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quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Artigo: A Justeza da Continuidade da Greve dos Bancários

Os bancários continuam em greve. É uma greve de rotina, dirão alguns. Rotina é o acúmulo histórico do lucro dos banqueiros privados e dos bancos públicos, diremos nós. Rotina é a insegurança sem limites a atingir os bancários e a sociedade. Rotina é verem os bancários suas agências assaltadas e explodidas por bandidos comuns e igualmente terem uma remuneração irrisória diante da persistência do ganho estratosférico de quem não trabalha verdadeiramente e apenas manuseia o capital dos outros.
Estamos decididos a quebrar esta rotina cruel. Queremos mais e melhores empregos. Mais ambiente saudável e menos adoecimento tão recorrente. Mais atendimento público e humanizado, menos atendimento seletivo de grandes clientes. Os bancários, neste momento, reivindicam no bojo de sua tradicional campanha salarial melhores salários e melhores condições de trabalho e exercitam seu direito constitucional de greve pensando em si enquanto classe trabalhadora e pensando na sociedade, em geral.

A proposta que acaba de ser apresentada é um desrespeito aos bancários e à sociedade. Vamos reagir à altura da provocação. Vamos prosseguir com a greve, mais forte e mais firme. Vamos ocupar as ruas.
Os bancários são referência nacional para as lutas sindicais e, certamente, o desfecho desta greve servirá de parâmetro para o conjunto dos assalariados brasileiros. Os bancários merecem mais e é possível melhorar a proposta em todos os aspectos (econômico, social, participação, saúde).
Prosseguir para conquistar nesta luta exige decisão firme da direção e união da base para fazermos recuar bancos privados e públicos que tem uma dívida grande a ser resgatada. Estamos abertos a um acordo e temos interesse em uma negociação digna, mas a reciprocidade precisa ser demonstrada pelo outro lado do polo das classes em luta, o Governo e o patronato dos bancos.             
Carlos Eduardo Bezerra – Presidente do Sindicato dos Bancários do Ceará

Fonte: SEEB/CE

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