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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Salvador: Greve em postos de combustíveis continua após reunião

Terminou sem acordo a audiência entre donos de postos e frentistas que nesta segunda-feira, 4, deflagraram greve parcial em Salvador e interior do Estado. Na quarta, 6, patrões e empregados voltam a se reunir às 14h no Ministério Público do Trabalho para discutir reivindicações e contrapropostas.
De novidade, apenas a elevação, de 6% para 7,5%, no índice de reajuste salarial oferecido pelos empresários. A mobilização nos postos de combustíveis volta a acontecer nesta terça, 5, dando prosseguimento à pressão por melhores salários e outras   reivindicações da categoria.
Os frentistas pedem 10% de reajuste, elevação do valor do tíquete-alimentação para R$ 195, pagamento de adicional de 80% sobre a remuneração nos domingos trabalhados (limitado a dois por mês) e a elevação desse percentual para 100% a partir de janeiro. Os donos de postos propuseram tíquete a R$ 180, mas não se pronunciaram sobre as demais propostas.

Nesta segunda, dos cerca de 20 postos visitados pela equipe de reportagem de A TARDE, somente três estavam com as bombas totalmente paradas. O que leva a crer que o movimento afetou basicamente  usuários dos postos onde houve concentração de grevistas liderados pelo Sindicato dos Trabalhadores de Postos de Combustíveis da Bahia (Sinposba).
Também parte dos funcionários das lojas de conveniência  cruzou os braços. Segundo o presidente do Sinposba, Antônio José, há cerca de 15 mil trabalhadores na Bahia, mas 30% do efetivo estaria trabalhando, em cumprimento à determinação do Ministério Público do Trabalho, que propôs o reajuste de 9%.  "Estamos negociando há quatro meses, desde a nossa data-base, em 1º de maio, mas os empresários não cederam em nada", disse Antônio José num piquete feito no posto Mataripe, na Av. Bonocô.
Golpes e furtos
Os trabalhadores reivindicam também que não sejam descontados do salário os prejuízos causados às empresas por conta de furtos nas lojas de conveniência e por causa de cartões clonados. "Qualquer prejuízo, mesmo sem nossa responsabilidade, é divido entre os empregados", denuncia Antônio José.
Sobre esta questão, o presidente do Sindicombustíveis (patronal), José Augusto Costa, diz que a Convenção Coletiva de Trabalho e a norma das empresas preveem que, preventivamente, o frentista disponha  de até R$ 200 no bolso. Se o profissional estiver com um valor superior e for roubado, o valor excedente é descontado do salário.
A advogada Diana Lage, 51, conseguiu abastecer no posto Sumaré (Av. Tancredo Neves) após insistir com os sindicalistas. "Meu carro está com o nível de combustível baixíssimo. Como estou indo para o trabalho, meu receio é ficar pelo meio do caminho". Na Paralela, o administrador Gustavo Ferreira, 42 anos, disse não ter encontrado dificuldade para abastecer o veículo. "Ainda tenho uma certa reserva no tanque, mas encontrei um posto com um preço bom e resolvi aproveitar a oportunidade", afirmou.

Fonte: http://atarde.uol.com.br/bahia/noticias/greve-em-postos-de-combustiveis-continua-apos-reuniao-1611582

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