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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ceará - Professores da UFC e Unilab decidem pela manutenção da greve

Apesar do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais do Estado do Ceará (Adufc) ter divulgado uma nota oficial pedindo o fim da greve, os professores da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab) recusaram em plebiscito a proposta do Governo Federal e optaram pela manutenção da greve que já dura mais de dois meses no Ceará.
A decisão foi divulgada na madrugada desta quarta-feira (15.08.2012) pelo site oficial da Adufc, mas será homologada em Assembleia Geral apenas na próxima quinta-feira (16). Do total de 1537 votos, 707 docentes optaram pelo encerramento da greve, mas 808 disseram não ao fim da paralisação. Os professores também decidiram se aceitavam a proposta do Governo e o resultado mostrou que 988 disseram não, enquanto 529 responderam  sim.
Reivindicações
Dentre as principais reivindicações, professores da UFC e da Unilab pedem equiparação da carreira de professor com a da Ciência e Tecnologia. De acordo com presidente da ADUFC, Marcelino Pequeno, esse ponto foi prometido pelo Governo Federal para até 31 de maio, durante as reuniões do grupo de reestruturação da carreira acadêmica.
Outra reivindicação é a retomada da maneira antiga de calcular a insalubridade e periculosidade. Segundo Pequeno, atualmente são três valores fixos (R$ 100,00; R$180,00 e R$ 260,000) – e não mais por meio de um percentual do salário como antigamente.
Os docentes pedem ainda a progressão salarial dos professores do ensino técnico e a expansão das universidades e institutos federais com qualidade. Ele lembra que, atualmente, o Estado do Ceará tem 1.800 professores na ativa, dos quais 30 são da Unilab, e mais 800 aposentados.
Proposta do Governo
A proposta apresentada pelo Ministério do Planejamento prevê reajustes que variam entre 25% e 40% para todos os docentes, aplicados de forma parcelada até 2015. De acordo com o sindicato que representa a maior parte da categoria em todo o Brasil, o impasse nas negociações com o governo não foi superado e os reajustes atingem a categoria de forma desigual, “prejudicando os docentes e aprofundando as distorções”.
Fonte: Agência Brasil

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