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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Professores de universidades estaduais do Paraná entram em greve

Greve na UEPG, em Ponta Grossa, começou nesta terça-feira (10).
Sete universidades estaduais têm juntas mais de 75 mil alunos.
Professores de universidades estaduais do Paraná entraram em greve por tempo indeterminado nesta terça-feira (10). A greve se deve ao chamado “pacotaço” encaminhado pelo governador Beto Richa (PSDB) à Assembleia Legislativa. As medidas, de acordo com o governo estadual, tem o intuito de gerar economia e aumentar a arrecadação. Para isso, por exemplo, alguns benefícios do funcionalismo público seriam cortados. Os professores universitários dizem ainda que no "pacotaço" há medidas que afetam a autonomia universitária.
Ao todo, as sete universidades estaduais do Paraná têm juntas 7 mil docentes, 8,6 mil agentes universitários e mais de 75 mil alunos.

UEPG
Professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) votaram a greve na quinta-feira (5) em assembleia no campus central da instituição em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais do Paraná.
Segundo o presidente da Seção Sindical dos Docentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Sinduepg), Marcelo Engel Bronosky, cerca de 200 pessoas participaram da assembleia. A UEPG tem perto de mil professores.
As aulas começaram na segunda-feira (9). Conforme Bronosky, os professores explicaram aos estudantes os motivos da paralisação.
A estudante do 4º ano de jornalismo da UEPG, Mariele Morski, afirma que apoia a greve e os professores. "O governo precisa tomar uma providência para que a paralisação não continue. Nós, que estamos terminando a faculdade, somos bastante prejudicados. Com a greve, por exemplo, temos menos tempo para nos dedicarmos ao Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), o que pode prejudicar nossa formatura", diz.
Ao todo, a greve na UEPG prejudica 7,2 mil estudantes.
Unicentro
Cerca de 400 professores da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) aprovaram greve durante assembleia na tarde de segunda-feira em Guarapuava, na região central do Paraná.
As aulas começam só dia 19 de fevereiro, entretanto, segundo o secretário-geral do Sindicato dos Professores (Adunicentro), Denny William da Silva, os docentes iniciaram a paralisação logo após a assembleia. A Unicentro tem cerca de 850 docentes e, conforme o sindicato, a adesão será em todos os campi da instituição.
Com a greve, 8,7 mil alunos são afetados.
Unioeste
Já os professores da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) fazem assembleia para discutir o movimento de greve na quarta-feira (11), às 14h.
A pauta de reivindicações dos docentes pede a suspensão imediata do "pacotaço", enviado pelo governo do estado à Assembleia Legislativa, o pagamento do quinquênio e do terço de férias dos servidores, a manutenção do orçamento das universidades estaduais e a participação dos professores na discussão do projeto de lei que prevê autonomia nas instituições de ensino.
UEL
Servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual de Londrina (UEL), no norte do Paraná, também deram início à greve e paralisaram as atividades nesta terça-feira. A paralisação foi decidida durante uma assembleia realizada na sexta-feira (6).  Além do campus da UEL, a greve atinge também o Hospital das Clínicas (HC), o Hospital Universitário (HU), Clínica Odontológica, a Bebê Clínica, o Museu Histórico de Londrina e a Casa de Cultura.
Segundo o Sindicato dos Servidores Públicos Técnico-Administrativos da UEL (Assuel Sindicato), os serviços de urgência e emergência serão mantidos no HU e na Clínica Odontológica. O restante dos setores paralisarão totalmente as atividades.
De acordo com o presidente da Assuel Sindicato, Marcelo Alves Seabra, a greve é motivada pela falta de pagamento do terço de férias dos servidores e pelo pacote enviado pelo governo a Assembleia, que retira os direitos dos servidores.
"A gente não viu outra alternativa que não entrar em greve. Além do atraso no pagamento das férias, o governo decidiu por esse pacote que  afeta diretamente o serviço público. Se o governo retirar de pauta esse pacote na Assembleia, podemos até suspender a greve. Enquanto isso não ocorrer, a greve será mantida", diz Seabra.
Nesta terça-feira estão previstos atos na UEL e também no HU. Servidores se concentrarão nos dois locais, conforme o sindicato.
As aulas da universidade ainda não tiveram início em 2015, com começo previsto para o dia 19 de fevereiro. Em assembleia realizada na segunda-feira, os professores da UEL decidiram também entrar em greve a partir de quinta-feira (12). Conforme Sindicato dos Professores do Ensino Superior Público Estadual de Londrina e Região (Sindiprol/Aduel), a decisão também é uma reação contra o pacote de medidas do governo que corta direitos dos servidores públicos do Paraná, além de atingir a autonomia das universidades.
Com a greve, quase 17 mil alunos são prejudicados.
UEM
Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), as atividades continuam normalmente nesta terça-feira. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino de Maringá (Sinteemar), os servidores se reunirão na manhã de quarta-feira (11) para decidir se deflagram greve.
Uenp e Unespar
Na Universidade Estadual do Norte Pioneiro (Uenp) e na Universidade Estadual do Paraná (Unespar), as atividades também seguem normalmente nesta terça. Os servidores da Uenp devem se reunir na quinta-feira (12) para decidir se entram paralisam ou não as atividades. Já os funcionários da Unespar optaram por greve a partir de quinta-feira (12).
O que o governo diz
A Secretaria Estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior informou que uma reunião será realizada nesta terça-feira entre o secretário João Carlos Gomes e reitores de universidades. Além disso, a secretaria disse que está acompanhando as assembleias e também as decisões que ocorrerão na Assembleia Legislativa, e aguarda definições para se posicionar.

Fonte: http://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2015/02/professores-de-universidades-estaduais-do-pr-entram-em-greve.html

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