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domingo, 17 de agosto de 2014

Espiritualidade: O bom servo deve estar preparado para o serviço do Senhor, em qualquer circunstância (Os Missionários)

“[...] Nossos atos, Mariana, são muito mais contagiosos que as nossas palavras.
[...] é preciso saber calar antes de tudo.
[...] Aconselhar é sempre útil, mas aconselhar excessivamente pode traduzir esquecimentos de nossas obrigações.
[...] para bem ensinar é necessário exemplificar melhor.”
O fracasso de Mariana
“[...] tive medo de tudo e de todos.
[...] O chamamento ao serviço ressoou no tempo próprio, orientando-me o raciocínio a melhores esclarecimentos; nossos instrutores me proporcionavam os mais santos incentivos, mas desconfiei dos homens, dos desencarnados e até de mim mesma. Nos estudos do plano físico, enxergava pessoas de má fé; nos irmãos invisíveis, presumia encontrar apenas galhofeiros fantasiados de orientadores, e, em mim mesma, receava as tendências nocivas. Muitos amigos tinham-me em conta de virtuosa, pelo rigorismo das minhas exigências; todavia, no fundo, eu não passava de enferma voluntária, carregada de aflições inúteis.
- Foi uma grande infantilidade de sua parte – retrucou a outra -, você olvidou que, na esfera carnal, o maior interesse da alma é a realização de algo útil para o bem de todos, com vistas ao Infinito e à Eternidade. Nesse mister, é indispensável contar com o assédio de todos os elementos contrários. Ironias da ignorância, ataques da insensatez, sugestões inferiores da nossa própria animalidade surgirão, com certeza, no caminho de todo trabalhador fiel. São circunstâncias lógicas e fatais do serviço, porque não vamos ao mundo físico para descanso injustificável, mas para lutar pela nossa melhoria, a despeito de todo impedimento fortuito.
- Compreendo, agora – disse a outra -; todavia, o receio das mistificações prejudicou a minha bela oportunidade.
[...] o bom servo deve estar preparado para o serviço do Senhor, em qualquer circunstância. Não aprendi a ciência da conformação e nem me resignei a percorrer as estradas humanas.”

(André Luiz ‘Os Mensageiros’. Psicografia: Francisco Cândido Xavier. 20 ed. 1986. p. 53-56)

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