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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Falta de segurança no Porto do Pecém é lembrada na assembléia Legislativa


O Futcipp, coordenado pelo diretor do MOVA-SE, Hernesto Luz, levou aos parlamentares a insegurança dos trabalhadores.
O diretor do MOVA-SE e coordenador do Fórum Unificado dos Trabalhadores do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (FUTCIPP), Hernesto Luz, junto com outros integrantes do FUTCIPP, levaram aos deputados estaduais a real situação de insegurança e pressão psicológica por que passam os trabalhadores do Porto do Pecém.

Sensibilizada, a deputada Eliane Novais utilizou ontem, 5/8, a tribuna para cobrar respeito aos trabalhadores do Porto do Pecém. Ela relatou os maus tratos que ouviu dos trabalhadores por parte do Governo do Estado. Segundo a parlamentar, os funcionários continuam sendo ignorados, mesmo após as reivindicações e paralisações da categoria. “Não podemos admitir que um dos maiores equipamentos do Estado continue oferecendo condições tão precárias de trabalho”, disse.
A parlamentar citou algumas das reclamações dos trabalhadores, como a extensa jornada de trabalho, assédio moral e abuso de autoridade administrativa e os altos índices de acidentes de trabalho. “Foram quatro, apenas entre os dias 20 e 24 de agosto, além de um outro acidente com vítima no dia 10 de agosto ”, observou.
Eliane afirmou que as condições de trabalho no local ferem todos os princípios e convenções da Organização Internacional do Trabalho, além de diversas normas reguladoras referentes à saúde do trabalhador.
Segundo Hernesto, o Complexo Portuário do Pecém é um dos motores da economia cearense. “No entanto, o governo não olha para o principal responsável por seu desenvolvimento econômico e industrial, o trabalhador portuário”.
Para a deputada, a Assembleia Legislativa do Estado tem a obrigação de agir. “Vou sugerir ao Tribunal Regional do Trabalho que se faça uma visita ao Porto, para que, dentro de nossas possibilidades, busquemos intervir em favor dos trabalhadores, com o objetivo de contribuir para erradicar definitivamente os riscos de acidentes”, afirmou.
Eliane concluiu que a Cearáportos, de forma irresponsável, tem insistido em se colocar como isenta, afirmando que os trabalhadores acidentados pertencem a empresas privadas.
Fonte: MOVA-SE

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