização Mary Andrade, Prof. Clovis Renato e empregado da empresa |
Os discentes
da disciplina Meio Ambiente do Trabalho, Especialização em Direito Ambiental da
Universidade de Fortaleza (Unifor), ministrada pelo Professor Clovis Renato
Costa Farias (Doutorando em Direito pela Universidade Federal do Ceará), realizaram
visita às instalações do incinerador da Prefeitura Municipal de
Fortaleza/EMLURB – Empresa Municipal de Limpeza e Urbanização, na manhã da
sexta-feira, dia 28 de março.
A
atividade se insere nas trinta horas da disciplina teórica e prática que aplica
a Teoria dos Direitos Fundamentais, vistos em suas intrincadas dimensões de
direitos, à realidade laboral no tocante à promoção e manutenção da dignidade
da pessoa humana no ambiente de trabalho.
O Estado
do Ceará conta com dois incineradores, o que foi visitado (em Fortaleza) e outro
em Juazeiro do Norte, havendo insuficiência dos atuais equipamentos para
resolver a problemática dos resíduos infectantes nos lixões. Contexto que já
vem sendo notado há anos, como se pode notar na matéria que se segue:
O
Estado do Ceará dispõe de dois incineradores, mas ainda é fácil encontrar lixo
infectante nos lixões
Fortaleza
e Juazeiro do Norte. Nenhum hospital de Fortaleza possui incinerador próprio. É
necessário que os estabelecimentos contratem empresas especializadas para o
recolhimento do lixo, cujo destino final é o Centro de Tratamento de Resíduos
Perigosos (CTRP), que recebe 280 toneladas mensais de resíduos de serviços em
saúde (RSS), conforme a Resolução da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (RDC-Anvisa) Nº 306/04 e do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (Conama) Nº 358/2005. As duas resoluções, além de especificarem quem
são os geradores de RSS, norteiam como devem ser os procedimentos desde os
locais de produção até os centros de tratamento. Uma das principais
recomendações é de que os hospitais criem o Plano de Gerenciamento de Resíduos
de Serviços de Saúde (PGRSS).
"Depois
que o resíduo sai do hospital cessa a responsabilidade da Vigilância Sanitária
do Estado, passando para a Vigilância Sanitária Municipal", explica Manoel
Fonseca, coordenador de Promoção e Proteção à Saúde da Secretaria da Saúde do
Estado (Sesa). No Interior, o RSS é colocado em aterros ou lixões,
"teoricamente em valas específicas", afirma, acrescentando que a
maior parte dos grandes hospitais do Estado possui o PGRSS.
Os
hospitais são alvo de fiscalização periódica da Vigilância Sanitária do Estado
que emite relatório favorável ou não, sendo enviado à Promotora de Saúde
Pública, Isabel Porto. Dependendo da situação, a unidade pode ser fechada.
Manoel Fonseca adverte: "Sem alvará sanitário, o hospital não pode receber
recursos públicos". Lembra que a Vigilância Sanitária exerce não apenas o
papel de controle, mas também de polícia e pode fechar o estabelecimento.
Manoel
Fonseca esclarece que alguns serviços são de responsabilidade das secretarias
municipais de saúde, citando o casos das clínicas que não fazem cirurgia. Com
relação à situação dos hospitais do Interior, que ainda despejam os RSSs em
lixões, a situação está sendo tratada pela Secretaria das Cidades, que pretende
solucionar o problema por meio de consórcios. "Dificilmente um município
terá condições de construir um aterro sanitário sozinho", afirma.
O
problema do lixo hospitalar está tanto em quem manipula quanto naqueles que
cuidam da destinação final. Manoel Fonseca atenta para a importância da
Comissão de Controle de Infecção Hospitalar e da Gerência de Risco, no sentido
de observar como é feito o deslocamento dos resíduos sólidos dentro do
hospital. Uma das recomendações é não "haver cruzamento entre lixo
hospitalar e alimentos, nem com roupa esterilizada". Quanto aos riscos de
contaminação, disse não existir estatísticas de infecções hospitalares causadas
pelo lixo. Outra preocupação é com o transporte. Cada tipo de lixo requer
recipiente adequado (caixas e sacos) e são necessários equipamentos especiais
para o manuseio, como luvas e máscaras.
Custobenefício
O
PGRSS tem implicações tanto no aspecto de saúde humana e ambiental quanto de
diminuição de gastos por parte dos estabelecimentos. Os materiais
acondicionados nos locais certos, sempre observando o que pode ser reciclado ou
não, representa menos custo aos hospitais e incentiva a coleta seletiva.
Conforme
Maurício Gomez, gerente da Marquise, empresa contratada para fazer a operação e
a manutenção do CTRS, o hospital paga R$ 1,77 pelo quilo de resíduo. Localizado
no Jangurussu, o equipamento conta com incinerador que atende à demanda
"de todos os geradores da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), como
hospitais, postos de saúde, clínicas veterinárias e de tatuagem", afirma
Sérgio de Miranda Firmeza, engenheiro da Empresa Municipal de Limpeza e
Urbanização (Emlurb), responsável pela fiscalização do serviço.
Os
resíduos são transportados em carros exclusivos, cadastrados, com o manifesto
de transporte de carga, identificando o tipo, seguindo classificação da Anvisa
e Conama, dentre outras categorias, infectante, radioativo, reciclável e
perfuro-cortante. Após o recebimento da carga é feita a conferência. Inaugurado
em setembro de 2001, como parte do Sanear II, no CTRS, o RSS é reduzido a 10%,
numa cinza estéril. "Aqui não podemos fazer segregação, tudo o que entra é
queimado", avisa Gomez.
Cariri
Da
última vez que uma equipe do Diário do Nordeste se deslocou pelo Ceará, em
reportagem sobre resíduos sólidos, todos os RSSs dos municípios da Região do
Cariri iam para os lixões. Hoje, com a operação da Flamax, hospitais, clínicas
e Programas de Saúde da Família (PSFs) de Juazeiro do Norte, Barbalha, Crato,
Nova Olinda e Jardim já têm para onde encaminhar esses resíduos com segurança.
Lá, segundo o gerente do incinerador, Raniere Melo, lixo infectante, como
restos de cirurgias e seringas, é reduzido a 2% do volume. São incineradas
aproximadamente 30 toneladas mensais, a uma temperatura média de 1.200 graus
centígrados.
Em
Juazeiro do Norte já há até uma experiência para evitar que esse tipo de
resíduo gerado em domicílio vá parar no lixão. A ideia foi da professora de
Saúde da Família da Faculdade de Medicina de Juazeiro (FMJ), Maria do Ceo
Filgueira de Menezes. Pessoas em pós-operatório, diabéticos, HIV positivos e
outros são orientados a armazenar gazes, algodão, seringas e materiais perfuro-cortantes
em garrafas PET e, de 15 em 15 dias, equipe do Programa Saúde na Família (PSF)
recolhe o material, encaminhado-o à Flamax.
Mesmo
com todas essas iniciativas, porém, nossa equipe detectou problemas com o
acondicionamento deste tipo de resíduo no Hospital Tasso Ribeiro Jereissati, em
Juazeiro do Norte, onde havia lixo comum misturado a lixo infectante, tanto em
sacos pretos, quanto nos sacos brancos identificados para lixo infectante. Além
disso, pelo jardim, ao redor, havia restos de seringas, fitas e até algumas
luvas e algodão. A situação era tão caótica que, ao chegarem para coletar o
lixo comum, os garis ficaram confusos.
A
diretora do hospital, Izanete Monteiro, afirmou que tinha assumido o cargo há
dois meses e que desconhecia o problema. A enfermeira-chefe, encarregada da
elaboração e da execução do PGRSS da unidade, Nice Gonçalves, mostrou-se
surpresa e disse que ia apurar o que havia ocorrido. Ambas chegaram a dizer que
o uso dos sacos brancos tinha se dado por falta do saco comum, mas não souberam
explicar a presença de material infectante. Disseram que o material é
acondicionado em bombonas fornecidas pela Flamax e coletado às segundas-feiras.
EMBALAGENS
DE AGROTÓXICOS
Estado
recolhe só cinco toneladas
Dificuldades
logísticas e baixo nível de instrução de pequenos produtores impedem destinação
correta das embalagens
Ubajara.
Na Unidade Central de Recebimento de Embalagens, localizada em Ubajara, o odor
que sai dos recipientes vazios de agrotóxicos faz arder a vista e até embriaga
os sentidos. O local concentra o descarte de agroquímicos no Ceará. Em 2009,
foram recolhidas apenas cinco toneladas de recipientes. Mas a meta deste ano é
chegar a, pelo menos, 24 toneladas. A quantidade recolhida no Estado se torna
mais insignificante, se comparada ao montante nacional, de 22.455toneladas.
Os
dados são do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inPEv) -
entidade que representa os fabricantes em sua responsabilidade de destinar as
embalagens vazias de agroquímicos, de acordo com a Lei Nº 9.974/2000 e o
Decreto Nº 4.074/2002.
A
lei atribui a cada elo da cadeia produtiva (agricultores, fabricantes, canais
de distribuição e poder público) suas responsabilidades na destinação de
embalagens vazias. "Como convencer um produtor rural semianalfabeto, que
sequer sabe misturar o conteúdo do frasco na fração correta para pulverizar sua
lavoura, a entregar de volta a embalagem no local onde comprou o
produto?", questiona Inácio Parente, coordenador da Central de Ubajara.
É
comum, no Interior, as pessoas reaproveitarem as embalagens plásticas vazias de
agroquímicos para guardar feijão, milho, farinha e até água. "Um perigo
que já causou intoxicação em famílias inteiras". Problema que começa na
venda. "O defensivo, na teoria, só pode ser adquirido com receituário
agronômico", ensina.
Fonte:
Diário do Nordeste (26/09/2010)
A Central
de Tratamento de Resíduos Perigosos (CTRP) de Fortaleza encontra-se sobe a
responsabilidade da empresa Marquise, vencedora da licitação respectiva, a qual
disponibilizou um de seus empregados, integrante da Comissão Interna de Prevenção
de Acidentes (CIPA), dentre os membros indicados pelo empregador, para
apresentar as instalações e o funcionamento aos estudantes.
O grupo de
alunos se deslocou ao local do incinerador, onde passaram a utilizar os EPIs (Equipamento
de Proteção Individual), respectivamente capacete e máscara facial, concedidos
pela empresa. Em seguida, foram esclarecidos acerca do mapa de risco da
estrutura física do incinerador, nos termos afixados para os obreiros. Tal mapa
retratava uma planta identificando riscos com suas respectivas cores.
Assim, os
equipamentos e estruturas identificados com a cor verde traziam predominância
de riscos físicos; os de cor vermelha ligam-se a riscos químicos; a cor marrom alerta
para os riscos biológicos; a cor amarela atenta para os riscos ergonômicos; a
cor azul impõe atenção para os riscos de acidente.
Ademais, observou-se
algumas sinalizações em cores diferenciadas para demonstrar os riscos
iminentes, tais como, a tubulação (cor vermelha), postada no local de transporte
do gás natural e combustível utilizado pela usina; faixas amarelas no piso da
usina, para (locais com atenção por parte dos pedestres).
No local,
há dois processos de tratamento dos resíduos de serviço de saúde (incinerador e
autoclave). Os resíduos advindos dos serviços de saúde de Fortaleza (ampolas,
seringas, bolsas de sangue, escalpe e outros), recebem tratamento e estavam
sendo preparados no momento da visita.
Conforme
observado no relatório do aluno Maia, nos termos das informações apresentadas
pelo empregado da Marquise, o incinerador funciona 24 horas/dia
ininterruptamente, enquanto que o autoclave que tem função de executar a
esterilização através de calor úmido, sob pressão, funciona apenas por 8
horas/dia. Os dois sistemas que utilizam incinerador e autoclave necessitam de
manutenção periódica.
Nos termos
do relatório do aluno, que profissionalmente atua como fiscal do IBAMA, o
empreendimento encontra-se licenciado pela antiga SEMAM, hoje SEUMA, com
Licença de Operação Nº 195/2012 e validade até 20/03/2014, portanto seu prazo
de validade encontra-se expirado. Embora o empreendimento esteja licenciado
pela SEUMA, contudo constatamos algumas vulnerabilidades da Usina, considerando
que o local de sua instalação, encontra-se em área densamente povoada, conforme
demonstrado em sala de aula, através das imagens do Google Earth.
Maia
ressalta não ter convicção de que a empresa durante o processo de licenciamento
elaborou e apresentou “Plano de Contingência”, com cenários acidentais e, no
caso de sua atividade deveria apresentar o pior cenário que é o da explosão das
caldeiras. Nesse caso, o pior cenário envolveria a mobilização e deslocamento
da população do entorno sendo realizado em “simulados”, em níveis ‘1’, ‘2’ ou
‘3’.
A aluna
Márcia Costa, advogada, destacou que “o
estabelecimento estava impregnado de um forte odor desagradável, quase
insuportável, que continuamos a sentir mesmo com a utilização da máscara.
Tratava-se de um meio ambiente do trabalho altamente insalubre”.
Plínio
Valente, servidor público e aluno da disciplina, ressaltou que compreende haver
falhas no sistema, em especial, no tocante a existência de um lixão anexo à
empresa; proximidade de muitas residências (25 metros) com permanente risco à
saúde e segurança da comunidade; verificação de resíduos hospitalares crus ou
puros depositados em área com cobertura superior, mas totalmente aberta,
gerando incidência de insetos e animais, com alto risco de contaminação.
A discente
Magda Braga, servidora pública estadual, dispôs que as condições de trabalho no
local necessitam de grande aprimoramento.
A visita
foi encerrada por volta do meio dia, com agradecimento aos funcionários que
recepcionaram a equipe, esclarecimentos e debates entre a turma, os quais se
seguiram no correr da tarde da sexta, em aula teórica na Unifor.
Espiritualidade: Pintura mediúnica e Florêncio Anton em Fortaleza
Centro Espírita BEM - Parquelândia - Fortaleza/CE - Florêncio Anton pintou vários quadros - em média 13 minutos por quadro |
Florêncio
Reverendo Anton Neto (18 de novembro de 1973) é um pedagogo, psicólogo,
enfermeiro e terapeuta em regressão de memória brasileiro. Destacou-se pela sua
capacidade de psicopictografia.
Desde a
infância identificou a sua capacidade de comunicação com os espíritos.
Principiou a pintar mediunicamente em casa de Manoel Messias Canuto Oliveira,
espírita, engenheiro e pesquisador dos fenômenos paranormais a 21 de dezembro
de 1990.
Desde
então produziu quase duas dezenas de milhares de obras, assinadas por um grupo
de cerca de 70 pintores desencarnados. Participou de demonstrações públicas em
vários estados do país e no exterior, onde se apresentou na Itália, Suíça,
Espanha e Portugal.
Com recursos
oriundos da venda de obras, fundou em 1999, em Salvador, na Bahia, o Grupo
Espírita Scheilla, que além da divulgação da doutrina espírita, mantém
atividades de assistência social aos menos favorecidos da comunidade de
Mussurunga, bairro popular de Salvador onde se situa.
Fonte:
Wikipédia
Mensagem deixada pelo espírito no último quadro pintado na apresentação |
Perguntas
e Respostas
Perguntas
mais frequentes.
1 - O que
é pintura mediúnica?
Como o
próprio nome sugere, é a realização de uma pintura ou desenho através da
mediunidade.
2 - E o
que é mediunidade?
É uma
faculdade natural, comum a todos os seres humanos, indistintamente de credo,
raça ou cor, latente em alguns e patentes em outros. Portanto, todos nós
encarnados somos médiuns, cada um no seu grau de desenvolvimento educacional,
que utiliza esta faculdade como intermediário entre o mundo visível e o
invisível, devendo sempre ser empregada para assegurar o triunfo do bem, da
caridade e da vontade.
Espírito de Di Cavalcanti |
3 - A
mediunidade é do espiritismo?
Não. A
mediunidade é da humanidade, portanto, todos nós seres humanos a possuímos.
4 - Como
posso saber se tenho mediunidade de pintura? Como desenvolvê-la?
Em
primeiro lugar a sua aptidão dominante. Não se deve oscilar entre as muitas
faculdades que se apresentam. Consulte o seu intimo e sinta o que realmente
deseja, e se é isso que você quer. E deixe a faculdade eclodir no seu tempo
devido, não se esquecendo que em termos de mediunidade não se começa pelo fim.
O estudo é a base. O exercício metódico e constante. Disciplina e anonimato.
Preparação psicológica e espiritual, tudo para suportar o preço da fama, e as
criticas. O bom senso nos mostra o lado dourado, dos elogios, dos aplausos, dos
sorrisos e tapinhas nas costas, mas, do outro lado temos que perceber a
existência palpável da inveja, do ciúme, do despeito e do solitário caminho a
trilhar. Portanto, a reposta está dentro de você, não queira forçar um espírito
ou médium a dizer o que deve fazer. Você é quem sabe a arvore que é, se for
boa, bons frutos com certeza dará.
5 - Você
já foi procurado para ajudar alguém a desenvolver a faculdade da pintura
mediúnica?
Centenas
de vezes. E que hoje eu não faço mais por orientação dos espíritos pintores
conforme explicação já dada em pergunta anterior. Sempre após as apresentações
aparecem os candidatos á pintura mediúnica, afoitos e entusiasmados pelo clima
da energia alegre, e que os classifico como médiuns de pintura mediúnica de
três obras: ou seja, uma para presentear a sua mãe, outra para o centro
espírita e a outra para cobrir o buraco da parede da sala de sua casa.
Portanto, pode te existir a possibilidade de se tornar pintor ou pintora
mediúnica, mas, os espíritos já sabendo que não haverá continuidade, nada
fazem, por serem considerados médiuns improdutivos.
6 - Quando
um médium inicia o seu desenvolvimento já aparece um espírito pintor famoso?
Geralmente
não! O que sabemos é a presença de um professor de pintura que antecede os
mestres da pintura ensinando estilos de cada autor, e desenvolvendo a parte
mecânica dos braços. Em particular e na maioria dos casos desenvolvidos este
professor é sempre um chinês, no meu caso o Sun Kin Gi (Kingi).
7 - Tendo
conhecimento de pintura na vida atual o médium ajuda o espírito?
Sim. Todo
conhecimento é importante.
8 - Como
aumentar a afinidade com os espíritos pintores?
Não só com
os pintores, mas como todos os espíritos bondosos, uma maneira exigida pelo meu
professor era de que eu deveria procurar e estudar a biografia de cada um.
Quanto mais conhecemos a sua dor, a sua fragilidade, a sua cultura, o seu amor,
a sua moral, a sua bondade, cria-se um laço maior de afinidade. Cada descoberta
é um degrau que avançamos e nos unimos cada vez mais.
9 - Todos
os espíritos pintores estão na mesma faixa vibracional?
Não! Cada
um está numa faixa, portanto, em colônias espirituais na maioria das vezes,
diferentes. Se unem no propósito do trabalho, divulgando a filosofia espírita,
e demonstrando que a morte não existe, e que continuam vivos na pátria
espiritual.
10 - Todos
se transformaram em espíritos bondosos e inteligentes?
Vamos
esclarecer. A morte da matéria não dá ao espírito o privilegio ou milagre de se
tornar bondoso e inteligente. Ele carrega consigo todas as suas virtudes, mas
também todos os seus vícios. É através da reencarnação que o espírito evolui
moral e intelectualmente. Portanto, cada um está numa evolução de bondade e de
inteligência.
11 - Os
espíritos pintores continuam na espiritualidade?
Alguns
sim, outros não! A pintura não é o essencial, ela faz parte do principio
evolutivo.
12 -
Quando um espírito pintor está pintando através de um médium, como se dá esse
intercâmbio?
Algumas
pessoas pensam que o espírito pintor pega na mão do médium para pintar.
Na verdade
não é assim. Ele se utiliza do mecanismo mediúnico e se liga através do chacra
frontal ao sistema nervoso e intelectual do médium. Os impulsos mecânicos são
feitos através do sistema nervoso, e quando necessário utiliza-se o intelectual
para observar cores, formas, tamanhos e orientação ao médium ou para o público.
13 - Pode
existir pintura mediúnica inconsciente?
Pode.
Entretanto, hoje predomina a semi-consciente, ou seja o médium tem
responsabilidade igual a do espírito pintor.
14 - Pode
escolher com antecipação os espíritos pintores que irão fazer parte da equipe
de um médium em desenvolvimento?
Jamais! O
que posso dizer é sempre a mesma máxima: orai e vigiai. E que sejam sempre
despretensiosos.
15 -
Quando da realização da pintura mediúnica, pode pedir para que venha este e não
aquele espírito pintor?
Nada
impede de pedir! Daí a ser atendido é outra coisa. Na verdade, o telefone toca
de lá pra cá. Portanto, esse pedido dificilmente será atendido.
16 - Pode
vários espíritos pintores participarem de uma única obra?
Pode.
Entretanto não é comum. Muitas vezes um começa a pintura e outro termina.
17 - E a
assinatura? Quem irá assinar?
Normalmente
o espírito pintor que finalizou a obra é quem assina. Há também casos
registrados em que os dois assinaram a mesma obra.
18 - Há
diferença entre a cor clara e o preto, ou seja, o preto identifica o mal?
Não. Nada
existe a respeito. A cor obtemos através da luz, portanto, todas as cores
merecem a nossa consideração. A superstição do preto é herança do passado nos
induzindo a erro entre a treva e a luz. Como também o violeta está ligado aos
funerais, e, no entanto, na espiritualidade é a cor que mais possui força
energética.
19 - Os
pintores irão reencarnar um dia. Em caso positivo como fica a pintura
mediúnica?
Claro que
vão reencarnar um dia, e para alguns não está longe este dia. Quanto à pintura
mediúnica, ela continua sem intersecção, uma vez que muitos pintores fazem
parte de muitas equipes, e que, estão aguardando sua vez para colaborar na
divulgação de nossa filosofia espírita, provando que a vida continua, e que, a
comunicabilidade entre os dois mundos é perfeitamente viável.
Mensagem deixada pelo espírito no último quadro |
20 - Pode
um espírito zombeteiro se apresentar como um mestre da pintura?
É o que
mais temos. Razão pela qual eu já disse: - estudem. Conhecendo a classificação
dos espíritos, pela sua obra podemos saber se é bondoso ou brincalhão. Há um
ditado em família que sempre citamos para os casos em que nos surpreendemos
pelo seu resultado, seja ele qual for: - " Boi preto procura sempre boi preto".
É a lei da afinidade.
Posse da nova diretoria do Sindvigilantes no Ceará
Chapa
apoiada pela CSP-Conlutas venceu as eleições em janeiro de 2014
Contando
com a presença efetiva da categoria e de diversas entidades do movimento
sindical cearense, a renovada diretoria do Sindicato dos Vigilantes do Ceará
(Sindvigilantes) tomou posse na manhã desta quinta-feira, 27, em ato realizado
na sede da entidade localizada na Rua Alfredo Salgado, 48, Bairro do Centro.
Durante
seu pronunciamento, o presidente Daniel Borges da Silva ressaltou o histórico
negativo da gestão passada e reafirmou o compromisso de recuperar não só na
capital, mas em outras regiões do Estado a força do Sindvigilantes.
“Desrespeitar essa entidade, desrespeitar essa categoria ninguém aceita mais
não”, defendeu o presidente.
Somente em
2014, nove vigilantes foram assassinados, um dado que reflete como estes
trabalhadores vêm enfrentando problemas em suas condições de trabalho. “Vamos
mudar essa situação e vamos fortalecer os enfrentamentos que já vínhamos
fazendo antes como oposição”, afirma Daniel.
Clovis Renato (GRUPE), Dep. Fed. Eudes Xavier, Daniel Borges (Presidente eleito Sindvigilantes), Vereador Deodato Ramalho, Valdir Pereira(CONLUTAS/PSTU) |
Filiação e
novos horizontes
Durante o
ato, a categoria votou pela filiação do Sindvigilantes na Central Sindical e
Popular (CSP-Conlutas). A escolha foi realizada de forma unânime e contempla a
parceria da atual gestão com esta central, agora fortalecida após as últimas
eleições.
A Comissão Eleitoral foi composta pelos advogados Clovis Renato Costa Farias, Ítalo Bezerra e Eduardo Veríssimo, todos integrantes do GRUPE (Grupo de Estudos e Defesa do Direito do Trabalho e do Processo Trabalhista).
A Comissão Eleitoral foi composta pelos advogados Clovis Renato Costa Farias, Ítalo Bezerra e Eduardo Veríssimo, todos integrantes do GRUPE (Grupo de Estudos e Defesa do Direito do Trabalho e do Processo Trabalhista).
Apoio
A posse da
nova diretoria contou a presença dos dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores
em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará (SINTRO-CE.), Sindicato dos
Gráficos do Ceará (SINTIGRACE), Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da
Construção Civil da Região Metropolitana de Fortaleza (STICCRMF) além de representantes
do Sindicato dos Vigilantes do Estado do Piauí.
Categoria
unida comemora
A partir
das 20h, no clube Cresse da Av. Borges de Melo, 1881, acontece a celebração de
posse do Sindvigilantes. Segundo informações dos diretores, mais de dois mil
convidados estão sendo esperados. A festa terá como atração musical o som da
banda “Paradise”.
terça-feira, 25 de março de 2014
A Hipocrisia Jurídica ou de Como a Argumentação Jurídica é o Antro da Dissimulação (George Marmelstein Lima)
Ninguém costuma assumir seus
preconceitos. No mundo do politicamente correto, todos querem transmitir a
impressão de que fazem parte do grupo dos mocinhos. O resultado prático disso
certamente não é um mundo melhor, mas um mundo com mais desonestidade e
hipocrisia. Pois
bem… E o que isso tem a ver com o direito?
O direito é um espaço institucional onde o
mundo das aparências vale mais do que o mundo das reais convicções. E não me refiro apenas às roupas caras, as
vestes talares e à linguagem fria e pomposa dos juristas. Refiro-me
especificamente à argumentação, onde as mentiras exteriorizadas são mais
relevantes do que as crenças sentidas, mas não-ditas. A argumentação jurídica, nesse ponto, é o antro da dissimulação. É o
lugar em que os juristas jogam pra debaixo do tapete os “fatores reais do
decidir” toda vez que eles possam colidir com a aparência do “bom direito”.
Por
“bom direito” entenda-se aquilo que pode
ser, de algum modo, inferido da normatividade oficial. O que importa, de fato,
não é que a decisão seja válida, mas que tenha uma aparência de validade.
Para dar uma aparência de validade aos seus pontos de vista, os juristas apenas
mostram os argumentos que estão em consonância com as normas legais,
constitucionais ou com qualquer outra “fonte oficial” reconhecida como dotada
de positividade (tratados, precedentes, costumes etc.). Todos os fatores que possam se “chocar” com o tal do “bom direito” são
evitados e ocultados. Assim, mesmo
quando a solução jurídica é inspirada em algum critério exterior ao sistema
normativo, o jurista se esforça para desenvolver uma justificativa que, na
aparência, seja condizente com aquilo que se espera de uma decisão jurídica.
Em outras palavras, não se pede para o
jurista fornecer todas as reais razões que o levaram a tomar aquela decisão,
mas apenas que ele apresente alguma justificativa compatível com o sistema
legal, ainda que o sistema legal não tenha tido nenhuma influência na formação
do juízo decisório.
O
jurista inglês Patrick Devlin, no seu livro “The Judge”, chega a sugerir descaradamente que o juiz deve mesmo
mentir para manter as aparências da aplicação positivista do direito. Para ele, mesmo quando seja necessário se
afastar da lei para fazer justiça substantiva, os juízes não deveriam assumir
essa atitude abertamente. Os reais motivos da decisão precisariam ser ocultados
em nome das aparências que dão sustentação às instituições responsáveis pela
realização do direito.
Curiosamente, no meio jurídico, essa
lógica de fingimento deliberado costuma ser aceita sem maiores questionamentos.
De um modo geral, ninguém se preocupa com o que está por detrás da argumentação
jurídica. O que vale é o que foi escrito e apresentado “objetivamente” como
“razão de decidir”, mesmo que isso seja fruto de um mal-disfarçado embuste.
Critérios para indenização em processos de desapropriação de imóveis rurais
A
terceira pesquisa traz uma análise das profundas diferenças nos procedimentos
de fixação indenizatória em situações de desapropriação feitos pelo INCRA, pelo
DNIT/SETRANS e pelo ICMBio/IBAMA, comparando, jurídica, administrativa e
sociologicamente, como os direitos de cidadãos envolvidos nos processos são
garantidos – ou violados.
Foram
tomadas como pressupostos da pesquisa as
seguintes afirmações: o poder
político interfere negativamente na efetivação das garantias constitucionais
sob alegação de segurança jurídica; a vedação
ao acesso ao Judiciário elimina o contraditório da parte de populações
quilombolas e tradicionais nos deslocamentos compulsórios; os deslocamentos compulsórios agravam
problemas sociais de grupos vulnerabilizados pelas relações de gênero, geração
e etnia; há ausência de uma
racionalidade comunicativa que interprete a constituição em favor de tratamento
igual a todos. Todos os pressupostos
fáticos se apresentam normativamente de duas formas: as normas são
insuficientes, havendo necessidades de ampliá-las, de criar outras; e/ou há
normas que não são aplicadas enfocadas no objetivo que as justificam.
Dupla Maternidade Biológica: é possível? (George Marmelstein Lima)
Um
amigo enviou-me uma sentença sobre um caso bastante interessante, que envolve
questões de direito de família, registro público, bioética e direito
constitucional. É uma situação peculiar, por várias razões. Em primeiro lugar,
é um caso de dupla maternidade, o que,
por si só, já seria intrigante. Porém, para tornar o caso ainda mais curioso,
as duas mães participaram diretamente do processo de gestação da criança.
No
caso, duas mulheres que viviam em união
homoafetiva, posteriormente convertida em casamento, resolveram ter um filho.
Para isso, recorreram à técnica de fertilização “in vitro” em que uma das mães
forneceu os óvulos (fecundados com o sêmem de um doador anônimo) que,
posteriormente, foi implantado no útero da outra mãe.
O debate jurídico girou em torno da
possibilidade de registrar as duas mães como genitoras da criança, o que foi
deferido pela juíza da 2ª Vara de Registros Públicos de Fortaleza.
O Valor Moral da Propriedade (George Marmelstein Lima)
Na
semana passada, tive a oportunidade de retornar, pela segunda vez, ao Serviluz,
que é uma das comunidades mais pobres de Fortaleza. A visita foi parte do Curso de Formação dos Novos Juízes Federais
e contou também com a participação de vários movimentos sociais. Foi uma
experiência bastante rica, pois pudemos conferir de perto uma situação de
carência inimaginável para os dias atuais.
Curiosamente, o Serviluz está
localizado numa região estratégica, já que une as duas principais praias de
Fortaleza: a Beira-mar e a Praia do Futuro. Isso faz com que diversos setores
cobicem aquela área.
Há muitos projetos urbanísticos, turísticos e imobiliários envolvendo o
Serviluz, quase todos prevendo a remoção em massa de vários moradores. A propósito, recentemente, houve uma
desocupação forçada na Comunidade Alto da Paz, com muita violência.
Confira: https://www.youtube.com/watch?v=oEfP-uL0Jfg
Conversando com os moradores, nota-se
que, apesar da miséria, eles gostam do Serviluz e pretendem continuar lá.
Vários possuem vínculos históricos e afetivos com aquela região, já que a
propriedade vem sendo transmitida de geração para geração. Em outras palavras, há raízes que ligam os moradores às suas
casas.
Para o poder público, a remoção
forçada, em massa, acaba sendo uma medida conveniente. O instituto da
desapropriação por interesse social tem sido, com alguma frequência, o
instrumento utilizado para expropriar os moradores em nome do desenvolvimento
turístico. Do ponto de vista econômico, o custo da
desapropriação não é alto, pois muitas propriedades não são regularizadas, e as
benfeitorias costumam ser precárias. Assim, considerando a valorização
imobiliária que ocorrerá após a desocupação, sai barato expulsar os atuais
moradores, pagando-lhes um valor simbólico apenas para cumprir a exigência
constitucional de prévia indenização.
Foi
diante desse quadro que comecei a pensar
em uma proposta de solução que fizesse justiça aos moradores carentes. É uma tese ainda em amadurecimento, mas
totalmente compatível com o sistema constitucional brasileiro. Em síntese, é
uma proposta visando embutir na justa indenização o valor moral da propriedade.
Logo abaixo, desenvolvo mais detalhadamente a referida tese.
O objetivo dessa tese não é meramente
garantir uma indenização maior para os moradores, mas fazer com que, no cálculo
do custo-benefício, a desapropriação não seja a primeira opção do poder público.
Assim, a remoção forçada seria apenas a
última alternativa e ainda assim bastante custosa. Soluções negociadas, como a realocação dos moradores em moradias
próximas e melhor estruturadas, seriam preferenciais em relação à cômoda
remoção/desapropriação.
Outro
objetivo dessa proposta é fazer com que
as pessoas que mais sofrem os impactos negativos dos projetos urbanísticos,
isto é, os moradores atingidos pela remoção forçada, sejam compensados
condignamente pelos danos sofridos. Não é justo que haja uma enorme valorização
imobiliária decorrente da desocupação forçada, e os moradores expulsos não
recebam qualquer benefício por essa valorização.
Enfim,
como já afirmei, é uma tese em desenvolvimento. Não entrei em detalhes de cálculo do valor moral da propriedade, nem
levei em conta o oportunismo de alguns moradores que poderão forjar um suposto
vínculo afetivo com a comunidade apenas para lucrar. Tais preocupações são
relevantes, mas já compõem um segundo passo no debate. Do mesmo modo, não tratei do dano moral decorrente da
violações de direitos no curso da remoção em si mesma. É óbvio que os desrespeitos aos direitos dos moradores,
no cumprimento da ordem de remoção, também são passíveis de indenização, sem
prejuízo da responsabilização civil, penal e administrativa daqueles que
participaram, direta ou indiretamente, da violação de direitos.
Eis
o artigo onde defendo a inclusão do valor moral da propriedade no cálculo da
justa indenização:
Dano Moral por Desocupação Forçada: uma
análise à luz do direito fundamental de moradia, de propriedade e de
personalidade
Diálogos Sul Sul sobre os Novos Caminhos da Democracia
A Faculdade de
Direito da UFC tem a honra de sediar os Diálogos Sul Sul sobre os Novos
Caminhos da Democracia: Plurinacionalismo e Equidade, evento internacional
organizado pelo Programa de Pós-Graduação em Direito da UFC, em parceria com a
Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab),
nos dias 21 a 23 de maio de 2014. O evento, que tem como foco as nações do
hemisfério sul, contará com a participação de pesquisadores da América Latina,
África e Ásia para discussão sobre os eixos temáticos do evento. No dia 21, o
evento será realizado no campus da Unilab de Redenção-CE, e nos dias 22 e 23,
na Faculdade de Direito, em Fortaleza.
Também estão abertas
as inscrições para submissão de teses para apresentação no evento, com
publicação dos trabalhos completos nos anais. Confira o Edital:
Suécia move cidade inteira ameaçada por mina de ferro
A Suécia deve dar
início, nesta primavera, aos trabalhos de relocação de uma cidade que está
sendo "engolida" por uma mina.
Kiruna, a cidade
situada mais ao norte do país, será deslocada para um novo local, a pouco mais
de três quilômetros de distância.
A remoção gradual se
dará ao longo dos próximos 20 anos e um total de 20 mil moradores serão
transferidos para novas residências, construídas em volta de um novo centro
municipal.
A mudança é um
trabalho enorme e complexo.
''Quando as pessoas
ouvem dizer que estamos projetando, criando e construindo uma cidade inteira do
zero, eles pensam que se trata de um experimento utópico'', afirma o arquiteto
Mikael Stenqvist.
Mas ele acrescenta
que há demasiadas coisas em jogo para encarar o projeto como um mero experimento.
''Se esse projeto der errado, a sobrevivência de Kiruna, de seus habitantes e
de sua economia estarão ameaçados. Isso nos preocupa muito. É diferente de
qualquer projeto que já tenhamos realizado.''
Mais de 3 mil casas e
edifícios, diversos hotéis e 2,2 mil metros quadrados de escritórios, escolas e
hospitais serão esvaziados ao longo das próximas duas décadas - enquanto
construções alternativas são erguidas no novo local.
''Nós queremos manter
o máximo possível da velha cidade, mas os custos e as dinâmicas do mercado nos
impedem de transferir tudo'', afirma Stenqvist.
Projeto
A decisão foi
determinada por uma mina de ferro local - um dos mais valiosos depósitos de
minério de ferro de toda a Suécia e o principal empregador de Kiruna.
O projeto teve início
em 2004, quando a companhia estatal de mineração Luossavaara-Kiirunavaara AB
(LKAB) enviou uma carta ao governo local explicando a necessidade de promover
uma escavação mais profunda em um morro situado perto da cidade, o que poderia
fazer com que o solo abaixo de milhares de apartamentos e edifícios públicos
sofresse rachaduras ou mesmo cedesse.
Mas como, uma década
depois, gigantescas rachaduras vêm aparecendo nas construções da cidade, não
resta mais dúvidas de que não se trata de uma mera precaução.
"Todo mundo que
vive em Kiruna sabe que a cidade vai eventualmente ser relocada, todo mundo
consegue ver que a mina está devorando a cidade. A questão sempre foi dizer
quando isso aconteceria", afirma Viktoria Walldin, uma das antropólogas
contratadas para trabalhar na relocação."