Instituição paulista perde mais de sessenta postos no mais
respeitado estudo do setor.
Americanas dominam, europeias caem e asiáticas sobem
Do 158º lugar que ocupou entre as 200 melhores universidades
do mundo, a USP agora aparece listada entre a 226ª e a 250ª posições
A Universidade de São Paulo (USP) perdeu mais de sessenta
posições no ranking 2013-2014 da revista britânica Times Higher Education (THE), mais importante avaliação de
universidades do mundo, tirando o Brasil do grupo de elite da lista
internacional.
Depois de ocupar o 158º lugar no ranking do ano passado, a
USP aparece agora listada entre a 226ª e
a 250ª posições — após a 200ª colocação, as instituições são reunidas em
grupos de 25. As duzentas primeiras colocadas formam o pelotão de elite do
ensino superior global (entenda como as instituições são avaliadas).
Queda da USP é "revés para imagem do Brasil", diz
especialista
USP e Unicamp são estrelas brasileiras solitárias no ranking
2012-13
A Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) também deu
alguns passos atrás, recuando do bloco que reúne as colocações de 251 a 275
para o grupo nivelado entre a 301ª e a 350ª posições. Nenhuma outra instituição
brasileira aparece na tabulação da THE.
A queda brasileira foi destaque do texto de apresentação do
ranking. "O Brasil apresentou um
desempenho pobre. Sua melhor universidade, a USP, depois de fazer progressos em
rankings anteriores, cai do topo da lista das duzentas melhores. Isso aconteceu
principalmente devido a um declínio em sua pontuação na pesquisa de reputação",
diz o texto.
"Um país deste
tamanho e com este poder econômico precisa de universidades de nível mundial
para encorajar o crescimento baseado na inovação, então é um grave revés não
apenas o Brasil perder sua representante entre as duzentas melhores, a
Universidade de São Paulo, mas também a Unicamp ter se distanciado ainda mais do grupo de elite", diz
Phil Baty, diretor da THE.
Top 5 — As universidades
de elite continuam concentradas nos Estados Unidos. O Instituto de
Tecnologia da Califórnia (CalTech) conquistou pelo terceiro ano consecutivo o
primeiro lugar no ranking, seguido das universidades Harvard e da britânica
Oxford — empatadas na segunda posição. Stanford, que em 2012 estava listada em
segundo lugar, caiu para o quarto posto. O Instituto de Tecnologia de
Massachusetts (MIT) finaliza o pódio ocupando o quinto degrau. Continue a ler a
reportagem
As quinze melhores universidades do mundo
Fonte: Times Higher
Education (THE), 2013-2014
1 de 15
1º - Instituto de Tecnologia da Califórnia, CalTech (EUA)
Posição no ranking 2012-2013: 1º lugar
O Brasil não foi o único a apresentar desempenho
insatisfatório. Com exceção de Oxford, as melhores universidades da Europa
perderam destaque. O Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, número um fora
de Estados Unidos e Grã-Bretanha, perdeu duas posições e terminou em 14º. A
Universidade de Munique recuou e saiu da lista das cinquenta melhores. O
movimento foi repetido pelas melhores universidades de Bélgica, França,
Holanda, Irlanda e Áustria.
As dificuldades da Europa contrastam com o progresso da
Ásia. A Universidade de Tóquio assegurou seu status de número um do continente,
em 23º lugar, tendo subido quatro posições. Em segundo lugar na Ásia, está a
Universidade Nacional de Singapura, 26ª colocada no ranking geral: ela ganhou
três posições e ultrapassou a Universidade de Melbourne, da Austrália.
A Coreia do Sul também apresentou evolução: a Universidade
Nacional de Seul figura entre as cinquenta melhores pela primeira vez, na 44ª
posição. Na China, a Universidade de Pequim aparece em 45º lugar, seguida pela
Universidade de Tsinghua, em 50º. A Universidade de Hong Kong ficou em 43º
lugar. Continue a ler a reportagem
Os dez países com mais universidades no grupo de elite
Instituições listadas até a 200ª posição no levantamento
Times Higher Education, 2013-2014
1 de 10
1º - Estados Unidos
Do seleto grupo das dez melhores universidades do mundo,
sete são americanas. O país também domina o pelotão de elite das duzentas
melhores instituições do planeta: nada menos do que 77 universidades desse
grupo estão localizadas em território americano — uma a mais do que no ano
passado.
"A transferência de poder do Ocidente para o Oriente
não é tão dramática neste ano, já que Estados Unidos e Grã-Bretanha conseguiram
impedir quedas alarmantes em nível nacional. Mas a tendência continua: a
maioria das melhores universidades da Europa continental derrapou, enquanto as
mais importantes da Ásia, em sua maioria, evoluíram", diz Phil Baty. Já o
continente africano continua com apenas um representante na lista: a
Universidade da Cidade do Cabo, na África do Sul.
Avaliação — Para a confecção do ranking, a revista THE
analisa treze quesitos, agrupados em cinco grupos (confira a tabela abaixo). Ao
longo do ano de 2013, foram entrevistados mais de 10.000 acadêmicos de todo o
mundo e analisadas cerca de 50 milhões de citações em periódicos científicos.
Todos os dados são tabulados pela Thomson Reuters. Confira o ranking completo
no site da THE.
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