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sábado, 4 de agosto de 2012

Mais adesões a greve dos servidores públicos federais


A greve dos servidores públicos federais ganha novas adesões a cada dia. Ontem, funcionários do Poder Judiciário cruzaram os braços. Policiais federais e administrativos da PF devem seguir o mesmo caminho. Na Imprensa Nacional, os servidores aprovaram uma paralisação de 24 horas, o que prejudicou a edição do Diário Oficial da União de hoje (02.08). Os fiscais agropecuários param na segunda-feira. A ordem é não dar trégua até que o Governo Federal apresente propostas concretas às reivindicações mais urgentes dos setores. 

O anúncio feito pelo Ministério do Planejamento de adiar a apresentação de respostas aos servidores apenas para o dia 13 de agosto motivou ainda mais a luta. Uma nova paralisação geral está prevista para o dia 9. A greve geral do setor público enfrentado pelo governo Dilma já é uma das maiores na história do movimento de luta dos servidores federais.
PRESSÃO POR PROPOSTA
A meta é assegurar a apresentação imediata de propostas já que o governo tem só até o dia 31 de agosto para encaminhar ao Congresso Nacional projetos de lei com previsão orçamentária para 2013. Os servidores querem ter a oportunidade de analisar as propostas para que haja possibilidade de se buscar um acordo nas negociações. O maior temor é que se repita o que ocorreu em 2011 quando o governo enviou somente no dia 31 de agosto um projeto de lei ao Congresso que terminou se transformando na MP 568/12. A MP continha itens que sequer foram negociados com os servidores.
BOM SENSO E MATURIDADE
Um dos interlocutores mais próximos da presidente Dilma Rousseff, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, criticou nesta quarta a onda de greves em setores do funcionalismo público. "Penso que as greves muito prolongadas acabam não beneficiando os servidores porque quem sofre muito com isso são os usuários, é o público", disse Carvalho. O ministro voltou a dizer que o governo ainda não tomou uma decisão sobre se irá, ou não, conceder reajustes aos servidores e por isso vê com "estranheza" a decisão dos funcionários em paralisar os serviços, antes da posição final do Planejamento.
INDICATIVO DE PARALISAÇÃO
O conselho de representantes da Federação Nacional dos Policiais Federais (fenapef) aprovou ontem um indicativo de greve da categoria. De acordo com nota do sindicato, as representações da entidade nos estados deverão determinar quais ações serão realizadas na próxima semana. A federação afirma que os policiais devem realizar operações padrão nas fronteiras, aeroportos e portos. Os policiais pedem a saída do atual diretor geral da PF, Leandro Daiello, a reestruturação salarial e da carreira. A categoria diz que está há três anos em negociação com o governo.
CONTRA SUBSTITUIÇÕES DE GREVISTAS
A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef) decidiu entrar com ação de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF) contra decreto da presidente Dilma Rousseff que autoriza a substituição de servidores federais em greve por funcionários estaduais ou terceirizados. A decisão foi tomada ontem. De acordo com Josemilton Costa, secretário-geral do Condsef, assessores jurídicos da entidade entenderam que recorrer ao STF é a melhor solução. "O entendimento é de que é inconstitucional, pois trata de funções que são prerrogativa dos servidores da União", disse. Segundo Costa, a ação deve ser proposta na semana que vem.
Fonte: Jornal de Brasília

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