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quinta-feira, 11 de junho de 2015

Trabalhadores do transporte rodoviário paralisam as atividades no terminal Eng. João Thomé

Paralisação de duas horas é um protesto, principalmente, pela regulamentação da jornada de trabalho. Categoria ameaça decretar estado de greve em todo o Ceará.
Os motoristas e cobradores do transporte rodoviário do Ceará paralisaram as atividades, na manhã desta quarta-feira, 10, no terminal Engenheiro João Thomé, na avenida Borges de Melo, em Fortaleza. O ato, que teve início às 8h30min e foi até às 10h30min, reivindica a regulamentação da jornada de trabalho dos funcionários, dentre outros benefícios, conforme o Sindicato dos trabalhadores nas empresas de transporte rodoviário de passageiros intermunicipal e interestadual do Estado do Ceará (Sinteti).

De acordo com o presidente do Sinteti, Carlos Jefferson, a paralisação de duas horas serve para convocar uma assembleia com todos os trabalhadores, incluindo os que cobrem linhas de outros municípios. "Estamos há três meses negociando com os patrões e eles não oferecem uma proposta aceitável. Se até a próxima quarta-feira, 17, não avançar, vamos decretar estado de greve. Já abaixamos o valor do reajuste salarial, mas eles não aceitam", disse.
O Sinteti pedia, inicialmente, um reajuste salarial de 18% contra os 8,34 % oferecidos pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Intermunicipal e Interestadual do Ceará (Sinter Ônibus). Agora, o sindicato dos trabalhadores reivindica 13% de reajuste salarial, além do aumento da cesta-básica, vale-refeição, pagamentos de hora-extra e, principalmente, regulamentação da jornada de trabalho.
"Os motorista chegam a trabalhar 14, 15 horas seguidas. Isso tudo sem receber o pagamento da hora-extra, por isso queremos que a jornada seja regulamentada para 7 horas e 20 minutos. É uma questão também de segurança para os usuários", frisou Jefferson. Uma nova reunião entre os sindicatos está marcada para às 13h30min da próxima quarta-feira, 17, na sede do Ministério do Trabalho.
O Sinter Ônibus repudiou a paralisação desta manhã e defendeu que a situação econômica do País não permite um maior reajuste. "Nós estamos na 4° rodada de negociação para tentar resolver essa questão. O problema é que com essa paralisação quem sai prejudicado é a população", disse o presidente do sindicato patronal, André Luís Eskinavi.
Em relação à jornada de trabalho, o presidente do Sinter Ônibus informou que carga a horária dos motoristas é de 44 horas semanais, com um limite máximo diário que pode se estender até 9h20min.
Apoio
O Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará (Sintro) participou da paralisação no terminal rodoviário, na manhã desta quarta-feira, 10.
Mesmo apoiando os trabalhadores do transporte rodoviário, o Sintro informou que não deve realizar paralisações nos terminais de ônibus de Fortaleza. “Fomos para lá em apoio à categoria, para fazermos uma campanha unificada”, disse Sérgio Barbosa vice-presidente do Sintro.

Fonte: SINTETI

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