No
Dia Internacional da Mulher do ano de 91 surgia uma nova proposta na vida
sindical brasileira. Naquele 8 de março, líderes dos mais diversos setores do
movimento de luta dos trabalhadores reuniram-se em um grande Congresso no
Memorial da América Latina, em São Paulo.
As
2.500 pessoas que lá estiveram presentes tinham preocupações e ideais em comum.
As preocupações eram quanto ao rumo que o sindicalismo estava tomando, ficando
para trás no processo de redemocratização do país, seja por causa de
radicalismo estéril ou, por outro lado, por conformismo paralisante.
O
ideal que emanou desse I Congresso da Força Sindical – a nova bandeira que
surgia – era o de lançar o movimento dos trabalhadores brasileiros à
modernidade, para construir uma central
forte, capaz de endurecer quando preciso mas também de saber negociar,
autônoma, livre, pluralista, aberta ao debate interno e com a sociedade. E,
principalmente, com um projeto bem definido por um Brasil melhor, mais justo,
solidário e que saiba promover o bem estar social entre seus filhos.
O
projeto logo ganhou a forma de livro. "Um projeto para o Brasil – A
Proposta da Força Sindical" expõe detalhadamente o que a central pretende
para o país e o modo como esse ideal pode ser atingido. Aplaudido por
cientistas, sociólogos, artistas e intelectuais, o Projeto da Força é até hoje
um ponto de referência positivo.
De lá
partiram as grandes lutas por conquistas reais para os trabalhadores. Essas
lutas materializaram-se em grandes projetos, como o Centro de Solidariedade ao
Trabalhador, a Qualificação Profissional ampla e intensiva, o 1º de Maio de 98
e 99, que marcaram para sempre a história do sindicalismo no Brasil, a luta
pela aposentadoria, pelas grandes reformas – previdenciária, agrária, do
judiciário, política, fiscal e sindical -, pela flexibilização das leis
trabalhistas – dando-se status à negociação livre entre empregadores e
empregados com o apoio dos sindicatos e das centrais -, pela consagração nas
urnas do primeiro presidente da Força Sindical, Luiz Antonio de Medeiros,
eleito deputado federal e com condições de ter voz ativa no coração das
decisões políticas do país, o Congresso Nacional.
Essas
ações e inúmeras outras demonstraram sempre a capacidade de atuação da Força
Sindical. Capacidade que logo predispôs à aglutinação de setores preocupados em
defender e conquistar direitos efetivos para os trabalhadores. As filiações não
pararam de acontecer, e não param até hoje.
Em
95, apenas quatro anos após a fundação, a central contava com 445 entidades
associadas e 4.215.927 trabalhadores na base. Os mais diversos setores já
compunham a entidade, como prestação de serviços, vestuário, indústria,
comércio, rurais e tantos outros. Em agosto de 99, éramos 968 entidades
associadas e 8.258.329 trabalhadores na base. Percentual de crescimento nos
últimos 4 anos: 117,5% a mais de entidades associadas e 95,9% a mais de
trabalhadores na base. Números esses que mudam a cada dia, pois, a cada nova
contagem, algum outro sindicato, federação ou confederação de alguma parte do Brasil
preenche sua ficha de filiação e engrandece a Força Sindical. Em todos os
sentidos.
Fonte:
http://www.fsindical.org.br/portal/institucional.php?id_con=150
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