Jacob Zuma se
disse 'chocado e consternado' com incidente; 34 pessoas foram mortas pela
polícia
MARIKANA,
ÁFRICA DO SUL - O presidente da África do Sul, Jacob Zuma, anunciou nesta
sexta-feira, 17, uma investigação oficial sobre as "chocantes" mortes
de 34 trabalhadores em um confronto com a polícia sul-africana, em uma mina de
platina controlada pela empresa Lonmin Plc. As mortes ocorreram em vários
confrontos durante esta semana, embora a maioria tenha acontecido em um tumulto
confuso na quinta-feira. A mina fica a 60 quilômetros de Johannesburgo, maior
cidade e centro industrial e financeiro da África do Sul.
"Nós
temos que descobrir a verdade sobre o que aconteceu lá. A esse respeito, eu
decidi instituir uma comissão investigadora. A investigação nos permitirá
descobrir a verdadeira causa do incidente e também aprender as lições
necessárias com ele", disse Zuma.
A polícia
abriu fogo contra manifestantes armados com paus e facões na quinta-feira.
Desde a segunda, os manifestantes e guardas da mina Marikana tiveram vários
incidentes e confrontos, que deixaram cinco mortos. A mina de platina fica
perto da cidade de Rustenburg. "Isso é inaceitável no nosso país, que é um
país onde todos se sentem confortáveis. Um país que tem uma democracia que todo
mundo inveja", disse Zuma à AFP.
"Por
isso, foi uma coisa chocante. Não sabemos de onde isso veio mas temos que
investigar", afirmou o mandatário. Após o número de mortos ficar claro
nesta sexta-feira, Zuma cancelou uma visita oficial que faria a Moçambique para
uma cúpula da África Austral e foi à mina de Marikana, onde conversou com
policiais e autoridades. Mais tarde, ele deverá visitar alguns dos 78 feridos
que foram levados a hospitais vizinhos.
As
informações são da Dow Jones
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