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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Déficit habitacional cresce 10% em cinco anos

Com 10,5% dos domicílios com déficit habitacional, a Região Metropolitana de Fortaleza ocupa segundo lugar entre RMs
Há 29 anos, a família Barbosa encontrou no bairro Manuel Dias Branco o local ideal para ser. Com o tempo, as casas de taipa deram lugar a paredes e pisos mais firmes. Hoje distribuída em 12 casas, a família nunca viu água encanada, energia elétrica regularizada ou saneamento.
Os Barbosa fazem parte da estatística de déficit habitacional da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), que chega a 120.108 domicílios (10,5% do total). É o segundo maior índice entre as capitais e o Distrito Federal, atrás apenas de Brasília.

Os números integram levantamento divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo se baseia na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2012, do IBGE, e revela que, enquanto no País, de 2007 para 2012, o déficit absoluto caiu 6,2%, na RMF subiu 10,84% - a segunda maior alta (ver quadro abaixo).
Para o Ipea, um domicílio se enquadra no conceito de “déficit habitacional” se tiver precariedade, famílias conviventes com intenção de se mudar ou residentes em cômodos, aluguel que exceda 30% da renda e/ou que tenha mais de três habitantes usando o mesmo cômodo. No Brasil, 5.244.525 foram identificados pelo instituto com esse perfil, em 2012.
Presidente da Fundação de Desenvolvimento Habitacional de Fortaleza (Habitafor), Eliana Gomes reconhece o problema, mas atribui o déficit à “baixa produção de habitação” na gestão passada. Segundo ela, “de 2009 até 2012, apenas 856 unidades” do programa Minha Casa Minha Vida foram entregues em Fortaleza.
Eliana garante que, até 2016, 20 mil unidades habitacionais serão construídas na Capital e feitas 40 mil melhorias habitacionais. Ela afirma que 92 mil famílias estão inscritas desde 2009 no Município à espera de uma casa, mas uma verificação dos registros em parceria com as Secretarias Regionais deve começar no dia 15 de janeiro do próximo ano para garantir a transparência na oferta de moradia. “A gente trabalha para dar resultado e, daqui a dois, três anos, ser feita pesquisa e isso refletir nos resultados”, diz.
Dia 26/11

Fonte: O Povo

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