Páginas

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Vida: Assis Chateaubriand

Assis Chateaubriand
Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, mais conhecido como Assis Chateaubriand ou Chatô, (Umbuzeiro, 4 de outubro de 1892 — São Paulo, 4 de abril de 1968) foi um jornalista, empresário, mecenas e político destacando-se como um dos homens públicos mais influentes do Brasil nas décadas de 1940 e 1960.[1] [2] Foi também advogado, professor de direito,[3] escritor[4] e membro da Academia Brasileira de Letras.[5]

Chateaubriand foi um magnata das comunicações no Brasil entre o final dos anos 1930 e início dos anos 1960, dono dos Diários Associados, que foi o maior conglomerado de mídia da América Latina, que em seu auge contou com mais de cem jornais, emissoras de rádio e TV, revistas e agência telegráfica. Também é conhecido como o co-criador e fundador, em 1947, do Museu de Arte de São Paulo (MASP), junto com Pietro Maria Bardi, e ainda como o responsável pela chegada da televisão ao Brasil, inaugurando em 1950 a primeira emissora de TV do país, a TV Tupi. Por seu empenho contra a entrada do capital estrangeiro no país e seu nacionalismo econômico foi visto como ameaça pela CIA que financiou Roberto Marinho depois que uma empresa de SP não lhe fez aliança (talvez por que na altura não enxergou o impacto que uma capitalização daquele tamanho para sair do sector impresso para a televisão fosse causar mesmo na história da geoconcentração midiática no contexto do país).[6] Foi Senador da República entre 1952 e 1957.[7]


Figura polêmica e controversa, odiado e temido, Chateaubriand já foi chamado de Cidadão Kane brasileiro,[8] [9] e acusado de falta de ética por supostamente chantagear empresas[10] que não anunciavam em seus veículos e por insultar empresários com mentiras, como o industrial Francisco Matarazzo Jr .[11] [12] Seu império teria sido construído com base em interesses e compromissos políticos,[13] incluindo uma proximidade tumultuada porém rentosa com o Presidente Getúlio Vargas.[14]

Biografia
Filho de Francisco José Bandeira de Melo e de Maria Carmem Guedes Gondim, foi batizado Francisco de Assis por ter nascido no dia dedicado ao santo, a quem a mãe era devota. O nome "Chateaubriand" tem origem na admiração do pai pelo poeta e pensador francês François-René de Chateaubriand, a ponto de comprar uma escola em meados do século XIX, na região de São João do Cariri, dando-lhe o nome do pensador francês. Logo, Francisco José passou a ser conhecido na região como "seu José do Chateaubriand", que, por corruptela, derivou para "José Chateaubriand". O nome ficou tão vinculado a Francisco José que ele batizou seus filhos com o sobrenome francês.[15]
último dia da TV Tupi

Chateaubriand casou-se uma vez apenas, com Maria Henriqueta Barroso do Amaral, filha do juiz Zózimo Barroso do Amaral. Teve três filhos: Fernando, Gilberto e Teresa.[16] Em 1934 desquitou-se e uniu-se a uma jovem de nome Corita, com quem teve uma filha, Teresa, que decidida a deixar Chatô, levou a filha com ela. Chatô consegue sequestrar a própria filha, assumindo a paternidade e, com o apoio de Getúlio Vargas, obtém o pátrio poder.
As relações de Chatô, especialmente com os filhos, são conturbadas e repletas de grandes conflitos e separações radicais. [17]

Carreira
Nascido na Paraíba, formado pela Faculdade de Direito do Recife. A estreia no jornalismo aconteceu aos quinze anos, na Gazeta do Norte, escrevendo para o Jornal Pequeno e para o veterano Diário de Pernambuco. Neste, enfrentou uma situação inusitada: teve que dormir na redação do jornal, chegando a pegar em armas, para se defender da multidão que se empoleirava à frente do jornal em protesto contra a vitória do candidato Francisco de Assis Rosa e Silva (proprietário do jornal). Em 1917, já no Rio de Janeiro, colaborou para o Correio da Manhã, em cujas páginas publicaria impressões da viagem à Europa que realizou em 1920.
Câmara Aberta -=- Assis Chateaubriand (Chatô) - Ana Leal

Em 1924, assumiu a direção d'O Jornal – denominado "órgão líder dos Diários Associados" – e, no mesmo ano, consegue comprá-lo graças a recursos financeiros fornecidos por alguns "barões do café" liderados por Carlos Leôncio de Magalhães (Nhonhô Magalhães), e por Percival Farquhar, de quem Chateaubriand, alegadamente, teria recebido como honorários advocatícios. Substituiu artigos monótonos por reportagens instigantes e deu certo. A partir de então, começou a constituir um império jornalístico, ao qual foi agregando importantes jornais, como o Diário de Pernambuco, o jornal diário mais antigo da América Latina, e o Jornal do Comércio, o mais antigo do Rio de Janeiro. No ano seguinte, Chatô arrebatou o Diário da Noite, de São Paulo. À altura, já possuía os jornais líderes de mercado das principais capitais brasileiras.
A ascensão do império jornalístico de Assis Chateaubriand deve ser entendida no quadro das transformações políticas do Brasil durante as décadas de 1920 e 1930, quando o consenso político oligárquico e fechado da República Velha, centrado em torno da elite agrária de São Paulo, começou a ser contestado por elites burguesas emergentes da periferia do país; não é uma coincidência que Chateaubriand tenha apoiado o movimento revolucionário de 1930, que levou Getúlio Vargas ao poder, assim como, durante toda sua vida, tenha fanfarroneado a condição de provinciano que chegou ao centro do poder como uma espécie de bucaneiro político. A ética quase nunca constava da estratégia empresarial: chantageava as empresas que não anunciassem em seus veículos, publicava poesias dos maiores anunciantes nos diários e mentia descaradamente para agredir os inimigos. Farto de ver o nome na lista de insultos, o industrial Francisco Matarazzo ameaçou "resolver a questão à moda napolitana: pé no peito e navalha na garganta". Chateaubriand devolveu: "Responderei com métodos paraibanos, usando a peixeira para cortar mais embaixo". Foi também inimigo declarado de Rui Barbosa e de Rubem Braga. Apesar disso, Chatô teve relação cordiais (e sempre movidas a interesses econômicos) com muitas pessoas influentes: Francisco Matarazzo, Rodrigues Alves, Alexander Mackenzie (presidente do poderoso truste canadense de utilidades públicas São Paulo Tramway, Light and Power Company), o empresário americano Percival Farquhar e Getúlio Vargas.
Durante o Estado Novo, consegue de Getúlio Vargas a promulgação de um decreto que lhe dá direito à guarda de uma filha, após a separação da mulher. Nesse episódio, profere uma frase célebre: "Se a lei é contra mim, vamos ter que mudar a lei". Em 1952, é eleito senador pela Paraíba e, em 1955, pelo Maranhão, em duas eleições escandalosamente fraudulentas.
Caracterizou-se, muito embora fosse um representante típico da burguesia nacional emergente da época, pelas posturas pró-capital estrangeiro e pró-imperialismo, primeiro o britânico, depois o americano: além de muito ligado aos interesses da City londrina (a escandalosa embaixada na Inglaterra, na década de 1950, foi a realização de um velho sonho pessoal), conta a anedota que ele teria uma vez dito que o Brasil, perante os EUA, estava na condição de uma "mulata sestrosa" que tinha de aceder às vontades dos seu gigolô. Era temido pelas campanhas jornalísticas que movia, como a em defesa do capital estrangeiro e contra a criação da Petrobrás.
Chateaubriand sempre buscou adquirir novas tecnologias para os Diários Associados. Foi assim com a máquina Multicolor, a mais moderna máquina rotativa da época, sendo o grupo de Chateaubriand o primeiro e único a possuir uma por longo tempo, na América Latina; foi assim também com os serviços fotográficos da Wide World Photo, que possibilitava a transmissão de fotos do exterior com uma rapidez muito maior do que possuía qualquer outro veículo nacional. O mesmo se deu com a publicidade: grandes contratos de exclusividade para lançamento de produtos com a General Electric e para o pó achocolatado Toddy, cujos anúncios estavam sempre nas paginas dos jornais e revistas. A orientação publicitária de Chateaubriand para seus veículos começou a funcionar tão bem que os jornais dos Diários Associados passaram a anunciar os mais diversos produtos e serviços, desde modess a cheques bancários, algo tido como inédito na década de 1930, no Brasil.
Publicou mais de 11870 artigos assinados nos jornais, dando oportunidades a escritores e artistas desconhecidos que depois virariam grandes nomes da literatura, do jornalismo e da pintura, como: Graça Aranha, Millôr Fernandes, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Cândido Portinari e outros.
Presidiu, entre 1941 e 1943, a Federação Nacional da Imprensa (FENAI - FAIBRA).
Com o tempo, Chateaubriand foi dando menos importância aos jornais e focando em novas empreitadas, como o rádio e a televisão. Pioneiro na transmissão de televisão brasileira, cria a TV Tupi, em 1950. Na década de 1960, os jornais atolavam-se em dívidas e trocavam as grandes reportagens por matérias pagas. Dois dos veículos de comunicação lançados no início da década de 1960 por Assis Chateaubriand, o jornal Correio Braziliense e a TV Brasília, foram fundados em 21 de abril, no mesmo dia da fundação de Brasília.
Trabalha até o final da vida, mesmo depois de uma trombose ocorrida em 1960, que o deixa paralisado e capaz de comunicar-se apenas por balbucios e por uma máquina de escrever adaptada. Em 1968, morria Chateaubriand, velado ao lado de duas pinturas dos grandes mestres: um cardeal de Ticiano e um nu de Renoir, simbolizando, segundo o protegido, o arquiteto italiano e organizador do acervo do MASP Pietro Maria Bardi, as três coisas que mais amou na vida: O poder, a arte e a mulher pelada. Morreu também com o império se esfacelando e com o surgimento do reinado de Roberto Marinho.
Foi um dos homens mais influentes do Brasil nas décadas de 1940 e de 1950 em vários campos da sociedade brasileira. Assis Chateaubriand criou e dirigiu a maior cadeia de imprensa do país, os Diários Associados: 34 jornais, 36 emissoras de rádio, 18 estações de televisão, uma agência de notícias, uma revista semanal (O Cruzeiro), uma mensal (A Cigarra), várias revistas infantis (iniciada com a publicação da revista em quadrinhos O Guri em 1940), e a editora O Cruzeiro[18] .
Deixou os Diários Associados para um grupo de vinte e dois funcionários, atualmente liderados por Álvaro Teixeira da Costa. O Condomínio Acionário das Emissoras e Diários Associados é, conjuntamente, o terceiro maior grupo de comunicações do país. Tendo como carro chefe cinco jornais em grandes cidades do Brasil, líderes em suas respectivas praças (dos quinze que ainda restam).
Projetos culturais
Em 1941, promoveu a Campanha nacional da aviação, com o lema "Deem asas ao Brasil", na qual foi criada a maioria dos atuais aeroclubes pelo interior do Brasil, juntamente com Joaquim Pedro Salgado Filho, então Ministro da Guerra do governo Vargas.[19] Com o suicídio de Getúlio Vargas, assume a cadeira 37 da Academia Brasileira de Letras.
Funda o Museu de Arte de São Paulo (MASP) em 1947, com uma coleção particular de pinturas de grandes mestres europeus que ele adquiriu a preços de ocasião na Europa empobrecida do pós-Segunda Guerra Mundial (em aquisições por vezes financiadas à base de chantagem de empresários brasileiros), coleção esta que o presidente Juscelino Kubitschek havia tido o bom senso de, durante seu governo, colocar sob a gestão de uma fundação, em troca de auxílio governamental ao pagamento de parte da astronômica dívida do Condomínio Associado.
Em 10 de agosto de 1967, Assis Chateaubriand entregou ao reitor da Fundação Universidade Regional do Nordeste (hoje Universidade Estadual da Paraíba – UEPB), Edvaldo de Souza do Ó, o primeiro acervo do Museu Regional de Campina Grande, localizado em Campina Grande, Paraíba. O acervo foi chamado de "Coleção Assis Chateaubriand", com cento e vinte peças. A partir de então, o museu passou a ser chamado de "Museu de Artes Assis Chateaubriand".
Assis Chateaubriand morreu em 4 de abril de 1968, em São Paulo, depois de uma pertinaz doença a que ele resistiu por longos anos, continuando, mesmo paraplégico e impossibilitado de falar, a escrever seus artigos. Era denominado DD nos primeiros 15 dias de encubamento. Está sepultado no Cemitério do Araçá.
Representações na cultura
Assis Chateaubriand já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Luiz Ramalho no filme "Chateaubriand, Cabeça de Paraíba"(2000) e por Antonio Calloni em trecho da minissérie "Um Só Coração" (2004).
Filmes
Chatô, o Rei do Brasil
Guilherme Fontes adquiriu os direitos de adaptação para o cinema do livro Chatô, o Rei do Brasil, de Fernando Morais. O projeto começou a ser produzido em 1995, foi interrompido em 1999. O filme Chatô, o Rei do Brasil, lançado em 2015, tem Marco Ricca no papel de Chateaubriand. Em 2006, Fontes foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a devolver 15 milhões de reais pela não-entrega da série de 36 documentários 500 Anos de História do Brasil. O tribunal julgou irregulares as contas da Guilherme Fontes Filmes Ltda. Embora treze episódios tenham sido produzidos e até mesmo exibidos no canal a cabo GNT, a série, um subproduto do projeto Chatô, não havia sido concluída.
Chateaubriand – Cabeça de Paraíba
Marcos Manhães Marins escreveu, dirigiu e concluiu o filme Chateaubriand – Cabeça de Paraíba, em 2000, tendo sido selecionado para quinze festivais e mostras no Brasil e no exterior, sendo uma na Bélgica e outra na França. Foi exibido na TVE e na TV Cultura, na TV Senado, Canal Brasil, TV O Norte na Paraíba, entre outras.
Enredos de escola de samba
No carnaval de 1999, o Acadêmicos do Grande Rio homenageou com o enredo Ei, ei, ei, Chateau é o nosso rei! obtendo o 6.º lugar entre as escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro. A Inocentes de Belford Roxo também homenageou com o enredo Chatô – a fanfarra do homem sério mais engraçado do Brasil, terminando em 2.º lugar entre as escolas de samba do Grupo de Acesso B, quase perto de subir para o Grupo de Acesso A.
Referências
Ir para cima ↑ UOL Educação (biografias) – Assis Chateaubriand
Ir para cima ↑ E-biografias.net – Francisco Chateaubriand
Ir para cima ↑ Itaú Cultural – Enciclopédia – Assis Chateaubriand
Ir para cima ↑ Estante Virtual – livros escritos por Chateaubriand
Ir para cima ↑ ABL – Biografia de Assis Chateaubriand
Ir para cima ↑ Netsaber (biografias) – Assis Chateaubriand
Ir para cima ↑ Senado Federal – Senador Assis Chateaubriand
Ir para cima ↑ PDFlink sem parâmetros PDF Assis Chateaubriand e Sílvio Santos: patrimônios da imprensa nacional – LIMA, Ana Paula Pereira. Faculdade de Comunicação (Facom) da UFJF (Univ. Federal de Juiz de Fora), 2001. (ver pág. 8)
Ir para cima ↑ Diários Associados (Memória) – Assis Chateaubriand (2008)
Ir para cima ↑ http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u774.jhtm UOL Educação (op.cit.)
Ir para cima ↑ Revista Isto É – "O brasileiro do século" (categoria Comunicação, 2º lugar)
Ir para cima ↑ Revista Dinheiro Online – Jagunço da notícia: Assis Chateaubriand Edição 122, 29 dez. 1999.
Ir para cima ↑ Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) – biografias – Chateaubriand
Ir para cima ↑ http://www.terra.com.br/dinheironaweb/122/assis_chateaubriand.htm Revista Dinheiro (op.cit.)
Ir para cima ↑ Morais, p. 30-1
Ir para cima ↑ Chateaubriand:casamento
Ir para cima ↑ Biografia
Ir para cima ↑ Gonçalo Junior Editora Companhia das Letras, A guerra dos gibis: a formação do mercado editorial brasileiro e a censura aos quadrinhos, 1933-1964, 2004. ISBN 8535905820
Ir para cima ↑ http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u774.jhtm
Bibliografia
MORAIS, Fernando. Chatô - O Rei do Brasil. Cia das Letras: São Paulo, 1994, 13.ª edição
ROMERO, Aberlado. Chatô – A Verdade como Anedota. Editora Image. Rio de Janeiro, 1969.
MELLO, Philippe Bandeira de; TROTTA, Fredimio B.; CHATEAUBRIAND, Fernando Henrique. Chatô Resgatado.

Fonte: Wikipédia
A SAMEAC foi criada na década de 1960, a partir de uma campanha popular idealizada pelos Diários e Rádios Associados do Ceará, para a construção da Maternidade Popular (Escola) Assis Chateaubriand. Os trabalhos de construção da obra foram realizados com a supervisão e o controle da Sociedade Pró-Construção da Maternidade Escola de Fortaleza, então constituída com aquela finalidade. Em dezembro de 1964, quando encerrada a construção da Maternidade Escola, a Sociedade não dispunha de recursos para mantê-la em perfeito funcionamento.
Assim, transferiu para a Universidade Federal do Ceará -UFC, mediante doação, o imóvel mencionado. Naquela ocasião, o hospital passou a ser denominado de Maternidade Escola Assis Chateaubriand, em homenagem ao fundador dos Diários e Rádios Associados. Quando os objetivos da Sociedade Pró-Construção da Maternidade Escola de Fortaleza foram encerrados, a mesma foi transformada, por deliberação de seus associados, em Sociedade de Assistência a Maternidade Escola Assis Chateaubriand (SAMEAC).
Na mesma ocasião ficou estabelecido que a SAMEAC seria dirigida por um Conselho Administrativo. Diante da necessidade de colocar a Maternidade Escola Assis Chateaubriand em funcionamento, em janeiro de 1965 foi celebrado o primeiro Convênio entre a UFC e a SAMEAC, que estabelecia que a Sociedade assumiria a responsabilidade de administrar a Maternidade, devendo a UFC pagar um valor certo que cobririam as despesas com o corpo médico e administrativo, além da manutenção de outros serviços. Este Convênio vigorou até 15 de maio de 1973.
Em 16 de maio de 1973, celebrou-se um novo Convênio entre a UFC e a SAMEAC, desta vez com um pacto acessório de comodato. No ano de 1974 a SAMEAC passou a assistir também ao Hospital Universitário Walter Cantídio da UFC (HUWC), nos mesmos termos com os quais administrava a MEAC.
Em 09 de abril de 1974 o Presidente do Conselho Nacional de Serviço Social emitiu o Certificado de Fins Filantrópicos para a SAMEAC. Nos anos seguintes o Governo do Estado do Ceará cedeu a UFC, a título de comodato, o prédio onde funciona o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (HEMOCE), com todo o material e equipamentos nele contidos.
Passou o HEMOCE a ser, também, administrado pela SAMEAC durante vários anos, sendo que atualmente possui um Convênio para desenvolver atividades técnico-operacionais, visando a disponibilização de recursos humanos, treinamentos e cursos de capacitação. Em 1975 foi firmado o Convênio de Prestação de Serviços entre a SAMEAC e o Instituto de Previdência Social (INPS) com anuência da UFC, e em 1976 foi firmado novo Convênio, com aditamento posterior, ocorrido em 1980, que perdurou até dezembro de 2002.
Na data de 01 de janeiro de 2003, a UFC e a SAMEAC firmaram um Contrato de Prestação de Serviços sendo obrigação da SAMEAC prestar serviços de apoio complementar à manutenção e custeio do hospital no que se refere a prestação de serviços assistenciais e de ações básicas de saúde à população carente admitida para atendimento na Maternidade Escola Assis Chateaubriand e no Hospital Universitário Walter Cantídio. No decorrer dos últimos anos novos contratos têm sido firmados entre a Universidade Federal do Ceará e a SAMEAC.
E se tal situação tem se perpetuado, tem como motivo a qualidade dos serviços prestados pela SAMEAC, bem como pela excelente execução das atividades de seus profissionais. Outros contratos e convênios foram firmados tendo a SAMEAC como parte.
A SAMEAC se qualificou, tornando-se referência no que diz respeito a prestação dos serviços executados nas entidades hospitalares da UFC. É hoje celeiro de profissionais idôneos, de reconhecidas qualidades, A SAMEAC jamais desvirtuou-se de sua missão precípua que é apoiar na realização, na manutenção e no custeio da MEAC e do HUWC, mantendo sempre profissionais com experiência singular na área hospitalar, capazes de assegurar a boa execução dos serviços, de forma a engrandecer o nome das entidades hospitalares da UFC.
Como pode se observar até agora, a SAMEAC SEMPRE trabalhou no sentido de assegurar às condições indispensáveis a prestação de serviços assistenciais e de ações básicas de SAÚDE, para os cidadãos menos favorecidos. Dada a natureza jurídica da sua prestação de serviços, a SAMEAC obteve o Título de Utilidade Pública Federal amparado no Decreto de 20 de agosto de 1969. Pelas mesmas razões, manteve o Certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social a partir do ano de 1971.
Conforme amplamente explanado, a Sociedade de Assistência à Maternidade Escola Assis Chateaubriand - SAMEAC, historicamente, vem prestando serviços em saúde na Cidade de Fortaleza, beneficiando não apenas os habitantes desta Capital, mas de municípios do interior do Estado e, inclusive, de fora deste, tendo realizado suas atividades em parceria, num conjunto de ações integradas, com a Maternidade Escola Assis Chateaubriand, bem como com as demais Unidades Hospitalares da Universidade Federal do Ceará.
Ressalte-se que a história de atuação da SAMEAC pode ser confirmada pela demonstração dos vários convênios celebrados com o poder público no sentido de atender toda a demanda que busca assistência pela Recorrente e suas unidades filiais.
Fonte: SAMEAC

Um comentário:

  1. SOLIDARIEDADE AOS 700 TRABALHADORES(AS) DO HOSPITAL E MATERNIDADE DA UFC AMEAÇADOS DE DEMISSÃO.
    REUNIÃO NESTA QUARTA. VAMOS LÁ, GALERA!
    Companheiros(as)
    Nesta quarta-feira, 03.01, às 16 horas, na Faculdade de Arquitetura da UFC, haverá uma reunião com várias entidades, integrantes de movimentos sociais e demais pessoas interessadas com o objetivo de discutir uma ampla campanha contra as demissões de cerca de 700 trabalhadores(as) do Hospital das Clínicas e Maternidade Escola da UFC, bem como de solidariedade aos 111 funcionários que, por decisão da reitoria, estão sem receber salários desde outubro, assim como o 13º, vales-transporte e vales-refeição.
    Durante Audiência de Conciliação realizada no dia 27/01 na Justiça do Trabalho a UFC negou a possibilidade de um acordo amigável para prorrogar os contratos. O reitor não pensa em entendimento. Ele quer mais demissão. E a data está marcada: 18 de fevereiro. O Juiz da 7ª Vara da Justiça do Trabalho, Dr. Antônio Fortuna, marcou uma nova audiência para o dia 30 de março. (ver ata da audiência enviada em e-mail anterior).
    A reunião objetiva também abrir uma discussão mais ampla sobre o questionamento ao papel da EBSERH – Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares no que se refere à Autonomia Universitária e aos Hospitais Universitários como unidades de Ensino, Pesquisa e Extensão.
    A principal proposta é a convocação de uma Assembleia Geral da Comunidade Universitária para uma tomada de posição contrária à decisão do reitor de demitir os trabalhadores do Complexo Hospitalar. Outras propostas serão apresentadas na oportunidade.
    Confiantes de contarmos com essa solidariedade, subscrevemo-nos.
    Atenciosamente,
    MDTS – Movimento em Defesa dos Trabalhadores da Saúde (SAMEAC/UFC)
    Crítica Radical
    ______________________________________________________
    Contatos:
    Rosa Fonseca – 988166254; Teresa Neumann – 988818172. Rosângela Saldanha – 987996663.. Advogados: Clovis Renato (OAB/Ce 20.500) Cel: (85) 99901.8377; Thiago Pinheiro (OAB/Ce 19.279) Cel: 99627.3752 / 98723.2755.

    ResponderExcluir