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quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Burguesia, comunismo, liberais...

"Mas, os velhos banqueiros burgueses, adaptados às novas formas científicas, quiseram sobreviver por mais e mais tempo, amparando-se, frequentemente, nas novas repúblicas democráticas que dirigiam por trás dos caducos tronos das velhas monarquias hereditárias. 
(...)
Hoje o comunismo quase não tem relação com o original e é o autêntico herdeiro do Estado dirigido, embora sem o idealismo do século XIX. Por sua vez, o Estado Liberal democrático converteu-se ao credo da 'mais-valia' marxista, e a velha burguesia sobrevive ali e maneja indiretamente os estados." (Cadernos de Nova Acrópole, p. 165-166)

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Divino em mim e o Divino no universo (Plotino - 200 d.C.)

"Esforço-me para reunir o que há de divino em mim ao que há de divino no universo." (PLOTINO, 200 d.C.)

A recuperação depende de como usamos nosso estuque de energias.

Em busca de sua verdadeira natureza a alma cumpre dois trabalhos: organização (equilíbrio interno) e contemplação (perfeita possessão de si mesmo).

É preciso ter um perfeito equilíbrio interno para ter acesso à metafísica.

A alma universal não se divide... produz almas individuais que lhe são distintas. 

O problema do homem é voltar do mundo da criação para o do ser.

Da unidade derivam-se todas as almad: a alma do universo e as outras.

A alma que conhece a si mesma sabe que seu movimento é naturalmente circular e com a tendência para o centro, de onde se origina o círculo.

O amor é filho de Poros (abundância) e de Pênia (carência).

Para subir até o uno, é necessário elevar-se a si mesmo das coisas sensíveis e de toda maldade. 

Deus está em todo ser (...) fugimos de nós mesmos, mas, se nos conhecêssemos, conheceriamos aquele de onde procedemos. 

(Resumos de Nova Acrópole
Curso N1 2019)

Fugas sempre foram comuns aos doentes da alma


"... como é próprio do doente, não suportando nada por muito tempo e fazendo das mudanças lenitivo para suas dores.
Daí o empreender vagas peregrinações e o percorrer praias e mares desconhecidos, tanto na terra como no mar, sempre em busca de emoções, experimentando o que não tem no fastio da situação presente. 
(...)
Uma coisa sucede a outra, e os espetáculos se transformam em outros espetáculos. Como disse Lucrécio: 'Desse modo, cada um foge de si mesmo'. Mas em que isso é proveitoso,se, de fato, não se foge? Seguimos a nós mesmos e não conseguimos jamais nos desembaraçar de nossa própria companhia!
Assim, devemos saber que o mal contra o qual trabalhamos não vem dos lugares, mas de nós mesmos; somos fracos para tolerar qualquer incômodo, não suportamos trabalhos, prazeres, desconfortos por muito tempo.
Isso levou muitos à morte, porque, frequentemente mudando seus propósitos, voltando sempre para o mesmo ponto de partida, não deixando espaço para as novidades. Assim, a vida começou a lhes entediar e também o próprio mundo, até que, sem perspectiva, ouça aquele clamor: 'Até quando sempre as mesmas coisas?!"
(Sêneca. 60 d.C. Da tranquilidade da alma, p. 46-46)

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Estóicos: Epíteto, Sêneca e Marco Aurélio 

1. Alegria da ação para além das recompensas (Ataraxia);
2. A vida flui, acontece;
3. Qual o chamado mais nobre que o chamado da nossa alma?
4. Atender ao chamado mais nobre;
5. Na vida as coisas só têm duas naturezas: as coisas que dependem de nós e as coicoisas que não dependem de nós.
6. Só há um caminho: o desprezo das coisas que não dependem de nós. A essência do verdadeiro bem está nas coisas que dependem de nós.
7. O nosso corpo e sua integridade, as riquezas e as honras nos são inteiramente estranhas. Nosso bem e nosso mal estão completamente dentro da esfera de nosso poder.
8. Não é tanto a brevidade da vida, mas o muito tempo que desperdiçamos sem realizar nada de bom. É o mesmo que ocorre com o dinheiro: pouco para quem o dilapida e muito para os que sabem administra-lo.
9. Dividimos nossa alma em mil caprichos e desperdiçamos o tempo sem conta-lo.
10. Cabelos brancos, rugas, são marcas de uma grande existência e não de uma grande vida.
11. Pensando num futuro em que poderemos fazer o que quisermos - futuro que talvez não chegue - desperdiçamos o presente. A melhor época, o melhor dia, é este que está passando agora mesmo.
12. Construamos nossa morada ali onde habitam os grandes homens, aqueles que sabem aconselhar-nos em todas as coisas da existência e nos mostrarão o caminho até a eternidade.
13. A melhor maneira de ampliar o tempo é o conhecimento das coisas eternas.
14. O sábio recolhe e unifica em um todos os momentos - o passado, o presente e o futuro - enquanto o ignorante esquece o passado, desconhece o presente e teme o futuro.