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sábado, 5 de abril de 2014

"Dialogar não é um ato de força bruta"


Dialogar não é um ato de força bruta, em que um sujeito atropela o outro e o ajoelha perante si. Dialogar requer, necessariamente, que o Cordeiro tenha a proteção necessária para negociar com o robusto Leão ou a astuta raposa”, com esta declaração, o procurador regional do trabalho, Francisco Gérson Marques de Lima iniciou na noite desta quarta-feira (2/4), o II Congresso Internacional de Direito Sindical.

O evento acontece até esta sexta-feira (4/4) e reúne cerca de 1300 pessoas no Hotel Oásis Atlântico, em Fortaleza. A presente edição do Congresso possui características que o distinguem do anterior, apesar de manter a mesma feição de participação ativa do sindicalismo. São 20h distribuídas em 14h para palestras, 4,25h para debates e quase 2h para as moderações e outras intervenções. Dentre os inscritos, aumentou consideravelmente a participação de sindicalistas, agora com presença de quase 80%, o que legitima ainda mais as discussões. Além dos representantes das entidades sindicais participam do Congresso estudantes, procuradores do trabalho, magistrados e representantes do poder Público.
“Permanece o propósito de discutir os aspectos gerais da luta trabalhista, incansável e mal compreendida, mas resistida pelos sindicalistas e por todos quantos compreendem a grandeza e a importância em defender os direitos sociais”, comentou o também coordenador do evento Gérson Marques.
O presidente de honra do Congresso e procurador Geral do Trabalho, Luís Carmargo, ressaltou a importância do evento. “O evento tomou tal importância que queremos levá-lo a outro ponto do país, nossa intenção é que a terceira edição do Congresso seja realizada em São Paulo”, comentou. Ele lembrou ainda os 50 anos do Golpe Militar de 1964 ressaltando que “a luta dos trabalhadores foi fundamental para a implantação do processo democrático no Brasil.”
“Soa estranho que, passados 30 anos do retorno à democracia, sobrevindo a maior de todas as conquistas do ser humano, a liberdade, ressurjam no horizonte indícios do mesmo chicote estalando no ar. Antes, o tolhimento da liberdade de expressão, a força que aprisionara intelectuais, artistas, políticos e sindicalistas, partiu de um golpe antidemocrático, pelo uso das armas. Agora, encarnado em Projetos de Lei, o mesmo espírito maligno da arbitrariedade provém de poderes constituídos, almejando tipificar como terrorismo as manifestações sociais, sobretudo para satisfazer interesses do grande capital em eventos transitórios de duvidosa vantagem para a sociedade”, comentou o procurador Gérson Marques.
O coordenador também aproveitou o seu discurso para agradecer todos os parceiros que colaboraram para a realização do evento.

Fonte: http://www.prt7.mpt.gov.br/congresso/index.php?option=com_content&view=article&id=110:dialogar-nao-e-um-ato-de-forca-bruta&catid=78&Itemid=435

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